sexta-feira, 9 de outubro de 2009

"O NOME DA ROSA" - UMBERTO ECO


O Globo  /   Data: 9/8/2003
Umberto Eco, o erudito que mantém a simplicidade no escrever e no falar
Marco Lucchesi Do grande fascínio de “O nome da rosa” ao belo “Ensaios sobre literatura”, Umberto Eco vem traçando um percurso de múltiplos aspectos e apelos, todos voltados para um olhar leonardiano: aberto, equívoco e atento. Sua erudição, desde o primeiro livro sobre a arte na Escolástica, recebeu o aval e o reconhecimento de um Étienne Gilson, príncipe e renovador dos estudos medievais. Mas Eco não se limitou ao plano de um vasto conhecimento, como quem coleciona mortas e alfinetadas borboletas, com sono e pachorra parnasiana. Criou sistemas, pontes, cidades — atento às artimanhas do pós-moderno, aguerrido em suas questões, eivadas de humor e fina contundência. Pertence ao mundo acadêmico, mas não recusou a porosidade das coisas vivas, atuais, e desprovidas de bibliografia. Trouxe de volta uma perspectiva que parecia ameaçada depois de Gramsci ou Benedetto Croce: uma visada abrangente, articulada e crítica —- por mais distintos e distantes que esses três nomes se apresentem. A paixão do universal move e atordoa Umberto Eco. Capaz de sofrer não poucos riscos e cometer de quando em quando formidáveis acertos. Seus romances parecem coroar o velho princípio dantesco, das camadas várias para se entender uma obra. Tudo isso do ponto de vista formal. Mas há um lado que não se deve esquecer, embora contingente e talvez desnecessário: sua juventude intelectual e sua extrema simplicidade na conversa e no seu dia-a-dia. Guardou uma espécie de liberdade que os grandes leitores e eruditos jamais deixam de sentir. O grau infinito de nossa funda ignorância, na escala dos livros e das estrelas.

FONTE : http://www.livrariacultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=162079

DA WIKIPÉDIA : 

O enredo de O Nome da Rosa gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. Com ares de Sherlock Holmes, o investigador, o frade franciscano William de Baskerville, assessorado pelo noviço Adso de Melk, vai a fundo em suas investigações, apesar da resistência de alguns dos religiosos do local, até que desvenda que as causas do crime estavam ligadas a manutenção de uma biblioteca que mantém em segredo obras apócrifas, i.e. obras que não seriam aceitas em consenso pela igreja cristã da Idade Média, como é a obra risona criada por Eco e atribuída romantescamente à Aristóteles. A aventura de Guilherme de Baskerville é desta forma uma aventura quase quixotesca.
No romance, Umberto Eco relembra a problemática suscitada pelo nominalismo entre o que é essencial, que parece ser o nome da rosa como nome, em si um conceito, portanto um universal, dessa forma, eterno, imutável, imortal e de sua contraposição a rosa particular, individual no mundo, flor de existência única na realidade, que por acontecer, também é passageira, mortal e transitória.
O próprio nome do livro suscita uma questão que relembra a questão dos universais e dos particulares, que se refere a saber se o nome da rosa é universal ou particular. O quadro da questão pode ser representado de forma tradicional pelo quadrilátero de proposições lógicas. A questão se refere ao juízo que fazemos do nome da rosa: se ele é universal, por exemplo: O nome da rosa é imortal; particular: O nome da rosa é passageiro (mortal) e ainda: Nenhum nome da rosa é imortal ou: Algum nome de rosa é passageiro. Os vértices do quadrilátero seriam formados por esses quatro juízos. Seria algum desses juízos verdadeiro ou falso? Se sim ou não, nisso há alguma contradição? Haveria outras possibilidades, outras incertezas?
Eco sugere no O Nome da Rosa, um ambiente no qual as contradições, oposições, querelas e inquisições, no início do século XIV, justificam ações humanas, as virtudes e os crimes dos personagens, monges copistas de uma abadia cuja maior riqueza é o conhecimento de sua biblioteca. Para os personagens, a discussão do essencial e do particular, do espiritual e da realidade material, do poder secular e da insurreição, dos conceitos e das palavras entranham pelo mundo uma teia de inter-relações das mais conflituosas. A representação, a palavra e o texto escrito passam a ter uma importância vital na organização da abadia beneditina, gestando o microcosmo do narrador.(...)

LEIA MAIS EM http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Nome_da_Rosa

3 comentários:

  1. E FICA A PERGUNTA. QUAL O NOME DA ROSA?...BEIJOS...

    ResponderExcluir
  2. Glória, depois coloquei aqui um trecho da resenha que achei na Wikipédia, acho que vc não viu....bom... o nome da rosa??????? sei lá!!! kkkkkkkk não sou filósofa nem semiótica como o escritor!!!!!kkkkkkkk....e só assisti ao filme...junto com meu pai na tv, antes acho que tinha assistido no cinema....faz tanto tempo isso!!! mas valeu e ficou pra sempre a memória emocional do entusiasmo de meu pai!!
    ele adorouuuuuuuuuuuuuu este filme!! sempre que ouço o nome da rosa....????? !!!!!!....lembro de meu pai....talvez a rosa chama-se pai (pelo menos pra mim!!!) kkkkkkkk
    Senhora, é isso....outro dia ouvi uma aula de filosofia de uma professora da PUC, e disse ela que adora escrever, mas que sabe que estudando filosofia escreverá cada vez melhor!!! e isto tem tudo a ver com este livro!! COMO ECO TEVE A IDEIA GENIAL DESTE LIVRO!? estudou filosofia, mas é um cara hiper talentoso....sem talento nada feito!!! e aí lembro de meu pai de novo, que dizia : EXISTE ESCOLA PRA POETA!?
    kkkkkk até, GRANDE GLÓRIA!! vc por exemplo, já nasceu grande!!! beijinhos!! Nadia

    ResponderExcluir
  3. RSRS...AÍ O NOME DA ROSA...QUASE CHEGAMOS LÁ...BEIJOS...SONHOS...
    Pai
    GLÓRIA k.
    Pai,
    rosa,
    amor,
    infância,
    dança,
    criança,
    encanta,
    e avança,
    na mesma ciranda...

    Beijos...

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...