A cidade está morta,
tão morta que nem sente
este fogo que lhe consome as entranhas,
e lhe torra a alma,
exalando no silêncio das madrugadas,
o sufocante cheiro de gritos queimados
No dia 11 de outubro, centenas de pessoas, dentre elas, muitas
crianças, foram vítimas de um incêndio que consumiu totalmente
a favela Diogo Pires, no Jaguaré, deixando-as desabrigadas
E diante uma situação como está, fica a pergunta: Até quando
continuaremos ignorando as tamanhas injustiças sociais existentes
em nosso país, que faz com que milhões de famílias continuem
expostas a todo e qualquer tipo de adversidade ?
Afinal, de certa forma, trata-se de uma ferida que atinge à todos
nós, sem excessão
Marcelo Roque
bravo, Marcelo, é isso mesmo, somos nos que queimamos, sao nossas casas que desaparecem, é so prestar atençao, é so abrir olhos e ouvidos.
ResponderExcluiroutras perguntas que ocorrem: uma cidade que constroi condominios de luxo com os pés na lama de rios podres e suporta ver crianças sujas e mal alimentadas ao lado de seus pimpolhos cada vez mais gordos (como se chama mesmo aquele escultor sul-americano que faz personagens enormes de obesos?...também somos nos e nossa civilizaçao), uma cidade que no inicio do século XXI ainda projeta aterros sanitarios, quando a unica soluçao viavel é a reciclagem.... etc etc etc sera que essa cidade e seus habitantes podem legitimamente se chamar civilizados?
abraço,
Regina