terça-feira, 20 de outubro de 2009

Arte Cinética

Gregorio Vardanega


Ubi Bava

Cruz-Diez


Martha Boto


Garcia Rossi


Francisco Sobrino

León Ferrari


Palatnik

Ubi Bava


Le Parc


Soto


Danilo di Prete



                                                                         


Também conhecida como Cinetismo, a arte cinética é uma corrente das artes plásticas que explora efeitos visuais por meio de movimentos físicos ou ilusão de óptica ou truques de posicionamento de peças; uma vez que o termo cinético está etimologicamente ligado à idéia de movimento. Na tradição artística, é possível localizá-lo, por exemplo, em artigos, manifestos e revistas da década de 40, mesmo sabendo que a preocupação com o movimento nas artes visuais é muito mais antiga, e remonta, no limite, aos animais representados nas paredes das cavernas. Se isso é verdade, o termo é efetivamente incorporado ao vocabulário artístico em 1955, por ocasião de uma grande exposição – “Le Mouvement” - na galeria parisiense Denise René, com obras de artistas de diferentes gerações. A característica básica deste segmento de arte é que nela o movimento constitui o princípio de estruturação. O cinetismo rompe assim com a condição estática da pintura, apresentando a obra como um objeto móvel, que não apenas traduz ou representa o movimento, mas está em movimento. A expectativa de compreender o movimento, e deixar-se impulsionar por ele, transparece o grande desafio vivenciado pelo artista; as pesquisas plásticas encontram formas nas quais emerge esta matiz, esgarçando ainda mais as redes de conexão do espaço.
Esta nova tendência mantém os mesmos princípios básicos das vanguardas anteriores, como o Cubismo, o Abstracionismo, etc., pois segue a tradição da incessante procura pelo novo em arte. Um dos compromissos das vanguardas era ode incessantemente criar novos estilos artísticos e determinar um rompimento em relação aos anteriores sendo diferentes dos demais.
É o caso dos famosos móbiles de Calder, cujo movimento independe da posição e do olhar do observador. As máquinas e motores construídos por Tinguely (por exemplo, Homenagem a Nova York), assim como as esculturas cibernéticas de Nicholas Schöffer representam outros exemplos de trabalhos que implicam movimento real.



MOVIMENTO SEM FRONTEIRAS
Por Daniela Bousso

Arte Cinética é o conjunto de pesquisas na arte sobre luz e movimento, focadas nas investigações sobre a participação do espectador. Em Paris, uma exposição realizada na galeria Denise René, em 1955, intitulada “O movimento”, abriu espaço para as proposições de artistas como Jesus Soto, Tinguely, Vasarely, Agam e outros.

No prisma da arte Latino Americana, três países tiveram um desenvolvimento artístico mais significativo no campo do cinetismo: a Venezuela, a Argentina e o Brasil. É curioso notar que, quase em simultaneidade, em um curto espaço de tempo – entre 1943 e 1952 – uma série de acontecimentos no campo da arte prepararam o terreno nestes países para o desenvolvimento da Arte Cinética como tendência.

No Brasil, o ímpeto de desenvolvimento que explode nos anos cinqüenta com o governo de Juscelino Kubitschek é antecedido – no campo da arte – pela implantação dos Museus de Arte Moderna em São Paulo em 1946 e no Rio de Janeiro em 1947. A primeira Bienal de São Paulo, em 1951, nasceu com a missão de promover a arte brasileira no circuito internacional. Contávamos então com o suporte do crítico Mário Pedrosa, que deu impulso à realização da primeira obra cinética no Brasil: o “Cinecromático” de Abraham Palatnik, exibido na Bienal em 1951, era um enorme aparelho, que emitia cor e luz e se tornava precursor do cinetismo no planeta.

Encetada entre os anos 1950 e 1960, a Arte Cinética produzida por artistas sul-americanos – que debandaram para Paris após o segundo pós-guerra – revela a premência de conhecimento e de avanço do meio artístico latino americano no período. A relação entre arte e ciência era problematizada e estimulava-se a participação do espectador na obra de arte.(...)



LEIA MAIS EM : http://www.bolsadearte.com/paralelo/bergamin.htm


2 comentários:

  1. acho que faz parte do movimento da arte cinética uma artista venezuelano maravilhoso, chamado Jesus Soto. vocêconhece?
    abraço,
    regina

    ResponderExcluir
  2. OI REGINA, neste mesmo link aó de cima Jesus Soto é citado...mas sabe que não conheço a obra dele? agradeço a super dica, vou lá ver o tal
    CUBO VERTICAL .... e aí talvez coloque imagens das obras dele abração


    A Galeria Bergamin inaugura a mostra Arte Cinética América Latina expondo mais um segmento desta vertente artística reconhecida na França na década de 50. O projeto, concebido em 2005 com coordenação de Cecília Ribeiro e texto de Daniela Bousso, selecionou 30 obras de 11 artistas as quais compõe um novo conjunto onde o elo de ligação entre os selecionados, escolhidos pela unidade de seu trabalho e sua raiz latina, é o fascínio pelo movimento real ou ilusório.
    Países com bases culturais distintas, como Venezuela, Itália, Espanha, Brasil e Argentina, são os lugares de origem dos artistas componentes deste grupo: Jesús Soto, Cruz-Diez, Palatnik, Ubi Bava, Le Parc, Gregorio Vardanega, Garcia Rossi, Martha Boto, León Ferrari, Danilo di Prete e Francisco Sobrino.
    O grande destaque da exposição é uma obra de Jesus Soto – Cubo Virtual – peça de grandes dimensões em ferro e nylon, em exibição pela primeira vez e um dos raros trabalhos deste porte não alocado em espaço público.
    No prisma da arte Latino Americana, alguns países tiveram um desenvolvimento artístico mais significativo no campo do cinetismo. Nota-se que em um pequeno intervalo, diversos eventos no campo da arte prepararam o terreno nestes países para o desenvolvimento da Arte Cinética como tendência. Em um primeiro momento de contestação e negação, como todo novo, a proposta é a renúncia ao ato de criação romântico, movido pelo mistério da inspiração; o processo criativo da obra era mais interessante que o resultado final.
    O “movimento” per-se é a obra, a criação. Há obras que envolvem movimento no espaço, quer por parte da própria obra, quer por parte do espectador, quer este manipule a obra ou não, e isto gera obrigatoriamente alguma transformação visual dos elementos do que a obra consiste. Os elementos, simples e comuns, quando combinados produzem efeitos misteriosos e complexos. Como declara Jésus Soto “separadamente essas coisas nada são, mas, reunidas, algo muito estranho acontece...todo um mundo de novos significados e possibilidades e revelado pela combinação de elementos simples e neutros”.

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...