Deu na Folha OnLine: Jornalistas são atacados em protesto contra projeto de educação em Caracas (acessar aqui)
Os defensores de Hugo Chávez poderão, corretamente, argumentar que jornalistas, quando distribuem panfletos numa grande avenida, são manifestantes como quaisquer outros.
Que a notícia foi redigida de forma manipulatória, não há dúvida. Há uma óbvia intenção de jogar a classe média com formação superior contra Chávez.
Isto fica mais claro ainda com o acréscimo de outra informação:
Mas, ainda que tais protestos tragam provocações embutidas, homens de esquerda não podem concordar, em hipótese nenhuma, com a repressão policial contra manifestações pacíficas, nem com a ação impune de turbas.
Se fomos contrários à invasão da USP pelos brutamontes de José Serra e hoje firmamos posição contra a violência da polícia de Yeda Crusius, temos de repudiar com igual veemência a dissuasão sofrida pelos estudantes e professores venezuelanos.
E se, como herdeiros das tradições da esquerda, identificamo-nos com as vítimas da ralé urbana que Hitler e Mussolini utilizaram para intimidar os adversários na sua escalada para o poder, não podemos ficar indiferentes a relatos como estes:
Quem não compreender isto, será mais nocivo do que benéfico para a causa revolucionária, já que vai torná-la execrável para os cidadãos dos países mais civilizados e prósperos -- aqueles que, segundo Marx, deveriam ocupar papel de vanguarda na construção da nova sociedade.
Os defensores de Hugo Chávez poderão, corretamente, argumentar que jornalistas, quando distribuem panfletos numa grande avenida, são manifestantes como quaisquer outros.
Que a notícia foi redigida de forma manipulatória, não há dúvida. Há uma óbvia intenção de jogar a classe média com formação superior contra Chávez.
Isto fica mais claro ainda com o acréscimo de outra informação:
Também nesta quinta-feira, centenas de estudantes e professores foram reprimidos pela polícia, que utilizou bombas de gás lacrimogêneo para impedir sua chegada ao Parlamento, que debate o projeto de lei. Segundo o comissário da Polícia Metropolitana (...), as forças da ordem tiveram que "dissuadir" os manifestantes porque o protesto não era autorizado.Podemos até supor que jornalistas, estudantes e professores estejam expondo-se a agressões para criar fatos políticos, devidamente trombeteados pela imprensa mundial.
Mas, ainda que tais protestos tragam provocações embutidas, homens de esquerda não podem concordar, em hipótese nenhuma, com a repressão policial contra manifestações pacíficas, nem com a ação impune de turbas.
Se fomos contrários à invasão da USP pelos brutamontes de José Serra e hoje firmamos posição contra a violência da polícia de Yeda Crusius, temos de repudiar com igual veemência a dissuasão sofrida pelos estudantes e professores venezuelanos.
E se, como herdeiros das tradições da esquerda, identificamo-nos com as vítimas da ralé urbana que Hitler e Mussolini utilizaram para intimidar os adversários na sua escalada para o poder, não podemos ficar indiferentes a relatos como estes:
Os militantes [favoráveis a Chávez] chegaram ao local gritando 'revolução' e 'esta rua é o povo', e começaram a bater nos jornalistas, segundo relato de (...) uma das manifestantes.(...) Tinham pedras, objetos contundentes e até bombas de gás lacrimogêneo', contou um jornalista.A esquerda só encarnará a esperança num mundo melhor se conseguir viabilizar sua proposta de justiça social sem atentar contra a liberdade, que é direito fundamental do homem. O autoritarismo e o totalitarismo já não têm lugar em nossa época.
"Fomos distribuir panfletos pacificamente e fomos selvagemente espancados" por supostos aliados do governo "que nos acusaram de sermos apoiadores da oligarquia", disse (...) um dos (...) atacados.
[o jornalista] Marcos Ruiz (...) foi atacado por pelo menos quatro pessoas, que o espancaram com bastões e murros, foi transferido emergencialmente para um hospital, disseram testemunhas à agência Efe.
Quem não compreender isto, será mais nocivo do que benéfico para a causa revolucionária, já que vai torná-la execrável para os cidadãos dos países mais civilizados e prósperos -- aqueles que, segundo Marx, deveriam ocupar papel de vanguarda na construção da nova sociedade.
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