El País
Silvia Blanco
O Twitter se transformou em uma arma explosiva contra a censura. Às vezes, como no Irã, na única arma à disposição da dissidência. E muitos governos, como o chinês, a temem. Por isso na segunda-feira, quando irrompeu a violência étnica em Xinjiang, o Twitter foi bloqueado.
"Fizeram isso porque é uma mídia instantânea, e porque os que têm maiores conhecimentos tecnológicos o utilizam para ensinar outros a enviar mensagens para o exterior", conta da Califórnia Xiao Qiang, fundador do site China Digital Times. Essa página está recebendo e traduzindo do chinês para o inglês os "tweets" [mensagens] sobre a violência em Urumqi que estão conseguindo escapar da censura.
Mas essa ferramenta dos cidadãos ainda não leva pessoas à rua. "Pena que os revolucionários de antigamente não tinham o Twitter", diz Enrique Dans, professor de sistemas de informática na IE Business School e blogueiro (www.enriquedans.com). "Sua capacidade é a de aquecer um protesto, ampliá-lo e acelerá-lo. É muito fácil criar adesões, o difícil é transportá-las para o mundo real. A fagulha que acende um protesto virtual quase sempre vem de um fato. Isso ocorreu com a repressão no Tibete no ano passado, e ocorreu no Irã. As redes sociais amplificam o protesto, mas ainda não o provocam", acrescenta.
Mobilizar a solidariedade e a adesão de centenas de milhares de pessoas no mundo sobre o que aconteceu no Irã já é uma mudança. Ramine Darabiha, um francês de 25 anos, passou a madrugada de 13 de junho grudado no computador. A cerca de 3 mil quilômetros de Teerã, estava tão atônito quanto seus pais em Paris e seus parentes e amigos no Irã pelo fato de que tanto Mousavi quanto Ahmadinejad se atribuíam a vitória nas eleições.(...)
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