(...)Muitos perguntam o que distingue o erotismo da pornografia. Há várias conceituações, sendo que me soa simpática aquela que diz que a pornografia tem um lado mandatório, de mandar as pessoas a copiarem (Deleuze). Mas a distinção que me parece mais correta é a seguinte: a pornografia é o erotismo dos outros. Pornografia é termo pejorativo, erotismo é positivo. Pouca coisa é, em si, pornográfica ou erótica. Depende. Daí, talvez, que os canais de mulher nua se queiram integrar na área respeitável da sociedade. Daí, também, que difundam seu estilo para outros canais.(...)
Este é um trecho de O afeto autoritário – televisão, ética, democracia, que será publicado, pela Ateliê Editorial, em 2004.
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