Culinária sul-baiana: mulher e diversidade cultural
Por Suellen Thomaz de Aquino Martins Santana
(...)Em Gabriela Cravo e Canela, de Jorge Amado, vê-se nitidamente essa influência africana. A personagem principal, muitas vezes, no decorrer da narrativa, faz uso de diversas especiarias típicas africanas e que hoje já fazem parte da culinária regional. O azeite de dendê, por exemplo, condimento tipicamente baiano, evidencia a origem negra da região e está presente nos pratos típicos de Gabriela: acarajés de cobre, abarás de prata, o mistério de ouro do vatapá, etc: “Seus acarajés, as fritadas envoltas em folhas de bananeira, os bolinhos de carne (...); os acarajés apimentados, os bolinhos salgados de bacalhau.” (1975, p. 154)
Então, dessas diversas influências, a culinária Sul-baiana surge através das cozinheiras da Bahia, sendo as receitas passadas de geração em geração. Porém, a tradição da culinária vai além do cozimento dos pratos. São importantes também os acompanhamentos, a maneira de servir e a de comer. Tudo isto consistindo em hábitos que compõem a culinária tradicional, convergem para o entrelaçamento entre a culinária e a mulher e marcam um traço específico de uma comunidade. Traço este, que, com certeza, sofreu influências diretas e indiretas, de outras culturas e fez com que fossem criadas receitas que caracterizam a comida típica e regional do Sul da Bahia.(...)
FONTE : http://www.urutagua.uem.br/013/13santana.htm
Nenhum comentário:
Postar um comentário