Arrogância e solução final
por Denise Silva Macedo*
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publicado
29/07/2017 12h00,
última modificação
25/07/2017 13h11
Os indesejáveis precisam ser desumanizados para o desvairado justificar
sua violência. No Brasil, vigora o desprezo pela diferença
Arrogância fascistóide. Está na incompetência truculenta do prefeito de São Paulo na cracolândia, na ânsia de vômito do prefeito curitibano Rafael Greca causada pelo cheiro do pobre, na política genocida dos ficcionistas políticos e econômicos no glorioso congresso nacional (sim, iniciais minúsculas).
Está nos bolsomitos, na violência de cada dia dirigida ao
outro. Para o arrogante, esse outro não deveria existir por atrapalhar e
invadir seu espaço, aliás, enorme, segundo sua insanidade. Delirante,
ele agride e elimina o outro. Em sua mente distorcida, inventa cenários,
trama enredos grotescos e desenha a solução final: livrar-se desse
invasor fabular.
Argumenta desatinadamente e tapa os ouvidos ao bom senso, pois a verdade não pode contrariar seus desejos infantis nem suas atrocidades por motivos vãos. Esse egocêntrico não quer se vingar de seus inimigos imaginários se for necessário. Quer se vingar de qualquer maneira.
O arrogante costuma ser irado, e a ira desconhece vergonha, decência, honra, laços afetivos. Incida tal ira sobre um pai, este também se torna inimigo, denunciou a filosofia antiga. Esse desdenhoso quer esmagar, desproporcionalmente, o que possa ameaçá-lo, ainda que a ameaça seja apenas uma leve nuvem passageira que se interponha entre esse ser extravagante e o sol.
Argumenta desatinadamente e tapa os ouvidos ao bom senso, pois a verdade não pode contrariar seus desejos infantis nem suas atrocidades por motivos vãos. Esse egocêntrico não quer se vingar de seus inimigos imaginários se for necessário. Quer se vingar de qualquer maneira.
O arrogante costuma ser irado, e a ira desconhece vergonha, decência, honra, laços afetivos. Incida tal ira sobre um pai, este também se torna inimigo, denunciou a filosofia antiga. Esse desdenhoso quer esmagar, desproporcionalmente, o que possa ameaçá-lo, ainda que a ameaça seja apenas uma leve nuvem passageira que se interponha entre esse ser extravagante e o sol.
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