Garota imobilizada e torturada em praça pública em Brasília no dia da manifestação nacional contra a PEC que corta gastos sociais
http://esquerdadiario.com.br/Garota-imobilizada-e-torturada-em-praca-publica-em-Brasilia-no-dia-da-manifestacao-nacional-contraMultiplicaram-se os atos de brutal repressão policial contra tudo que se mexia à sua frente e houve reação do lado dos manifestantes com os meios de que dispunham.
No entanto merece ser mais amplamente divulgado, um vídeo de um dos múltiplos exemplos da truculência policial naquele dia, que é bem a expressão do tipo de arbitrariedade e violência contra indefesos do qual a polícia é capaz e diante do qual as forças populares e os trabalhadores devem se posicionar.
Vejam que a jovem já tinha sido imobilizada por vários brutamontes da polícia e em seguida, imobilizada, foi brutalmente torturada com golpes e com spray de pimenta a queima roupa. Com o outro rapaz, do seu lado, o mesmo processo: torturado depois de imobilizado.
A repressão e criminalização dos movimentos sociais está a pleno vapor nesse governo golpista e as esquerdas devem fazer um grande debate sobre como unir suas forças e também como responder a tais ataques e torturas a céu aberto contra o ativismo social, nesse caso do vídeo abaixo, dirigidos brutalmente contra a integridade física das mulheres e juventude.
Confiram o vídeo no link acima
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Nascer mulher
Cruz Martínez - Escritora. Blog: http://noollardunbufoverde.blogspot.com.es/
03 Decembro 2016 10:27 h.
Ao Nascer mulher semelha que vês com o
distintivo da submissão implícito no teu corpo, com umas funções
características do teu género e tudo o que se afaste do protótipo criado
com a única intenção de marginar-te, de fazer de ti a concubina, a
escrava perfeita para o “macho”, aquele que só escuta a sua própria voz,
o prepotente, o cabrão que unicamente adquire força com o maltrato e a
humilhação. Ele considera ter a potestade de decidir o futuro doutras
pessoas, às que não lhes permite pensar e expressar-se.
Em vista disso, das sequências ininterruptas da violência, acolhe-te uma comoção aflitiva do espírito e parece que não existe antidínico adequado para a sua curabilidade.
Portanto, o pensamento de que as coisas mudam com o tempo é uma utopia. Realmente, o tempo não é a solução. A misoginia e os micro machismos empenham-se continuamente em agrilhoar-nos.
Cada dia vivemos com a sensação de habitar num mundo ao revés. Ao invés do raciocínio.
A mente faz uma viagem ao passado e esculca os momentos, as situações de ontem e percebe que os fotogramas se repetem de contínuo, até converter-se num nojo. Inevitavelmente são as mesmas vítimas e os mesmos verdugos.
Sempre que um novo amanhecer nos esperta com a fatal notícia da morte duma congénere, erguemos a mirada, com a impotência estrangulando-nos a gorja e damos justo de focinhos na metáfora oxidada do ventríloquo, aquele verme que soba os nossos pés, nos acurrala e tufa-nos no núbio da desigualdade.
E assim, os factos converte-nos em velainhas assustadas da escuridade, que temem o acosso do alacram.
Escrito feito para o 25 de novembro, 2016
“Dia Internacional contra a violencia machista”
convidada pela Marcha Mundial Das Mulleres Galiza
http://www.sermosgaliza.gal/opinion/cruz-martinez/nascer-mulher/20161202220817053266.html
Em vista disso, das sequências ininterruptas da violência, acolhe-te uma comoção aflitiva do espírito e parece que não existe antidínico adequado para a sua curabilidade.
Portanto, o pensamento de que as coisas mudam com o tempo é uma utopia. Realmente, o tempo não é a solução. A misoginia e os micro machismos empenham-se continuamente em agrilhoar-nos.
O pensamento de que as coisas mudam com o tempo é uma utopia. Realmente, o tempo não é a soluçãoA liberdade quiçá é esse paraíso afastado, invisível, perdido...
Cada dia vivemos com a sensação de habitar num mundo ao revés. Ao invés do raciocínio.
A mente faz uma viagem ao passado e esculca os momentos, as situações de ontem e percebe que os fotogramas se repetem de contínuo, até converter-se num nojo. Inevitavelmente são as mesmas vítimas e os mesmos verdugos.
Sempre que um novo amanhecer nos esperta com a fatal notícia da morte duma congénere, erguemos a mirada, com a impotência estrangulando-nos a gorja e damos justo de focinhos na metáfora oxidada do ventríloquo, aquele verme que soba os nossos pés, nos acurrala e tufa-nos no núbio da desigualdade.
E assim, os factos converte-nos em velainhas assustadas da escuridade, que temem o acosso do alacram.
Escrito feito para o 25 de novembro, 2016
“Dia Internacional contra a violencia machista”
convidada pela Marcha Mundial Das Mulleres Galiza
http://www.sermosgaliza.gal/opinion/cruz-martinez/nascer-mulher/20161202220817053266.html
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