quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

TOLSTOI E JESUS

"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo." - Léon Tolstói




















(...) Tolstoi ficou famoso por ser um pacifista. Nas palavras de Mahatma Gandhi, com quem Tolstói trocou correspondência, o escritor foi o maior "apóstolo da não-violência". No livro "O Reino de Deus está em vós", Tolstoi baseia-se no Sermão da Montanha para afirmar que não se deve resistir ao mal utilizando-se do próprio mal.

No mesmo livro, continuando seu raciocínio pacifista, o escritor afirma ser contrário ao serviço militar obrigatório (e ao militarismo como um todo). Ele também defende e exalta povos como os Quakers, que buscam a simplicidade, a autonomia e não utilizam de violência.

Religiosidade sem dogmas

Foi excomungado pela Igreja Ortodoxa Russa, religião dominante no seu país, depois de tanto critica-la. O escritor entendia como dogmas irracionais, que serviam para dominar o povo, alguns dos conceitos mais caros à Igreja. Considerava e seguia a doutrina de Jesus, mas achava impossível, por exemplo, que Jesus pudesse ser um homem e Deus, ao mesmo tempo. Para Tolstoi, Deus estava nas próprias pessoas e em suas ações e Jesus teria sido, para ele, o homem que melhor soube exprimir uma conduta moral que gerasse justiça, felicidade e elevasse espiritualmente a todos os homens.

Seu cristianismo exacerbado, no fim de sua vida, assemelhava-se ao cristianismo primitivo. Em alguns trabalhos publicados, seus textos foram muito mais longe que suas atitudes pessoais, como em "Sonata a Kreutzer", que mostra uma tendência a exaltar o celibato, porém o escritor ainda teve filhos depois desta obra. Pouco antes de sua morte, seus amigos o aconselharam a se retratar com a Igreja, este porém, recusando-se.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Liev_Tolst%C3%B3i

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