José Carlos Mattedi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Alunos brincam na escola montada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para atender cerca de 1.500 crianças que foram ao 5º Congresso do movimento, para acompanhar seus pais Brasília - Alunos brincam na escola montada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para atender cerca de 1.500 crianças que foram ao 5º Congresso do movimento, para acompanhar seus pais
Brasília - Aprender a ler e escrever em 75 dias, empregando aspectos do universo cotidiano dos alunos e usando como meios de ensino uma televisão e um aparelho de DVD. As aulas são sempre em turma e podem ser dadas ao ar livre ou nas casas dos aprendizes.
O método pedagógico, que mescla o programa cubano de alfabetização Yo, si puedo e as teorias do educador pernambucano Paulo Freire, começa a ser implementado em julho nos assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em todo o país.
O lançamento do projeto ocorreu esta noite, com a campanha Todas e Todos Sem Terra Estudando, durante o 5º Congresso Nacional do MST.
Fátima Ribeiro, uma das coordenadoras do movimento no Rio Grande do Norte, diz que a organização fez um convênio com Cuba para ensinar jovens e adultos sem-terra a ler e escrever.
Além do programa de alfabetização, o governo cubano vai ceder pedagogos para capacitar os monitores brasileiros que serão responsáveis pelas aulas. Esses profissionais também vão orientar as dicussões em classe.
As aulas serão ministradas a partir de programas de televisão. Segundo Ribeiro, eles são uma espécie de mini-novela didática, cujos capítulos retratam o cotidiano específico de comunidades sem-terra, uma mistura de técnicas cubanas de alfabetização e o método Paulo Freire.
No Rio Grande do Norte, por exemplo, a idéia é começar com 100 cursos no estado, com 15 alunos cada. A coordenadora conta que o MST já conseguiu 26 aparelhos de DVDs.
"A educação do trabalhador rural é uma luz que se dá ao homem do campo para que ele possa enxergar sua realidade e lutar para melhorá-la. Se queremos democratizar o acesso à terra e se queremos cidadania, isso passa pela educação", diz Ribeiro. "Um povo culto é um povo livre. Queremos, no Brasil, um territorio livre do anafalbetismo”.
FONTE: http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/06/13/materia.2007-06-13.0208438725/view
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