Morro por estes teus calados olhos
de uma cor que eu nem sei mais,
e que tornam-se ainda mais belos,
por serem assim,
calados
Estes doces olhos de fruta
de encorpada e vermelha polpa
que de tão saborosamente frescos,
derramam-se inteiros sobre minhas madrugadas
Olhos de luzes e ventos,
sereníssimas tempestades,
pequenas e cristalinas fronteiras
entre o amor,
o céu
e a carne
Benditos olhos que se calam
e calados, me matam
desta morte que eu tanto desejo
Marcelo Roque
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