https://www.youtube.com/watch?v=Rc-77TZFhM0
Transmitido ao vivo há 7 horas
Projeto Brasil Nação será lançado na quinta, em SP, com a presença de intelectuais, artistas e políticos
Intelectuais,
artistas, profissionais liberais, estudantes, lideranças políticas e
sociais lançam na quinta-feira, dia 27 de abril, o manifesto do Projeto
Brasil Nação, que já colheu mais de 7 mil assinaturas. O ato será às
18h, na faculdade de direito da USP, no Largo São Francisco, em São
Paulo.
O evento terá a participação de Luiz Carlos
Bresser-Pereira, Celso Amorim, Raduan Nassar, Fábio Konder Comparato,
Leda Paulani, entre muitos outros. Conta com o apoio do Centro Acadêmico
XI de Agosto.
O manifesto, cuja íntegra está em
www.bresserpereira.org.br, condena a destruição em curso no Brasil, os
ataques a direitos e conquistas sociais, a desnacionalização, o
desemprego, o esmagamento da indústria, o aumento da desigualdade.
“Privatizar
e desnacionalizar monopólios serve apenas para aumentar os ganhos de
rentistas nacionais e estrangeiros e endividar o país. O desmonte do
país só levará à dependência colonial e ao empobrecimento dos cidadãos,
minando qualquer projeto de desenvolvimento”, afirma o texto, que segue
recebendo adesões.
“Para voltar a crescer de forma consistente,
com inclusão e independência, temos que nos unir, reconstruir nossa
nação e definir um projeto nacional. Cabe a nós repensarmos o Brasil
para projetar o seu futuro – hoje bloqueado, fadado à extinção do
empresariado privado industrial e à miséria dos cidadãos”, defende o
documento.
O manifesto expõe os pilares do Projeto Brasil Nação:
“autonomia nacional, democracia, liberdade individual, desenvolvimento
econômico, diminuição da desigualdade, segurança e proteção do
ambiente”.
No campo da economia, o grupo propõe cinco pontos:
1 Regra fiscal que permita a atuação contracíclica do gasto público, e assegure prioridade à educação e à saúde
2
Taxa básica de juros em nível mais baixo, compatível com o praticado
por economias de estatura e grau de desenvolvimento semelhantes aos do
Brasil
3 Superávit na conta corrente do balanço de pagamentos que é necessário para que a taxa de câmbio seja competitiva
4
Retomada do investimento público em nível capaz de estimular a economia
e garantir investimento rentável para empresários e salários que
reflitam uma política de redução da desigualdade
5 Reforma tributária que torne os impostos progressivos.
artistas, profissionais liberais, estudantes, lideranças políticas e
sociais lançam na quinta-feira, dia 27 de abril, o manifesto do Projeto
Brasil Nação, que já colheu mais de 7 mil assinaturas. O ato será às
18h, na faculdade de direito da USP, no Largo São Francisco, em São
Paulo.
O evento terá a participação de Luiz Carlos
Bresser-Pereira, Celso Amorim, Raduan Nassar, Fábio Konder Comparato,
Leda Paulani, entre muitos outros. Conta com o apoio do Centro Acadêmico
XI de Agosto.
O manifesto, cuja íntegra está em
www.bresserpereira.org.br, condena a destruição em curso no Brasil, os
ataques a direitos e conquistas sociais, a desnacionalização, o
desemprego, o esmagamento da indústria, o aumento da desigualdade.
“Privatizar
e desnacionalizar monopólios serve apenas para aumentar os ganhos de
rentistas nacionais e estrangeiros e endividar o país. O desmonte do
país só levará à dependência colonial e ao empobrecimento dos cidadãos,
minando qualquer projeto de desenvolvimento”, afirma o texto, que segue
recebendo adesões.
“Para voltar a crescer de forma consistente,
com inclusão e independência, temos que nos unir, reconstruir nossa
nação e definir um projeto nacional. Cabe a nós repensarmos o Brasil
para projetar o seu futuro – hoje bloqueado, fadado à extinção do
empresariado privado industrial e à miséria dos cidadãos”, defende o
documento.
O manifesto expõe os pilares do Projeto Brasil Nação:
“autonomia nacional, democracia, liberdade individual, desenvolvimento
econômico, diminuição da desigualdade, segurança e proteção do
ambiente”.
No campo da economia, o grupo propõe cinco pontos:
1 Regra fiscal que permita a atuação contracíclica do gasto público, e assegure prioridade à educação e à saúde
2
Taxa básica de juros em nível mais baixo, compatível com o praticado
por economias de estatura e grau de desenvolvimento semelhantes aos do
Brasil
3 Superávit na conta corrente do balanço de pagamentos que é necessário para que a taxa de câmbio seja competitiva
4
Retomada do investimento público em nível capaz de estimular a economia
e garantir investimento rentável para empresários e salários que
reflitam uma política de redução da desigualdade
5 Reforma tributária que torne os impostos progressivos.
quinta-feira, 27 de abril de 2017
A amplitude do "Projeto Brasil Nação"
Por Altamiro Borges
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2017/04/a-amplitude-do-projeto-brasil-nacao.htmlDiante da acelerada devastação do país promovida pela quadrilha que assaltou o Palácio do Planalto, um grupo de intelectuais, liderado pelo economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, produziu o manifesto “Projeto Brasil Nação”, que será lançado nesta quinta-feira (27), na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. O texto é resultado de sete reuniões e de várias conversas bilaterais que aprofundaram o diagnóstico sobre a grave crise nacional e que visaram produzir uma plataforma para a superação das atuais dificuldades. O manifesto é uma importante contribuição para a criação urgente de uma ampla frente, que reúna os setores democráticos e patrióticos, em defesa da nação brasileira – hoje ameaçada pela regressão patrocinada pelo Judas Michel Temer.
Reproduzo abaixo o artigo da jornalista Eleonora de Lucena, que foi editora-executiva da Folha de S.Paulo de 2000 a 2010. O texto ajuda a entender o enorme significado do lançamento do manifesto, que deverá dar a largada para a formação de um amplo movimento nacional em defesa de um Brasil justo, soberano e democrático. A ideia inicial é que o documento seja lançado em outros Estados e que várias rodadas de conversas com os movimentos sociais e lideranças políticas ajudem a aperfeiçoar as propostas concretas para a superação da atual barbárie no país.
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Projeto Brasil Nação
Por Eleonora de Lucena
Folha de S.Paulo – 27/04/2017
O que há em comum entre o massacre de Colniza (MT), o fim da CLT, o esquartejamento da Petrobras e a reforma da Previdência? Existe ligação entre o desemprego alarmante, o sufocamento da indústria e a estratosférica taxa de juros?
E qual a conexão entre as centenas de jovens negros e pobres mortos pela PM paulista, o
fim de programas científicos e culturais e o aniquilamento da Constituição de 1988?
Os dados fragmentados do noticiário remetem para o contexto maior de uma realidade aflitiva: a destruição do país e a violência contra os mais fracos e pobres. É a sanha para desmantelar o Estado, atacar direitos, beneficiar rentistas e enxovalhar a soberania que está no pano de fundo da torrente de retrocessos civilizatórios, assaltos a direitos e sequestros da democracia e da autonomia nacional.
Passado um ano do início do processo de impeachment, o país está bem pior. Sob o governo golpista, retrocedeu anos. A meta dos mandantes parece ser voltar à República Velha, destroçando conquistas sociais e submetendo abertamente o país a interesses externos. É possível que, no futuro, crimes de lesa-pátria possam ser julgados, jogando no lixo os atos da súcia.
Aturdida, a população assistiu à avalanche de prepotência, arrogância e desrespeito. Agora, começa a reagir com mais força. Sindicatos e movimentos sociais atuam de forma mais ativa e suas mobilizações repercutem na sociedade.
A greve geral, marcada para esta sexta (28/4), promete ser um repúdio vigoroso ao amontoado de sandices em maquinação pelo governo antinacional e antipopular. Há mais.
A igreja católica saiu do silêncio e passou a se manifestar contra os ataques a direitos. Padres fazem convocações para as mobilizações de protesto. Ecoam, finalmente, os repetidos alertas do papa Francisco.
O empresariado está desapontado com as ações do governo ilegítimo. De um lado, há desilusão com as promessas róseas de recuperação. De outro, há frustração pelos sucessivos golpes para as empresas nacionais, que só vislumbram encolhimento de mercados, aqui e no exterior. Simplesmente o golpe não surtiu o efeito esperado por certa elite.
No Congresso, as manobras são cada vez mais custosas, e a chamada base aliada se esfarela. Do exterior, vozes expressam crítica ao golpe que feriu a democracia brasileira e ameaça o processo eleitoral do ano que vem. O capitalismo financeiro, entrando no seu décimo ano de crise profunda, desgosta da vontade popular e esfrangalha as sociedades.
Nesse quadro, intelectuais, artistas, empresários, profissionais liberais, cientistas, sindicalistas e lideranças de movimentos sociais decidiram falar. Lançam nesta quinta (27) o manifesto do Projeto Brasil Nação.
O texto, criação coletiva de dezenas de pessoas de diferentes matizes, afirma que o atual desmonte do país "só levará à dependência colonial e ao empobrecimento dos cidadãos, minando qualquer projeto de desenvolvimento".
O grupo, apartidário, aponta que o ataque em curso foi desfechado num momento em que o Brasil se projetava como nação, se unindo a países fora da órbita exclusiva de Washington. Com isso, contrariou interesses poderosos do Norte.
O documento recupera os objetivos gerais que cimentam a sociedade brasileira: democracia, soberania, diminuição da desigualdade, desenvolvimento, proteção ao ambiente. Esboça propostas econômicas e conclama ao debate para a formulação de um projeto de nação com autonomia e inclusão.
É hora de reflexão e ação. Hoje, às 18h, no largo do São Francisco, o Projeto Brasil Nação está sendo colocado na rua. Saiba mais pelo site www.bresserpereira.org.br
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