sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Petições por Gaza



Petições por Gaza
Carlos A. Lungarzo
Poucas vezes conseguimos ver as coisas do presente com a mesma clareza que as coisas do passado. A enorme maioria da humanidade se estarrece quando lembra as políticas de punição coletiva, vingança e intimidação durante o período 1930 a 1945, que cobraram, no total, mais de 15.000.000 de vítimas.
Hoje, os governantes, diplomatas e altos funcionários (salvo alguns exceciones, como a do Secretário Geral da ONU e vários oficiais de proteção que choraram ao lembrar os crimes de Gaza), parecem achar que 1.400 ou 1.500 pessoas, incluindo crianças, mulheres, doentes, e civis indefensos, são pouca coisa. Parece que eles só merecem medidas formais e simbólicas, como chamar o embaixador de volta para ser restituído dentro de alguns meses.
Embora as medidas simbólicas tenham um efeito educativo importante, elas devem ser acompanhadas por ações reais, pois ninguém é tão ingênuo para ignorar que por trás dessa cosmética de indignação se esconde um cálculo financeiro e estratégico. É necessário que os cúmplices do aparato militar industrial de Israel, cancelem seus investimentos.
Este pedido parece uma utopia... e talvez o seja. Mas é o único caminho para que o genocídio na região tenha um final definitivo. Durante 66 anos, a política de Israel tem sido de progressivo avanço, de continua intimidação, de ocupação de territórios, de repetições de história de crueldade já vistas nos anos 30 e 40. Citá-las? Exigiria muito papel: lembrem das incursões a Gaza, os ataques ao Líbano, a carnificina de Sabra e Shatila.
Há várias propostas internacionais de diversas ONGS para propor aos países que se acham civilizados, cortar toda relação comercial com Israel, especialmente a relativa ao comércio de armas.
Estou enviando dois links, um relativo ao Brasil e outro que pede o fim do investimento de várias empresas transnacionais. Na Rede há muito mais. Escolhi os que me pareceram mais eficientes neste momento urgente.
Olhando os foguetes de Hamas lançados contra Israel, é fácil perceber que o Estado não corre nenhum risco, nenhum perigo maior que qualquer outro estado militarizado, sustentado internacionalmente, com poderosos recursos econômicos e tecnológicos. Mas os palestinos não formam um estado. Talvez não haja um plano sistemático de extermínio, mas há um processo cujas dimensões só podem ser reduzidas tirando do agressor seus instrumentos de agressão.
Observe que, enquanto os palestinos correm desesperados e ensanguentados, carregando como podem suas crianças, sob o fogo do inimigo, ao mesmo tempo, a classe média israelense bate “selfies” e olha desde as sacadas de suas penthouses as chamas, a fumaça do napalm e o desabamento das casas dos palestinos. Como o imperador Nero fazia na Roma do século I!!!
A chantagem emocional de qualificar toda defesa dos palestinos como “antissemitismo” já está esgotada. Além, disso é uma ofensa contra os judeus não sionistas, que pertencem a uma cultura que construiu o principal da civilização europeia, e resistiu a perseguição obscurantista durante séculos. Uma cultura não é um estado, não tem bandeira, nem hino, nem território fixo, nem obedece os fetichismos místicos ou bélicos. É uma rede de relações humanas, de produção artística e intelectual, de princípios de convivência, de valores sociais e éticos.


Estes são os dois primeiros links. Posteriormente, irei enviando outros.

1)   Petição ao governo Brasileiro para romper relações totais com Israel.

2)   Petição a empresas transnacionais para que cancelem seus investimentos em Israel.


Fraternalmente,
CL

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...