Por Celso Lungaretti
Muhammad Ali esteve no Brasil quando assumia conscientemente o papel de símbolo da luta dos negros contra o racismo e Pelé era um gênio do futebol e um zero à esquerda em preocupações sociais.
Um repórter perguntou ao grande Ali o que achava de Pelé. Com seu brilhantismo habitual, ele respondeu algo assim (não encontrei a frase exata): "Se alguém é um esportista extraordinário, isto já basta. Mas, se além disto, ele também levanta as bandeiras de sua gente e trava o bom combate, aí sim ele é completo".
Sócrates era completo.
Parafraseando o que Foreman disse sobre o próprio Ali, talvez Sócrates não tenha sido o maior jogador brasileiro de todos os tempos, mas, sem dúvida, foi o melhor cidadão brasileiro que já atuou no futebol profissional.
A ponto de, quando os melhores cidadãos brasileiros saíram às ruas para recuperar o direito de elegerem o presidente da República, ele se ter comprometido com a multidão que lotava o Vale do Anhangabaú (SP) a recusar a proposta estratosférica da Fiorentina e permanecer no País para ajudar a reconstruí-lo, caso fosse aprovada a emenda das diretas-já.
Perdemos um grande companheiro, um irmão de fé. Foi doído demais.
parabéns pelo post, Celso... mas, em verdade, não o perdemos... os grande nunca se perdem... aliás, ele está bem aqui... ali, lá, acolá... agora mais livre e mais leve do que nunca,... Sócrates tb foi grande e maior pq soube reconhecer suas próprias fraquezas e erros com grande lucidez e sem desfazer-se sua própria essência e consciência mesmo nos mais difíceis momentos... ser fiel a si mesmo tb requer andar na contramão mtas vezes..
ResponderExcluiracaso também seu nome não remete a outrem q tb não se perdera?...
grande abraço e tdo de bom/bem sempre...