quinta-feira, 30 de setembro de 2010
SOBRE SONHAR - Marcelo Roque
Sonhe, sonhe muito,
sonhe alto
Sonhe com tudo,
com todos
e a todo instante
Pois, de real, em cada um de nós,
apenas os sonhos
e nada mais
Marcelo Roque
DE onde veio a escola - 1 / 4
As primeiras sociedades que criaram instituições de ensino foram a mesopotâmica e a egípcia.No império dos faraós, o acesso às escolas era restrito aos membros da elite,e os menos abastados se limitavam a aprender o necessário para tornarem-se bons artesãos e agricultores.
Uma das principais funções da escola no Egito era formar os ESCRIBAS. Esses profissionais aprendiam a usar os hieróglifos e o sistema cuneiforme de escrita (mais utilizado na comunicação com outras nações) para fazer a contabilidade estatal do império faraônico.
http://www2.uol.com.br/historiaviva/multimidia/de_onde_veio____a_escola.html
AINDA SOBRE O ARTISTA MÍTICO QUE HABITA A MEMÓRIA DA SUA CANÇÃO
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
GENÉRICOS AMEAÇADOS - ACTA - SAÚDE EM PRIMEIRO LUGAR!
ACTA - SAÚDE EM PRIMEIRO LUGAR!
Agora mesmo, negociadores em reuniões secretas estão discutindo um acordo que poderá cortar o acesso à medicamentos genéricos.Milhões de pessoas dependem deles para tratar doenças como a malária e HIV. Se o ACTA - Acordo Comercial Contra Falsificações for adiante, milhões não terão condições de comprar os remédios que os mantém vivos.
Se trata de uma retaliação de países ricos contra o Brasil, Índia e China, movida pelos interesses da indústria farmaceutica que não quer competir com genéricos. A oposição pública está crescendo e eles querem apressar as negociações. As nossa vozes podem impedir que um acordo ruim seja assinado quando ninguém estiver olhando.
Assine a petição agora pedindo um processo aberto e justiça para medicamentos essenciais -- a Avaaz irá entregá-la durante as negociações em Tóquio.
ACTA - SAÚDE EM PRIMEIRO LUGAR!
O SABIÁ E AS ELEIÇÕES
Corte dos EUA mantém liberação de financiamento público de pesquisas com células-tronco
29/09/2010 - 12h18 / Atualizada 29/09/2010 - 12h49
A Corte de Apelações dos EUA decidiu que o financiamento federal de pesquisas com células-tronco embrionárias pode continuar até que uma decisão final seja tomada. Em 9 de setembro, a corte já havia suspendido temporariamente a proibição do uso de fundos públicos nas pesquisas.
O Departamento de Justiça argumentou que a suspensão da proibição de financiamento era necessária para evitar que projetos de anos fossem terminados na metade impedindo o progresso cientifico na busca de novos tratamentos para doenças como diabetes e problemas do coração.O juiz Royce Lamberth havia proibido o financiamento em agosto baseada em uma lei de 1996 que proíbe o uso de dinheiro federal para pesquisas em que um embrião é destruído. A decisão não se aplica aos estudos iniciados durante o governo de George W. Bush, que, em 2001, permitiu uma limitada linha de pesquisa com culturas já existentes.
A pesquisa com células-tronco embrionárias é uma das bandeiras do presidente norte americano desde sua eleição, quando anunciou que os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) receberiam financiamento público para avançar nas pesquisas.
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/09/29/corte-dos-eua-mantem-liberacao-de-financiamento-publico-de-pesquisas-
Anvisa determina recolhimento do Avandia em todo país
Em reunião finalizada na terça-feira (28), a Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) cancelou o registro do medicamento Avandia, fabricado pela empresa GlaxoSmithKline, que tem como princípio-ativo a substância rosiglitazona. O remédio é utilizado no tratamento contra a diabetes tipo 2.
Avandia é tirado do mercado na Europa e sofre restrição nos EUA
A decisão foi tomada após a avaliação de estudos que demostraram que os riscos da utilização do medicamento superam seus benefícios. Também foi determinado que o laboratório produtor do medicamento faça o recolhimento do produto em todo o território nacional.
Segundo nota divulgada no "Diário Oficial da União", "os medicamentos contendo rosiglitazona como princípio-ativo apresentam relação custo/benefício desfavorável em relação ao benefício, especialmente pela alta probabilidade de ocorrência de doenças isquêmicas, considerando que existem alternativas terapêuticas mais seguras para as mesmas indicações".
Entre os problemas identificados durante a avaliação do Avandia, está a alta probabilidade de ocorrência de infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, derrame e outros distúrbios cardíacos associados à utilização do produto.
Os pacientes que fazem uso deste medicamento devem procurar o seu médico para realizar a mudança necessária no tratamento, de acordo com a Anvisa. O órgão informou que atualmente existem nove classes de remédios para este tipo de diabetes.
Segundo o médico Leão Zagury, diretor da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), os pacientes não serão prejudicados com a saída do Avandia do mercado. "Podemos utilizar outras no tratamento dos diabéticos. Hoje existem muitos remédios para controlar o nível de açúcar no sangue", afirmou.
Zagury disse que não vê muitos problemas no Avandia. De acordo com o especialista, o remédio da GlaxoSmithKline não está entre os mais vendidos no país para tratar a diabetes.
EUROPA E EUA
Na última quinta-feira (23), em comunicados simultâneos à imprensa, a European Medicines Agency e a FDA (agência reguladora nos EUA) anunciaram suas decisões sobre a droga. A agência europeia disse que não vai mais autorizar a venda de Avandia e que o remédio será retirado do mercado nos próximos meses.
No início do mês, a agência reguladora britânica afirmou que um painel independente de especialistas havia concluído que o Avandia aumenta os riscos de infarto e recomendou que a droga fosse retirada do mercado. A farmacêutica GlaxoSmithKline, baseada na Grã-Bretanha, é a fabricante do remédio.
A agência reguladora de remédios na Europa decidiu banir o medicamento com base em evidências de que ele aumenta riscos de infarto. Nos EUA, o medicamento ainda poderá ser receitado, mas com restrições.
A FDA anunciou que os pacientes que forem usar o remédio a partir de agora só conseguirão uma receita de Avandia se eles não conseguirem controlar os níveis de açúcar no sangue com outros remédios. Os médicos terão que registrar que seus pacientes podem receber o remédio e que estão a par dos riscos. A FDA espera que as restrições limitem significativamente o uso de Avandia.
A decisão da FDA marca a segunda vez em três anos que a agência decide manter o Avandia no mercado, apesar da pressão crescente para o banimento do remédio por parte de especialistas, políticos e até de cientistas que trabalham na própria agência.
A droga foi aprovada pela FDA em 1999 e se tornou o comprimido mais vendido contra diabetes no mundo. Mas o uso despencou desde que uma análise em 2007 ligou o remédio ao risco de infarto.
Críticos da FDA consideram a decisão sobre o Avandia um teste para as lideranças indicadas pelo presidente Obama para a agência, que prometia endurecer as regulamentações depois de uma série de problemas com a segurança de remédios no governo anterior.
"A FDA está tomando essa decisão hoje para proteger os pacientes, depois de um esforço cuidadoso para pesar benefícios e riscos", disse Margaret Hamburg, da FDA.
Em julho, um painel de 33 especialistas votou em 20 a 12 pela manutenção do Avandia no mercado americano. Dos 20 que votaram para manter o remédio, 10 disseram que ele deveria estar disponível com restrições.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
(E)TERNO - Marcelo Roque
Deitemo-nos, um sobre o outro,
e demais coisas que não sabemos
E deixemos os dias e noites
seguirem o curso de nossas horas
Para que assim então, juntos,
façamos do tempo não mais
que a íntima parte de nós dois
Marcelo Roque
O FILHO DO BRASIL
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O CIENTISTA E O POETA -Marcelo Roque
Sei que é em azul
que enxergas o mundo, cientista
E também azul é o teu céu
E eu só quero que saibas que, azuis,
meus olhos também os percebem,
e que assim, juntos, seguimos;
entre sonhos, versos
e calor laboratorial
Dividindo dentre tantas coisas
este mesmo olhar celestial
Marcelo Roque
LUARES
Em luares vago,
Mas não só luares.
Não esses luares
Cegos de luares.
Reclamo aos luares
Aos sonhos luares,
Recriar luares,
Tornar-me em luares.
Aos luares vedo
Este só luares,
O suar luares
Nesses vãos luares.
Espelho aos luares,
Narcisos luares,
Seus lumes luares.
Falsos, mas luares.
Em luares mago.
Cavalgo luares.
Neste pó luares
Sumo-me em luares.
Proclamo aos luares
Meu saber luares,
Este estar luares:
Eu, Lua, luares.
Fausto Brignol
domingo, 26 de setembro de 2010
VANDRÉ: DILACERANTE
("Pequeno Concerto Que Virou Canção")
Foi um banho de água fria, um anticlímax, o Dossiê Globo News que marcou o reencontro dos telespectadores brasileiros com Geraldo Vandré, aos 75 anos de idade e 37 depois do última e deprimente aparição.
E sua intenção de enveredar por poemas sinfônicos não é tão despropositada como possa ter parecido para os que ignoram ser ele autor de uma missa apresentada em conventos dominicanos, Paixão Segundo Cristino.
“Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos, de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razões”
“Eu canto o canto
Eu brigo a briga
Porque sou forte
E tenho razão”
("Vem Vem")
“Gostaria de rever as imagens. Houve a gravação. O que foi para o ar, não sei. Queriam que fizesse uma gravação. Não lembro mais. Mas nada disse que não tenha querido dizer. Aquela declaração foi feita a pedido de alguém que se apresentou como policial federal. Fiz um depoimento aqui, no Rio. Depois disseram que tinha que ir para Brasília. Cheguei ao Brasil em 14 de julho. Em 11 de setembro de 1973, apareço como se estivesse chegando em Brasília. O depoimento foi gravado antes. Gravaram minha imagem descendo do avião em Brasília. Tudo muito manipulado. Tive que passar por um processo de readaptação ao voltar”.
sábado, 25 de setembro de 2010
Notícias ABRADIC - nº112 - Setembro de 2010
Replicantes, Homens e Técnica
Glória Kreinz
Divulgação Científica no Séc. XXI:
Poeta do Orkut - Marcelo Roque - Glândula de Skene
CNPq
Irana Mariano
O uso da imagem na divulgação científica: Os Cientistas
João Garcia
http://abradic.com/abradic/
ABRADIC
REPLICANTES, HOMENS E TÉCNICA
Glória Kreinz
Neste início de milênio, quando as tecnotopias invadem o cotidiano em forma de avanços tecnológicos impensáveis, algumas vezes busca-se nas artes uma transfiguração da realidade, e no ciberespaço uma fuga.
O pensador francês Paul Virilio no seu livro Cybermonde, La Politique du Pire*, deu demonstrações concretas de mudanças sociais e comportamentais ocorridas em pouco mais de sete anos. O livro pode ser visto no endereço que citamos Nesta obra Virilio chama atenção para o desvio perverso que pode ocorrer na relação homem/computador:
“Há o perigo da perversão. Da diversão que se converte em perversão – como o sexo normal que se transforma na zoofilia –, a diversão tecnofílica. A possibilidade da relação sexual sem contato. A Internet e a tecnologia como substituto da sexualidade. Cybersexualidade”.
Em 1989, na segunda edição de Esthétique de la Disparition, Paul Virilio destacava a importância da mulher na sociedade, afirmando: “Amante da passagem, a mulher tem até agora organizado efetivamente tudo aquilo que é velocidade; tudo que pertence ao movimento da vida dos homens se inscreve nela ou entra em concorrência com ela”
A poesia , por exemplo, que usamos em nossas publicações para facilitar a divulgação científica, age exatamente neste espaço, recuperando o papel do jogo da sedução mesmo no ciberespaço. Não permite que o espaço do jogo da sedução homem/mulher seja alterado por um novo elemento, quebrando uma lei natural de atração.
Ampliando-se este contexto, se anularmos a sexualidade, a clonagem de seres humanos seria uma derivação quase necessária e alguns cientistas sociais se inquietam com esta constatação.
Também nos anos noventa, em Nova York, mais exatamente em 1994, Arthur Kroker e Michael Weinstein lançam o livro Data trash. The theory of the virtual class e alertam para a linguagem da perversão substituindo a sedução natural da atração entre corpos como se vê:
“O corpo conectado é perfeito. Viajando como um nômade eletrônico através dos fluxos circulatórios da mediascape (paisagem medial), ele é apenas a forma biológica virtual de uma imagem escaneada multiplamente reproduzida. Abandonando a pesada história referencial de um sistema nervoso central, o corpo conectado realmente torna-se um sistema nervoso telemático, livremente distribuído pelo espelho eletrônico da Internet. Produto da sangria neural e do processamento de imagem, o corpo conectado é a forma tecnóide de vida que finalmente abre seu caminho rompendo a concha morta da cultura humana”.
Kroker e Weinstein traçam os contornos do apocalipse ao concluírem que a “tecnotopia tem a ver com desaparecimentos” e que ao aparecer a tecnologia como espécie diferente encontramos enfim o fim da história (humana) e o início da história virtual. “O quadro que se tem é o da sociedade ocidental entrando numa fase de desaparecimento, onde a energia do social reclina-se, com delírio e êxtase, no corpo eletrônico”. (Kroker e Weinstein, 1994)
É uma luta travada no ciberespaço para manter vivo aquilo que temos de diferente das máquinas, nossa capacidade de amar acordada, com uma linguagem própria de seu tempo. A sedução permanece como jogo amoroso, o mistério da atração sobrevive além do virtual.
É luta do homem e da máquina, no próprio universo maquínico. E a poesia vence, para nossa sorte de divulgadores científicos em ação, e daquilo que existe de humano em nós. Replicantes de Blade Runner, fazemos do amor e da contingência da técnica nossas armas. Continuamos indagando sobre nós mesmos, sobre o que queremos, o que divulgamos, e sobre nossos sonhos.
Nota-1-http://www.scribd.com/doc/6544969/Paul-Virilio-Cybermonde-La-Politique-Du-Pire
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Boletim Cátedra UNESCO José Reis - nº49 - Setembro de 2010
O Guerreiro da Ciência
Crodowaldo Pavan
Divulgação Científica e Poesia: Poeta do Orkut
O Belo - Marcelo Roque
Divulgação Científica
José Reis
O uso da imagem na divulgação científica - Os cientistas
João Garcia
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Documento sem título
O GUERREIRO DA CIÊNCIA
Crodowaldo Pavan
A SPBC foi criada por Maurício Rocha e Silva, José Reis, Paulo Sawaia e Gastão Rosenfeld. O grande salto cultural que ocorreu no Brasil após a fundação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência é comparável ao que ocorreu depois de 1934 com a criação da Universidade de São Paulo. A SBPC era tão respei-tada pela população brasileira que até os governos do regime militar de 1964-85 a respeitavam. Era a única organização social que em suas reuniões anuais dava liberdade a seus associados e dirigentes de criticarem o quanto quisessem o regime vigente. As críticas ao governo eram ditas em altos brados para audiências de milhares de participantes e com freqüência comentadas pela mídia sem que nada de negativo acontecesse para a Sociedade. É interessante evidenciar que, a despeito de a SBPC ser contra o regime militar e em suas reuniões anuais dizer tudo o que queriam contra esse governo, essas reuniões anuais realizadas em vários Estados do país de norte a sul eram custeadas por esse mesmo governo.
Na realidade, uma coisa extraordinária é que todas as reuniões anuais da SBPC, durante o Regime Militar, foram custeadas pelo governo, com exceção de 1977. Não foi o governo que não quis que a reunião desse ano se realizasse. Foi alguém do vigésimo escalão, que burramente impediu que a reunião se realizasse em Fortaleza, no Ceará. Com isso, tivemos que ir para São Paulo. Tentou-se fazer na USP, mas o reitor pediu: “Não me metam nesta jogada”. Da PUC recebemos um: “Nós topamos”. E aí ocorreu uma coisa extraordinária que até amedrontou o próprio governo militar. Naquela situação, a reunião da SBPC foi igualzinha às demais, sem um tostão do Governo Militar, porque nela os artistas se cotizaram, forneceram obras, a população se mobilizou e foram organizadas várias atividades de apoio à Reunião Anual, que foi uma coisa extraordinária e comemorada com pompas em 1997 (20 anos) pela PUC.
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DRÁUZIO VARELLA E A FITOTERAPIA NO BRASIL II (VIA AMIGA REGINA M.)
“Não há porque envergonhar-se de tomar do povo o que pode ser útil à arte de curar.”
Hipócrates (460-380 a.C.)
Há muito tempo a Antropologia se recusa a utilizar categorias inadequadas para estudar e compreender o pensamento popular à respeito da saúde e da medicina. Os folcloristas no passado se referiam à medicina popular como superstições, crendices, práticas consideradas abomináveis por médicos ou pessoas de formação acadêmica. Esta rejeição pejorativa do pensamento popular ocorre sem nenhuma análise de sua função social, já que as práticas da medicina popular necessitam melhores observações e não podemos destacá-las pura e simplesmente sem estudar o seu contexto cultural, sem participar da vida, da interação com aqueles que nos deram os informes, geralmente extraídos e exibidos em função de sua estranheza ou seu exotismo. (1)
Muitas práticas consideradas crendices no passado, atualmente são plenamente explicáveis cientificamente. O uso da laranja mofada ou do queijo embolorado, por exemplo, para tratar feridas tem sido uma prática muito mais antiga do que a descoberta da penicilina por Fleming em 1932. Atualmente sabemos que a laranja abandonada no fundo do quintal, quando apodrece é atacada por um fungo do mesmo gênero (*) do bolor utilizado por Fleming para produzir o primeiro antibiótico. E o raizeiro raspa a casca da laranja onde estava o bolor e passa externamente nas feridas crônicas. Em pouco tempo a inflamação cede e começa o processo de recuperação do paciente. Da mesma forma, em Cesárea, antiga cidade fundada pelos romanos, os armênios tratavam as feridas atônicas, cobrindo-as com queijo mofado, também produzido por um bolor semelhante ao bolor que deu origem à penicilina.
A vacinação anti-variólica, descoberta por Jenner em 1798, responsável pela erradicação da varíola em todo o mundo, uma doença extremamente virulenta e mortal, somente foi possível graças aos próprios camponeses na Inglaterra que, pelo menos, a partir de 1675, se vacinavam, inoculando em si mesmos as secreções do gado atingido pela varíola bovina. Isto porque eles sabiam que a cow-pox (varíola bovina) era benigna e não matava como a varíola humana. Inclusive o próprio Jenner, médico que, ao atender uma camponesa, e suspeitar de que estivesse com varíola humana, obteve como resposta, e com extrema segurança, o seguinte: “ Não posso ter varíola, porque já tive cow-pox.” Esta foi a informação que Jenner necessitava para descobrir o princípio da vacina e iniciar o combate a esta terrível doença de maneira rigorosamente científica. Graças à uma crendice de origem popular, Dr. Dráuzio Varella!
Mas não somente os camponeses ingleses conheciam esta técnica. A inoculação de varíola a fim de provocar uma forma atenuada da mesma era conhecida secularmente na China. A crosta de uma pústula era pulverizada e introduzida no nariz ou insuflada por meio de um tubo de bambu até que se formasse uma erupção local. Os armênios também se vacinavam muitos séculos antes de Jenner. O padre Lucas Indjidjian, em seu livro “Darap atum” (História dos Séculos), publicado em 1827, descreve as minúcias do método nos seguintes termos: “Os armênios praticavam, há muito tempo, a vacinação contra a varíola, de modo empírico. Consistia seu método em recolher as crostas das pústulas de varíola na fase de descamação e conservá-las nos resíduos de passas de uvas. No momento oportuno, administravam-se essas passas às pessoas que se pretendia preservar da varíola. Mais tarde, os armênios puseram em prática o método de inoculação por incisão ou fricção, procurando levar o agente portador da varíola por baixo da pele do indivíduo são. Este método profilático foi introduzido em Constantinopla por emigrantes armênios no ano de 1718. Lady Montague, esposa do embaixador inglês junto ao sultão, experimentou sua utilidade em seu próprio filho”. (2)
Assim os exemplos são inumeráveis de supostas crendices populares que, com o desenvolvimento da ciência, e a superação dos preconceitos por parte dos cientistas, acabam sendo esclarecidas e enaltecendo a grandeza do pensamento médico popular. O próprio Rousseau afirmava que “sábios tem menos preconceitos do que os ignorantes, porém ficam mais presos aos que possuem.” Por isso é muito difícil convencer um médico preconceituoso e limitado como Dráuzio Varella. O paradigma cartesiano está tão profundamente arraigado e internalizado em seu pensamento que o torna obcecado pelas suas convicções pseudo-científicas.
Sabemos hoje que inúmeras plantas medicinais tiveram suas propriedades medicinais descobertas em ambiente não científico. A planta chinesa ma huang (**) que contém efedrina (alcalóide utilizado como agente cardiovascular) foi empregada empiricamente pelos médicos nativos, hoje em dia, chamados de médicos de pés-descalços, durante mais de 5.000 anos! O receituário chinês menciona que a planta é útil como antipirética, sudorífica, estimulante circulatório e sedativo da tosse. E eu pergunto, isto também era uma crendice, Dr. Dráuzio Varella?
Na Inglaterra, as folhas da planta dedaleira (***) era utilizada sob a forma de infusão para o tratamento da hidropisia (ascite) provocada pela insuficiência cardíaca. Esta prática popular foi recolhida pelo médico inglês Withering em 1771, que documentou toda esta experiência em livro publicado na época. Entretanto somente em 1910 a ação da digitalina (hoje digoxina), glicóside contido na planta, sobre o músculo cardíaco foi explicada de forma científica e até hoje vem sendo aplicada com grande aceitação pela medicina científica e até mesmo pelo médico Dráuzio Varella.
O isolamento da vitamina C e a definitiva explicação das causas do escorbuto são atribuídas a Szent-Gyorgi e King em 1932. Entretanto, o tratamento do escorbuto com cítricos era conhecido desde 1498, quando os marinheiros de Colombo foram acometidos de escorbuto, os homens quase moribundos, pediram para serem deixados numa ilha. Quando meses depois, Colombo retornou à ilha, encontrou seus homens vivos e saudáveis. Durante o período tinham se alimentado de frutos tropicais existentes na ilha e por isso passou a ser chamada de “Curaçao”. Em 1593, Mathiolus publicou, na Europa, uma receita em que preconiza o emprego dos frutos da rosa silvestre (****) contra as hemorragias dentárias, assegurando que o pó dentifrício de rosa silvestre fortalece as gengivas. Hoje sabemos que o fruto da rosa silvestre possui altos teores de vitamina C (900 mg). Portanto uma crendice fitoterápica perfeitamente esclarecida.
Um fitoquímico brasileiro, Walter Mors, inclusive, reconheceu que na verdade só podemos admirar a experiência milenar de povos primitivos que, muito antes do surgimento da ciência moderna, descobriram, por exemplo, todas as plantas portadoras de cafeína: o chá na Ásia, o café e a noz-de-cola na África, o guaraná e o mate na América. E o efeito estimulante da cafeína nem é tão flagrante que possa ser reconhecido num simples mascar de folhas ou sementes. (3)
Segundo Muszynski, atualmente conhecemos 12.000 espécies de plantas medicinais que são usadas por diferentes povos em todo o mundo. Convém acrescentar que essas espécies são as selecionadas por diversos povos durante milhares de anos. A ciência moderna não descobriu nenhuma planta nova medicinal ou comestível, mas somente estuda e introduz as já conhecidas popularmente. (4)
Apesar de tudo, o menosprezo pelo saber popular permanece. Para a ciência cartesiana, o único saber válido que existe é apenas o pensamento científico e com isso os demais saberes são na verdade não-ciência, e se um raizeiro descobre alguma propriedade medicinal em uma planta com que convive há anos, este conhecimento faz parte da biodiversidade na qual está inserido, portanto passível de expropriação por quem possua direitos sobre a área. Tal como no período dos grandes descobrimentos, os direitos são concedidos muito antes da conquista efetiva através da ocupação do território. (5)
Entretanto a história da ciência tem mostrado que as grandes descobertas científicas ocorrem fora do espaço teórico-científico ou universitário. No século XIX, todos os historiadores da química reconheceram o furor experimental dos alquimistas e acabaram rendendo homenagem a alguns descobrimentos positivos, tais como o ácido sulfúrico e o oxigênio, ainda que para eles não fosse uma descoberta. René Dubos, inclusive, talvez o mais importantes biólogo e cientista do século XX, afirma que as principais invenções que deram impulso surpreendente à ciência foi promovida por mecânicos, curiosos, bricoleurs, inventores, etc. (6)
No livro “O Pensamento Selvagem”, Lévi-Strauss reconhece a legitimidade e a grandeza do saber indígena e popular. Segundo ele, o pensamento selvagem não é uma estréia, um começo, um esboço, parte de um todo não realizado; na verdade forma um sistema bem articulado; independente, neste ponto, desse outro sistema que constituirá a ciência (cartesiana). Cada uma dessas técnicas, muitas delas oriundas do período neolítico, a cerâmica, a tecelagem, agricultura, o tratamento de doenças com plantas e a domesticação de animais supõe séculos de observação ativa e metódica, hipóteses ousadas e controladas, para serem rejeitadas ou comprovadas por meio de experiências incansavelmente repetidas. Por isso foi preciso, não duvidamos, uma atitude de espírito verdadeiramente científica, uma curiosidade assídua e sempre desperta, uma vontade de conhecer pelo prazer de conhecer, porque uma pequena fração apenas das observações e das experiências poderia dar resultados práticos e imediatamente utilizáveis. As diferenças entre o saber científico e o saber selvagem ou popular se situam não ao nível dos resultados, mas sim quanto à estratégia para chegar ao conhecimento, o saber popular muito perto da intuição sensível e o outro mais afastado. (7)
E com isso toda a criatividade desenvolvida por raizeiros, parteiras, mateiros, pajés, pais-de-santo, rezadores, curadores de cobra, ao longo de uma vivência pessoal acumulada através dos anos, sem nenhum apoio externo institucional, agora está sendo valorizada e expropriada com tenacidade pelos grandes laboratórios. Afinal de contas, uma tradição não expressa senão a longa e penosa experiência de um povo. Nasce da batalha travada para manter a sua integridade ou, para dizê-lo com mais simplicidade, da sua luta para sobreviver, buscando na Natureza um remédio para seus males.
Com certeza o aumento da longevidade ocidental e oriental se deve ao avanço da ciência e do conhecimento, mas não apenas dos medicamentos farmacêuticos, pois os recursos terapêuticos da medicina alopática tiveram um papel muito pequeno nos resultados obtidos. O conjunto dos atos médicos modernos é impotente para reduzir a morbidade global. (8)
Na verdade, as moléstias infecciosas, tais como, tuberculose, disenteria, tifo que dominaram o nascimento da era industrial vinham gradativamente reduzindo sua incidência, depois da Segunda Guerra Mundial, antes do emprego dos antibióticos. Quando a etiologia dessas moléstias foi compreendida e lhes foi aplicada terapêutica específica, elas já tinham perdido muito de sua atualidade. É possível que a explicação se deva em parte à queda natural de virulência dos microrganismos e à melhoria das condições de habitação e da disseminação de redes de esgoto e de água tratada, mas ela reside, sobretudo, e de maneira muito nítida, numa maior resistência individual, devida à melhoria da nutrição e conseqüentemente do fortalecimento do sistema imunológico humano.
Portanto o Dr. Dráuzio Varella se equivoca quando atribui a maior expectativa de vida dos povos orientais aos avanços da medicina e dos antibióticos. As estatísticas mostram que os índices de morbidade dos povos orientais são bastante inferiores aos padrões ocidentais. A diferença fundamental reconhecida mundialmente está no regime alimentar e no estilo de vida e principalmente no consumo maior de proteínas de origem vegetal.
Por outro lado, é necessário reconhecer os grandes avanços tecnológicos obtidos pela biomedicina no mundo inteiro. Porém sabemos todos, que as pesquisas e os investimentos são realizados por grandes empresas que monopolizam o mercado mundial e, como tem propósitos lucrativos, somente investem no tratamento de doenças que lhes permitam elevada lucratividade. Por isso as doenças mais comuns dos países do terceiro mundo recebem pouca atenção e pesquisas no sentido de produzir novos medicamentos eficazes para combatê-las. Na verdade os medicamentos utilizados no tratamento de doenças degenerativas, como o câncer, o diabetes, as doenças cardio-vasculares, e os equipamentos eletrônicos de monitoramento de pacientes terminais são o grande foco da indústria farmacêutica e médica. E o raciocínio de seus dirigentes chega a ser bastante simplório, tal como a declaração de um financista da indústria farmacêutica, numa entrevista ao Herald Tribune (01/03/2003): “O primeiro desastre é se você mata pessoas. O segundo desastre é se as cura. As boas drogas de verdade são aquelas que você pode usar por longo e longo tempo.” Sem comentários. (9)
Com relação à avaliação da eficácia dos medicamentos fitoterápicos promovida pelo quadro “É Bom pra Quê?” do Fantástico, é realmente lamentável que um médico como Dráuzio Varella não saiba que em epidemiologia é necessário analisar uma grande quantidade de resultados para se chegar a uma conclusão. Inclusive, sabemos todos, que uma clínica não pode ser avaliada pelo número absoluto de óbitos. Deve-se comparar os resultados com o número médio de óbitos mensal para saber se alguma anormalidade está ocorrendo. Apenas quando o número de óbitos está muito acima da média, as autoridades médicas acionam o alarme e começam a investigar os motivos que extrapolaram à média esperada.
Portanto trata-se de desonestidade intelectual condenar o uso da babosa no tratamento do câncer utilizando um caso negativo isolado. Medicina não é matemática. Para obter uma avaliação válida do uso da babosa no tratamento de câncer, o médico/repórter Dráuzio Varella deveria buscar os resultados médios obtidos nos diferentes postos de saúde que a utilizam ou até mesmo na extensa bibliografia existente não somente no Brasil, mas no mundo inteiro.
Se fosse necessário avaliar os resultados do tratamento de uma doença por um medicamento sintético teríamos, no campo da ciência, de agir desta maneira. Porque no caso da fitoterapia é diferente? Dois pesos e duas medidas.
Com relação à necessidade de pesquisas com as plantas medicinais a Universidade Brasileira desenvolve, há vários anos, padrões de avaliação científica das plantas medicinais. Desde a realização do 1o Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil em 1967, quando foram apresentados 22 trabalhos científicos até o XVII o Simpósio em Cuiabá em 2002, que recebeu 870 trabalhos científicos, houve um incremento de 3800 % (10). Talvez ainda seja muito pouco, para um país com as dimensões do Brasil. Mas estamos buscando um caminho, com dificuldades, é claro. Portanto são inúmeros os pesquisadores no Brasil habilitados para elaborar projetos e pesquisas sobre plantas medicinais. Portanto nós não necessitamos da ajuda do Dr. Drauzio e muito menos do Fantástico para fazer esse trabalho de avaliação. E, além disso, o Dr. Dráuzio é um simples médico/repórter sem experiência e habilitação para fazer esse tipo de trabalho, inclusive sem título de mestrado. Na verdade sua formação de médico não lhe permite isso. A pesquisa nesta área é fundamentalmente multidisciplinar e o Dr. Dráuzio teria com certeza um espaço para atuar na equipe, se tivesse alguma especialização na área, e se examinarmos seu currículo Lattes, verificamos uma escassa experiência de pesquisas com plantas medicinais. Sua alegação de que pesquisa há 15 anos na Amazônia, não lhe garante direito algum para decidir o que deve ser feito. E porque estas pesquisas não são publicadas? Por isso as posições do Dr. Dráuzio são ridículas. Qualquer pesquisador da área reconhece a necessidade de várias etapas de pesquisa para validar a ação medicinal de uma planta. Mas quem vai decidir sobre a metodologia adequada para sua validação não pode ser o Dr. Dráuzio e muito menos o Fantástico. Trata-se de uma inversão de valores e de interesses escusos.
A enorme quantidade de críticas surgidas após a entrevista do Dr. Dráuzio à revista Época de 13/08/2010 explicitam a indignação de pacientes e profissionais da área de pesquisa de plantas medicinais no Brasil. Como a motivação pela pesquisa de plantas medicinais e sua defesa é muito grande devemos reconhecer que todos objetivam encontrar uma alternativa válida para cuidar de nossa saúde. E diga-se a verdade, não somente com plantas medicinais, mas também buscando técnicas terapêuticas milenares, como a acupuntura, o shiatsu, a medicina tradicional chinesa, a medicina ayurvédica, a auto-hemoterapia, a iridologia, a homeopatia, a antroposofia, o psicodrama, o naturismo, a aromaterapia, a musicoterapia, a meditação transcendental, a yoga, a biodança e inúmeras outras terapias. E essa busca não ocorre por acaso, não é mesmo?
Trata-se apenas da busca desesperada de uma nova filosofia médica que compreenda o ser humano de maneira integral. As pessoas não suportam mais serem fragmentadas e segmentadas tal como as inúmeras peças de um quebra-cabeça. Segundo a Organização Mundial da Saúde a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doenças. Eu complementaria acrescentando ao texto o bem estar cultural e espiritual. E a biomedicina alopática ou convencional ao invés de atender a estas necessidades fundamentais do ser humano fragmenta ainda mais, criando novas especialidades médicas apenas para atender às necessidades do médico e nunca as do paciente e, com isso, a cada dia existem mais médicos que sabem muito sobre muito poucas coisas e que acabam por perder de vista o todo, o homem enfermo. Poder-se-ia chamar isso de fragmentação da responsabilidade frente ao paciente. (11) Com isso estabelecem um campo cirúrgico no corpo do paciente e esquecem todo o resto. O paciente é apenas um objeto que carrega uma enfermidade.
Quando alguém adoece, seu sistema imunológico está em baixa, com pouca resistência aos micróbios ou germes invasores de seu corpo que se aproveitam da fragilidade para se reproduzir e com isso gerando os sintomas da doença. Portanto a doença depende do que Pasteur definia, pouco antes de falecer, como o “terreno” favorável ou não ao desenvolvimento das colônias microbianas.
Portanto a partir desta noção, aceita pelos que defendem as medicinas integrais, o paciente necessita urgentemente nesse momento de buscar a restauração do equilíbrio de todo o organismo e não apenas da supressão de sintomas incômodos, aparentemente o mais afetado pela enfermidade. E é por isso que não basta suprimir sintomas, combater as dores ou a febre com analgésicos, levantar o paciente da cama, ou no jargão economicista, restaurar apenas a força de trabalho, característica fundamental da terapêutica alopática. ´
É necessário buscar terapêuticas que ajudem a recuperar o sistema imunológico. E as medicinas integrais caminham neste sentido e, com certeza, será a medicina do futuro, que cada vez fica mais próximo. Quem viver, verá.
Prof. Douglas Carrara
Antropólogo, Professor, Pesquisador de medicina popular e fitoterapia no Brasil
www.bchicomendes.com
djcarrara@hotmail.com
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Bibliografia Consultada:
(1) ARAUJO, Alceu Maynard:
1979 – Medicina Rústica – Cia. Ed. Nacional – São Paulo – 301 p.
(2) MISSAKIAN, B.:
1951 - A Medicina Popular Armênia – in Actas Ciba – Ano XVIII – N. 1 – ABR/1951 - pp. 33-38
(3) MORS, Walter:
1982 – Plantas Medicinais – in Ciência Hoje – n. 3 – NOV/DEZ/1982 – Rio – pp. 14-19.
(4) MUSZYNSKI, Jan:
1948 – Volta à Fitoterapia na Terapêutica Moderna – in Revista da Flora Medicinal – Ano XV – n. 9 – SET/1948 – Rio – pp. 363/384.
(5) SHIVA, Vandana:
2001 – Biopirataria – A Pilhagem da Natureza e do Conhecimento – Ed. Vozes – Petrópolis – 152 p.
(6) DUBOS, René:
1972 – O Despertar da Razão – Ed. Melhoramentos/Edusp – São Paulo – 194 p.
(7) LEVI-STRAUSS, Claude:
1970 – O Pensamento Selvagem – Cia. Ed. Nacional – São Paulo – 331 p.
(8) ILLICH, Ivan:
1975 – A Expropriação da Saúde – Nêmesis da Medicina – Ed. Nova Fronteira – Rio – 196 p.
(9) ALMEIDA, Eduardo & Luís PEAZÊ:
2007 – O Elo Perdido da Medicina – Ed. Imago – Rio – 250 p.
(10) FERNANDES, Tânia Maria:
2004 – Plantas Medicinais – Memória da Ciência no Brasil – Fiocruz – Rio de Janeiro – 260 p.
(11) JORES, Arthur:
1967 – La Medicina em la Crisis de Nuestro Tiempo – XXI Ed. – México – 80 p.
CARRARA, Douglas:
1995 – Possangaba – O Pensamento Médico Popular – Ribro Soft – Maricá – 260 p.
DIEPGEN, Paul:
1932 – Historia de la Medicina – Ed. Labor – Barcelona – 435 p.
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(*) Penicillium digitatum
(**) Ephedra vulgaris
(***) Digitalis purpurea
(****) Rosa canina