Um libelo pela mais plena e absoluta liberdade de expressão, sem qualquer tipo de amarras.
Leon Trotski e André Breton, tiveram em 1938, na Cidade do México, um encontro histórico de que resultou, após muitos debates entre eles e outros agentes culturais, este documento, cuja versão final foi elaborada por Breton e Diego Rivera, com a aquiescência de Trotski. Naquele momento nascia a F.I.A.R.I. – Federação Internacional da Arte Revolucionária e Independente – de vida efêmera mas importância histórica crucial.
Dentre os propósitos estabelecidos, ressaltamos:
_ Uma aliança em prol da civilização, da vida, do ser humano em sua plenitude de manifestações.
_ Nenhuma barreira, nenhum tipo de controle, nenhum limite aos sonhos, à cultura ou à arte, que todos nascem no mesmo lugar.
_ Um libelo pela mais plena e absoluta liberdade de expressão, sem qualquer tipo de amarras.
_ O mais vigoroso repúdio a toda e qualquer forma de autoritarismo ou dirigismo.
_ Os meios materiais devem ser postos sem limite ou controle de qualquer espécie a serviço do ser humano e da arte.
_ A arte jamais deve ser reduzida a serviçal do capital.
_ O capitalismo é liberticida por definição.
_ O socialismo não pode ser autoritário.
_ Se destruir uma obra de arte é considerado por todas as pessoas sensíveis um gesto hediondo, como classificar o gesto de impedi-la de sequer existir?
_ Repúdio à barbárie das guerras e do autoritarismo.
Ao texto final, assinado por Leon Trotski e André Breton na cidade do México dia 25 de julho de 1938.
FONTE: http://www.culturabrasil.pro.br/poruma.htm
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