terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

(PARTE 3) GERAÇÕES E VIVA DIONISIO!! REFLEXÕES SOBRE ARTE, TEATRO E POLÍTICA




*Obs: esta postagem é a continuidade destas outras 
duas com links a seguir:

http://sarauxyz.blogspot.com.br/2015/02/parte-2-geracoes-e-viva-dionisio.html

http://sarauxyz.blogspot.com.br/2015/02/geracoes-e-viva-dionisio-reflexoes.html

ATENÇÃO!!! ISTO AQUI É UM BLOG!! E EU VISTO TODAS AS CARAPUÇAS DE BLOGUEIRA QUE SE AVENTURA A CONTAR A PRÓPRIA HISTÓRIA...E "CONTADORA" DE PRIMEIRA VIAGEM.

Resolvo me sentar ao pc em última instância, quando a coisa torna-se periclitante. Tem uma outra parte de minha história aqui na web que noutro dia vou tentar escrever, hoje tenho outras coisas para escrever. Dizem que o hábito faz o monge, eu digo que o hábito importuna o monge e por isso também cá estou agora!

Juntar os trapos nos anos 70, era expressão muito popular para referir-se a união conjugal sem  passar pelo cartório e assinar papéis. Tive uma amiga da faculdade, carioca, que juntou seus trapos com um escritor. Numa certa noite, era 1977, por ai, fomos ao ap onde moravam, ficava na Praça Roosevelt, fui com outros amigos da faculdade, então, este escritor que era uns 8 anos mais velho do que eu, colocou para tocar uma das músicas mais proibidas no Brasil, "para não dizer que não falei das flores" de Geraldo Vandré

Ouvimos  com muita surpresa...pois os mais novos ali presentes, assim como eu, nunca haviam ouvido tal música depois de crescidos, se a ouvi num dos festivais de MPB... era muito criança e com a ruptura, com o sumiço de tal música... ficamos sem poder apreciar a criação de Vandré, esta que talvez tivesse sido a música mais relevante dos anos 60, 70...80... pra não dizer de toda a história da música brasileira. o tal escritor nos mostrou a música como uma raridade, como algo hiper proibido e ilegal até! vejam só! 

A censura era ilegal mesmo... a ditadura era inconstitucional... era ilegal... enfim, algo que era ilegal e inventava muitas falsas ilegalidades para nos prejudicar, pra nos deformar, pra nos fazer um povo idiota, covarde e oprimido, sem direitos a conhecermos a nossa própria arte, a nossa própria cultura, que coisa revoltante!
Revoltante também foi ver o que houve com este casal uns anos mais tarde, o tal escritor mostrou sua verdadeira face.

Aliás sobre mostrar a verdadeira face, a verdadeira alma...tento escrever sobre um tema hiper polêmico, as drogas. já que estamos em pleno carnaval ainda... o álcool, e a geração do "sexo, drogas e rock and roll", ou desde o final da década de 50 nos EUA, parece que o ser humano resolveu começar a libertar-se de tantas hipocrisias e sabemos que o rock e as drogas tiveram papel hiper forte nisso! Drogas e seres humanos sempre andaram juntos, mesmo em sociedades aborígenes ou pré históricas. Meu pai dizia sempre, que "uma pessoa bêbada mostra seu verdadeiro caráter", então, desconfie de quem nunca tomou um porre! (risos) Contar a própria história pode ser também, um baita de um porre!! (risos)(sem corretor automático e catando milhos... então...!)

Nestas postagens uso no título VIVA DIONÍSIO!  Dionísio e Baco...
teatro, a festa, o vinho! O teatro, a música... tão perseguidos pela ditadura militar brasileira e mesmo assim resistiram, fizeram alguns milagres Dionisíacos!

Dois diretores teatrais, aqui de São Paulo, (digo São Paulo, porque sou daqui, e então sem ser estudiosa da área, restrinjo-me a falar sobre o que meu lado subjetivo vê), se destacaram desde lá e até hoje estão muito ativos
Antunes Filho e José Celso Martinez Corrêa.

Pude conhecer um pouco mais de perto do primeiro, mas o outro, infelizmente nunca pude ir até o Teatro Oficina vê-lo atuando. Assisti peças no teatro do SESC
dirigidas por Antunes Filho. Tenho a impressão que ambos possuem esta alma Dionisíaca genial, gosto muito de saber disto e de poder entender o que é o trabalho dos dois! 

Augusto Boal e Plinio Marcos, outros dois vitais na história do teatro, da arte,
e... teria muito ainda o que escrever sobre a relação que faço entre o teatro, as drogas, a música e a meditação, mas deixo para outra vez, escrever pode ser mesmo um grande porre quando não se tem prática e muito menos talento pra coisa. 

nadia gal stabile - 17 02 2015 

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