sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Marko Andrade - NA CAPITAL
Nas horas de hoje
Palavras são engolidas
Como bolas de fogo
...Perfurando e queimando
Da garganta até o anu
Rezo por Paulos
Vigília de mães
Albergue subterrâneo em carne
Santa cidade sanatório cárcere
Carcaças meninas em fila
Chumbo e mutilação urbana
As imagens berram em periferias
Os olhos vivos são socados nos aterros sanitários .
Não tem saída humana
Somente o fel das bocas sumidouro,
muitos prantos só de meninos pretos,
Uma espinha de peixe atravessada na garganta
E as seqüelas brutas das capitais tumbeiras.
MARKO ANDRADE
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