Caros Amigos
Anistia Internacional do Brasil está
fazendo uma campanha contra a instrumentação de leis repressivas e
criminalizadoras da opinião e o ativismo, com o pretexto de combater o
terrorismo. É bem sabido que no Brasil nunca houve terrorismo (salvo o
do Estado). A única ação que teria sido terrorismo foi a tentativa de
massacre de Rio Centro, durante o show de Chico Buarque, na década de
80. Mas, mesmo nesse caso, foi um "crime incompleto", porque o ato que poderia ser de terrorismo fracassou.
Observe que terrorismo é uma coisa específica: não é roubar um carro ou destruir uma cabine telefônica. Existem mais de 100 definições de terrrorismo, ALGUMAS criadas por interesses de abortar movimentos progressistas ou de esquerda.
Qualquer causa pode ser deturpada e aviltada, mesmo uma causa nobre como a luta contra o terrorismo.
Entretando tenha em conta duas coisas.(1)
Sendo que há muitas definições interesseiras, presta mais atenção ao
esboço de definição do CS da ONU, onde se caracteriza o terrorismo como
ação massiva, destinada a produzir terror generalizado, afetando
alvos inocentes. (2) Ainda algo mais próximo da gente: em 1989, nosso
STF, ao julgar (e REJEITAR) a extradição "Argentina contra Fernando Falco", disse que nem
sequer o ataque a um quartel é um ato de terrorismo, salvo no caso em
que seja efetuado com armas de perigo massivo (por exemplo, poderosos
explosivos) e com risco para a população em geral.
Amigos: um rojão não é um poderoso explosivo!!
Todos
os dias se explodem, de maneira irresponsável, rojões em estádios de
futebol, e, várias vezes, pessoas são machucadas, feridas e, como
aconteceu na Bolívia, até mortas.
Usar rojões é sintoma de irresponsabilidade e babaquice o que não é o mesmo que crime, nem, muito menos de terrorismo.
Se nos deixarmos enganar, vamos entrar
no círculos de capachos do Pentágono que quer embarcar todos os países
num mega-escudo humano contra os que atacam SEUS interesses, que estão
longe de ser os interesses de toda a humanidade.
Qualquera
seja sua ideologia, pense se você gostaria que o Brasil virasse um
campo de batalha geral como Líbano, Gaza, Síria e a Ásia Central.
Quantas vidas humanas devem ser sacrificadas para obedecer a vaidade de
poder das elites, da mídia e das burocacias políticas??
Não
é bom guiar-se por chavões, para quero repetir uma frase de uma figura
sobre cuja luta em prol da liberdade e os direitos humanos não há
nenhuma dúvida: o linguista americano NOHAM CHOMSKY:
"Se você está em contra do terrorismo, ótimo, combata-o. Para combati-lo o principal é NÃO COLABORAR com ele"
Obrigado
CL
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