O Brasil perdeu um de seus principais diretores de teatro na madrugada desta sábado (2). O ensaísta e dramaturgo Augusto Boal, que sofria de leucemia, não resistiu à doença e veio a óbito no hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.
Expoente no Teatro de Arena em São Paulo e fundador do Teatro do Oprimido, teve como sua última aparição pública em Paris, onde recebeu o título de Embaixador Mundial do Teatro pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).
"A gente sempre diz que os mortos são insubstituíveis, mas Boal, de fato, o é. Ele é um deus do arquipélago do teatro, um dos mitos da nossa religião. É uma perda irreparável", lamentou Aderbal Freire-Filho ao jornal "O Globo".
Nascido no Rio, em 1931, Augusto Boal foi um dos principais expoentes do teatro nacional. Suas técnicas e práticas foram acolhidas pelo mundo inteiro. As mais importantes escolas de teatro têm em seus cursos aulas dedicadas ao dramaturgo.
A técnica do Teatro do Oprimido, criada na década de 60, era baseada em discutir questões políticas e sociais em cima do palco e na platéia.
"O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores – porque atuam – e espectadores porque observam. Somos todos ‘espect-atores’", dizia Boal.
Na década de 70, por estar exilado do país pela ditadura militar, difundiu seu método pela Europa.
O seu trabalho pelo Teatro do Oprimido rendeu uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz em 2008. Ainda no ano passado, no dia 16 de março, mesmo dia do nascimento de Boal, foi instituído o Dia Mundial do Teatro do Oprimido.
FONTE : http://entretenimento.br.msn.com/famosidades/noticias-artigo.aspx?cp-documentid=19535588
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