São Paulo: Gangues do Opus Dei Abusam de Habitantes de Comunidades
Carlos Alberto
Lungarzo
Professor. (r) UNICAMP, SP, Br.
1 de
novembro de 2012
Segue uma denúncia do Sindicato de Trabalhadores da Universidade de São
Paulo (USP) sobre ataque contra moradores da comunidade de São Remo, núcleo
urbano marginalizado com mais de 13.000 habitantes, onde moram também alguns
funcionários da universidade.
Como é habitual, a polícia entra nas residências particulares, sem ordem
judicial, espancam e humilham os habitantes. O pico desta onda de violência
foi, em janeiro desse ano, o caso de Pinheirinho, onde centenas de pessoas (em
total) formam machucadas, abusadas, estupradas e torturadas, e houve alguns
casos comprovados de morte. O furor assassino dos carrascos não poupou nem
mesmo os animais de estimação, muitos dos quais foram mortos.
(Por sinal, o número de mortos em Pinheirinho é, pelo menos, igual ao do
famoso massacre de Soweto, na Africa do Sul, que entrou na história sangrenta
da humanidade)
Apesar da comoção mundial pelo ataque a Soweto, nesse ataque morreram
quatro (04) pessoas.
Este novo ataque a São Remo faz parte da política de faxina social, que
visa eliminar os pobres que se tornaram inúteis como mão de obra semi-escrava.
Isto faz parte de uma larga tradição tanto da cidade como da
Universidade, que teve como reitores, no passado não tão longínquo, capachos da
ditadura militar, e até um dos fundadores de fascismo Brasileiro, famoso
bajulador de Mussolini nos anos 30.
Estas aberrações acontecem frente à indiferença dos órgãos federais,
especialmente do assim chamado ministério ou secretaria de "direitos
humanos".
Seus titulares não foram informados que os DIREITOS HUMANOS têm
jurisdição universal, e, com maior razão, então, jurisdisção nacional, não
pudendo ser violados por nenhuma gangue de politiqueiros corruptos de qualquer
província que seja.
Os cambalachos políticos ajudaram a criar, há tempos, um estado dentro do estado, cuja ferocidade
é crescente.
Apesar de seus esforços, a operacionalidade das organizações sérias de
DH é insuficiente. Estas parecem temer o confronto com o governo. Esta
excessiva “cautela” deixa sem proteção milhares de pessoas estão em risco.
É bem conhecido que, pese ao forte clima internacional de fascismo, há
várias organizações de outros países e numerosas ONGs e sistemas
intergovernamentais, que poderiam pelo menos, evitar o aumento da escala de
genocídio no Brasil.
Continuarei depois com outros documentos e comentários. Obrigado
C. L.
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