A faca num aço,
Lamina de dilacerar,
Parte de ponta a ponta o asfalto
Nos pavimentos-metrópole da alma.
Deveríamos unir gente?
Juntar pedaços?
Ciclar laços?
Ou deixarmos espalhados os detritos
Da vida por ai afora?
Toda noite meu corpo sangra os lençóis
E lentamente uma ponta fria perfura os dias
De dias de um silencio sem lei.
Chora cidade em morte viva
Fere o vermelho em carne entre dentes,
Tensão, fúria e sangria urbana.
Mas lá fora
Nas entranhas dos músculos da criação,
Ainda existem desenhos de giz no chão.
MARKO ANDRADE
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