terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A mudança de hábitos pode mudar o futuro de nosso planeta?

18h55min - 04/12/2009
Leia na reportagem
O ‘Terra, Vida ou Morte’ fala sobre a discussão sobre sustentabilidade: a conferência de Copenhage, na Dinamarca, para discutir a importância da adaptação às mudanças climáticas.

Credito: Reprodução / Rede Vanguarda Governos do mundo todo devem se reunir para estabelecer limites para as emissões de gases que contribuem para o aquecimento global.

Joseenses e o mundo inteiro voltam os olhos para Copenhage, na Dinamarca, nessa primeira quinzena de dezembro. É lá que representantes de 192 países vão se reunir para um fato histórico.

A mudança de hábitos em um simples condomínio pode melhorar o mundo?


Credito: Reprodução / Rede Vanguarda “Ajudando o outro, a gente se ajuda né?! Os benefícios são para mim e para o meu próximo”, falou a dona de casa, Andréa Ribeiro.

“Hoje eu não sofro, eu tenho fartura de água, mas os meus netos eu não sei se vão ter água”, disse autônoma, Selma Mariano.


E uma escola? Pode transformar o futuro do planeta?

Credito: Reprodução / Rede Vanguarda
“A gente pode mudar muita coisa, as nossas ações podem significar muita coisa para o mundo”, falou a estudante, Constanci de Faria. “O jovem precisa entender que não só o futuro dele depende disso, mas como o de outros jovens também”, falou o estudante, Devanir Corrêa.

O que seria do meio ambiente se não houvesse organização? Seja em âmbito mundial ou no condomínio onde você mora, porque as regras são tão importantes para que todos respeitem e convivam em harmonia com a natureza?

Das nossas casas e salas de aula para o mundo. O pensamento ambiental vai chegar em Copenhage, na Dinamarca. É lá que representantes de 192 países vão viver um momento histórico: discutir um acordo para substituir o protocolo de Kioto, o tratado para redução de poluentes que acaba em 2012.

A convenção tem a missão de ouvir um pedido urgente de cientistas do mundo inteiro, os países terão até 2020 para melhorar a relação com a natureza. “O IPCC recomenda que eles reduzam as suas emissões em 40% até 2020, em relação aos níveis de 1990, não em relação aos níveis atuais. Os países em desenvolvimento deverão, em Copenhage, assumir compromissos que vão reduzir o ritmo com que estão emitindo, mas para isso os países e os líderes dos países, precisam chegar com uma visão de que está nas suas mãos, uma responsabilidade com as gerações futuras do planeta”, salientou o climatologista, Carlos Nobre.

Credito: Reprodução / Rede Vanguarda Os cientistas indicam e estudantes ecoam a exigência. Em uma escola particular de São José dos Campos, um professor de biologia teve a idéia e os alunos foram a campo. Colheram mais de duas mil assinaturas que vão fazer parte do abaixo-assinado da ONG Greenpeace.

Na internet, vários sites dão mais força ao movimento e mostram que o mundo precisa de uma mudança de consciência. “Chegou em um ponto que a natureza não consegue reconstruir o que o homem destruiu, então está na hora de parar. Precisa de uma conscientização do mundo inteiro para tentar melhorar a situação”, disse Constanci de Faria.

“Com a industrialização, urbanização, a nossa qualidade de vida está comprometida e das gerações futuras, então eu trouxe o aluno e pedi para o aluno que trouxesse a família para a gente brigar por uma coisa que é nossa”, salientou o professor de biologia, Paulo Sawaya.Credito: Reprodução / Rede Vanguarda

Mas para que as metas sejam cumpridas pelas nações, o cientista Carlos Nobre afirma que o acordo de Copenhage precisa virar lei internacional. A importância de um acordo com regras que gerem mudanças pode começar desde um simples condomínio.

Um condomínio de São José dos Campos, os cerca de quatro mil moradores passaram a separar o lixo, o óleo de cozinha e também fizeram a individualização da água, o que trouxe economia, zerou a inadimplência e começou a ajudar a natureza. “Não é pelo preço, também é pelo preço, mas também é conscientização, então eu controlo bem a água aqui em casa”, disse a moradora, Selma Mariano.

Credito: Reprodução / Rede Vanguarda No condomínio joseense deu certo. Agora são os moradores do mundo que precisam entrar em um acordo e fazer a reunião de Copenhage dar vida nova ao planeta terra. “Mais até do que uma reunião do planeta, é uma reunião onde nós vamos não só nos reunirmos para discutir assuntos do planeta, mas nós estamos falando de refundar a civilização e decretar o fim da era fóssil”, ressaltou Carlos Nobre.
 
http://www.vnews.com.br/noticia.php?id=61636

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