quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

RIMBAUD





Description
Italiano: Ritratto di non identifie, acquerello, collezione privata
Date
Source http://www.anthonyzec.com/museum/wp-content/uploads/Forain-Rimbaud-1872.jpg
Author

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Forain_Rimbaud.jpg

https://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Rimbaud

Jean-Nicolas Arthur Rimbaud (Charleville, 20 de outubro de 1854  — Marselha, 10 de novembro de 1891) foi um poeta francês.[1] Produziu suas obras mais famosas quando ainda era adolescente sendo descrito por Paul James, à época, como "um jovem Shakespeare". Como parte do movimento decadente, Rimbaud influenciou a literatura, a música e a arte modernas. Era conhecido por sua fama de libertino e por uma alma inquieta, viajando de forma intensiva por três continentes antes de morrer de câncer aos 37 anos de idade.(...)


http://www.elsonfroes.com.br/rimbaud.htm 

Elle est retrouvée!
 Quoi? L' éternité.
C est la mar mêlée
 Au soleil

Mon âme éternelle,
Observe ton voeu
Malgré la nuit seule
Et le jour en feu.

Donc tu te dégages
Des humains suffrages,
Des communs élans!
Tu voles selon...

— Jamais l' ésperance.
 Pas d' oríetur.
Science et patience,
Le suplice est sur.

Plus de lendemain,
Braises de satin,
        Votre ardeur
    C' ést le devoir. 

Elle est retrouvée!
— Quoi? — L' éternité.
C' est la mer mêlée
 Au soleil.


*(em português)

Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
        Ao sol.

Minha alma imortal,
Cumpre a tua jura
Seja o sol estival
Ou a noite pura.

Pois tu me liberas
Das humanas quimeras,
Dos anseios vãos!
Tu voas então...

— Jamais a esperança.
Sem movimento.
Ciência e paciência,
O suplício é lento.

Que venha a manhã,
Com brasas de satã,
           O dever
           É vosso ardor.

Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
       Ao sol.



Bal des Pendues
(fragment)

Dansent, dansent les paladins,
Les maigres paladins du diable,
Les squeletts des Saladins.

Baile dos Enforcados
(fragmento)

Dançam, dançam os paladinos,
Os magros paladinos do diabo,
Os esqueletos dos Saladinos.



Chanson de la Plus Haute Tour

Oisive jeunesse
À tout asservie;
Par délicatesse
J' ai perdu ma vie.
Ah! Que le temps vienne
Où les coeurs s' éprennent.

Je me suis dit: laisse,
Et qu' on ne te voi:
Et sans la promesse
De plus hautes joies.
Que rien ne t' arrête
Auguste retraite.

J' ai tant fait patience
Qu' a jamais j' oublie;
Craintes et souffrances
Aux cieux sont parties.
Et la soif malsaine
Obscurcit mes veines.

Ainsi la Prairie
À l' oubli livrée,
Grandie, et fleurie
D' encens et d' ivraies
Au bourdon farouche
De cent sales mouches.

Ah! Mille veuvages
De la si pauvre âme
Qui n' a que l' image
De la Notre-Dame!
Est-ce que l' on prie
La Vierge Marie?

Oisive jeunesse
À tout asservie
Par délicatesse
J'ai perdu ma vie.
Ah! Que le temps vienne
Où les coeurs s' éprennent!

Canção da Torre Mais Alta

Ociosa juventude
De tudo pervertida
Por minha virtude
Eu perdi a vida.
Ah! Que venha a hora
Que as almas enamora.

Eu disse a mim: cessa,
Que eu não te veja:
Nenhuma promessa
De rara beleza.
E vá sem martírio
Ao doce exílio.

Foi tão longa a espera
Que eu não olvido.
O terror, fera,
Aos céus dedico.
E uma sede estranha
Corrói-me as entranhas.

Assim os Prados
Vastos, floridos
De mirra e nardo
Vão esquecidos
Na viagem tosca
De cem feias moscas.

Ah! A viuvagem
Sem quem as ame
Só têm a imagem
Da Notre-Dame!
Será a prece pia
À Virgem Maria?

Ociosa juventude
De tudo pervertida
Por minha virtude
Eu perdi a vida.
Ah! Que venha a hora
Que as almas enamora!



http://pensador.uol.com.br/poemas_de_rimbaud/

Minha Boêmia
(Fantasia)

Lá ia eu, de mãos nos bolsos descosidos;
Meu paletó também tornava-se ideal;
Sob o céu, Musa! Eu fui teu súdito leal;
Puxa vida! A sonhar amores destemidos!

O meu único par de calças tinha furos.
- Pequeno Polegar do sonho ao meu redor
Rimas espalho. Albergo-me à Ursa Maior.
- Os meus astros nos céus rangem frêmitos puros.

Sentado, eu os ouvia, à beira do caminho,
Nas noites de setembro, onde senti tal vinho
O orvalho a rorejar-me as fronte em comoção;

Onde, rimando em meio à imensidões fantásticas,
Eu tomava, qual lira, as botinas elásticas
E tangia um dos pés junto ao meu coração!
Arthur Rimbaud 


Flores
De um pequeno degrau dourado -, entre os cordões
de seda, os cinzentos véus de gaze, os veludos verdes
e os discos de cristal que enegrecem como bronze
ao sol -, vejo a digital abrir-se sobre um tapete de filigranas
de prata, de olhos e de cabeleiras.

Peças de ouro amarelo espalhadas sobre a ágata, pilastras
de mogno sustentando uma cúpula de esmeraldas,
buquês de cetim branco e de finas varas de rubis
rodeiam a rosa d'água.

Como um deus de enormes olhos azuis e de formas
de neve, o mar e o céu atraem aos terraços de mármore
a multidão das rosas fortes e jovens.
Arthur Rimbaud

 
http://pensador.uol.com.br/autor/arthur_rimbaud/

A poesia não voltará a ritmar a ação; ela passará a antecipá-la.
Arthur Rimbaud

Eu escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível. Fixava vertigens.
Arthur Rimbaud

A nossa pálida razão esconde-nos o infinito.
Arthur Rimbaud

Ninguém é sério aos 17 anos.
Arthur Rimbaud  
http://www.citador.pt/frases/citacoes/a/jeanarthur-rimbaud







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