FUNDO DE ARTE E CULTURA DE GOIÁS
Desde a publicação do Edital este Fundo Estadual de Cultura/2016 está fora do prumo. Os pareceristas fantasmas (não assinam o parecer) com o consentimento do CEC usaram e abusaram de incompetência, classificando e desclassificando projetos sem critérios e justificativas consistentes. Desobedeceram ao próprio edital, mudando à revelia e insistentemente o cronograma inicial , em desrespeito ao cronograma proposto pelos artistas e produtores. No meu caso particular perdi pontos porque não aceitaram meu cronograma (SIC!) - justiça de mão única. A superintendência de Cultura não reagiu em tempo às arbitrariedades cometidas, colocando na berlinda burocratas incompetentes para responder pelo edital. Ninguém assume a paternidade do filho feio. Agora vem a SEFAZ introduzindo modificações relacionadas ao desembolso, contrariando novamente o Edital. O colonialismo cultural vigora forte nas terras goyazes. A velha máxima maquiavélica de dividir para reinar de foi a estratégia adotada pela SEDUCE, que tentou romper as estruturas de poder potencialmente existentes e não deixou que grupos menores se juntassem. Os “CONTEMPLADOS” constituem o que restou e a dissolução do grupo envolvido no Edital inviabilizou qualquer tentativa de abolir os privilégios e arbítrios da classe dominante local. O interesse geral ficou à deriva, salve-se quem puder! Explosões emocionais nas redes sociais só podem ressoar na internet quando os anseios são comuns e onde nasce a identidade de defesa das decisões coletivas. Os “contemplados” estão fechados em si mesmo e criam representações verticalizadas e incapazes de criar sentimento de estar juntos. O direito à palavra e ao debate são fundamentais para se atingir um resultado, uma mudança cultural na sociedade. Neste momento o foco não é mais o desembolso da grana, mas a defesa dos interesses do grupo social e formulação de uma política cultura coerente com o perfil de nossa sociedade. O que acontece em Goiás está acontecendo em outros Estados ao mesmo tempo. Uma decisão coletiva reforçaria nossas reinvindicações, pois a comunicação em rede opera instantaneamente. Estamos conectados com outras realidades semelhantes no que tange à política cultural tanto brasileira como mundial. Precisamos passar da indignação individual para uma ação coletiva.
*arte de Ibis Soares Brandão
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Os pais do edital do fundo são os mesmos do Charter Schools do cerrado. Mas o admirável é o apego que eles tem à tradição colonial. Copiam a metrópole e replicam na colônia, e sempre classificaram isto de inovação. A colônia,segundo eles, tem como vocação reproduzir e não produzir, e assim, nada de novo nas terras dos herdeiros do Anhanguera.
INÍCIO
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