Denise Fraga diz no Roda Viva, que a peça Galileu - de Brecht, que ela está encenando, trata de problema muito importante a respeito do ser humano: "Vender-se, se Galileu teve de "vender-se" para não ser condenado a morte, e se cada uma das pessoas deste mundo sente-se sem saídas como Galileu sentiu-se, e precisa partir a deixar para lá ideais em nome da sobrevivência..."
*e aqui sou eu que digo: *(e depois com falsos moralismos partem a criticar os corruptos vendidos, sendo que quase ninguém pode dizer que escapa desta horrível sina neste mundo cão, cheio de injustiças e sujeiras)
*foto de Diego Lameira - Bagé - RS - do Jornal "O TRAMBIQUE" - Diegolam8282@yahoo.com.br
Jornal "O TRAMBIQUE" de fevereiro-2016 - por Otávio Martins Amaral
A MORTE DO ESTADO BRASILEIRO
Por Otávio Martins Amaral
O Estado brasileiro morreu. Ponto pacífico. Precisamos fazê-lo deitar-se. Ou está morto e se esqueceu de deitar. Todos os tais de poderes, os quais o estruturavam foram acometidos - acho que é de nascença - de uma doença generalizada. Todos os seus órgãos faliram. O vírus? CORRUPÇÃO. Escapam poucos gatos pingados, os quais costumavam falar no deserto, ninguém para ouvi-los. Feliz, ou infelizmente, o Povo Brasileiro, terá a incumbência de começar tudo de novo. Naquela estruturazinha safada (O Estado), nem pensar. Teremos que eliminar todos os seus resquícios. Poucos, que nem sequer nos representavam, os jogaremos aos leões. Os três poderes foram corrompidos, proporcionando a grande mídia de agir junto ou como capacho. Tudo merda da mesma latrina: Executivo, Legislativo e o tal de Poder Judiciário, somados à grande mídia e seus lacáios, formavam (ou colaboravam) a classe dominante. Não teremos mais classes, muito menos, dominante. Vamos ignorá-los. Mandá-los às favas. Não serão merecedores do nosso respeito. Portanto, lacaios e capachos do antigo poder: O PODER DO ESTADO – falido, feio e nojento. Podem, até, juntarem-se a nós, aceitando as regras de comportamento da Nação Brasileira. TODOS TEREMOS OS MESMOS DIREITOS. Cada um, com a sua capacidade e habilidade próprias,que lhes definirão os deveres, os quais estarão em função da Nação Brasileira (estarão, assim, vivendo). Os privilégios serão, a partir de agora, abolidos, mesmo que, para isso tenhamos que nos livrarmos desses sujeitos, tipo Reinaldo Azevedo (cão raivoso e capacho da Folha e da inVeja) e outros, não menos nocivos. Não servirão para nada. Não sentiremos a sua falta. Se escaparem, que não voltem nunca mais. Estaremos alerta para investidas desses antigos privilegiados e seus colaboradores. A Nação Brasileira não precisará desses párias.Uma sociedade sem banqueiros, sem grandes empresários, sem invasões de capitais estrangeiros que só servem para levar (indevidamente) a grana, sugada do nosso suor (quase de graça); sem os seus capachos, sem nada; nada que ampare os seu antigo comportamento, hediondo. Fora todos os indivíduos, se assim podemos chamá-los, que queiram trabalhar contra a maioria do Povo Brasileiro. Somente, assim, nos livraremos dessa corja. O.M.A.
"Tive de aguentar 14 anos em cana (…). Nas noites que me davam um colchão eu me sentia confortável. Aprendi que se você não pode ser feliz com poucas coisas, você não vai ser feliz com muitas coisas."
"Eu não sou pobre, eu sou sóbrio, de bagagem leve. Vivo com apenas o suficiente para que as coisas não roubem minha liberdade."
"O
que é que chama a atenção mundial? Que vivo com pouco, numa casa
simples, que ando num carrinho velho, essas são as notícias? Então este
mundo está louco, porque o normal surpreende."
.
(frases do companheiro uruguaio José Mujica, que integrou o Movimento de Libertação Nacional - Tupamaros e nunca abdicou dos valores morais de um revolucionário, daí ter ficado conhecido como "o presidente mais pobre do mundo")
2015 FOI UM ANO TERRÍVEL PARA OS BRASILEIROS E ÓTIMO PARA O BRADESCO
Um
ano de recessão, desemprego, perdas salariais, redução do poder
aquisitivo, aflições e desespero: é como a grande maioria dos
brasileiros lembrará de 2015.
O
Bradesco, pelo contrário, terá recordações bem mais agradáveis:
tratou-se do ano em que seu lucro líquido foi o segundo maior da
história já registrado por um banco brasileiro com ações negociadas na
Bolsa: R$ 17,1 bilhões.
Atrás apenas do Itaú Unibanco, que cravou R$ 20,2 bilhões em 2014.
Acaba
de trombetear sua proeza, indiferente ao efeito que causará nos que
estão perdendo tudo, em meio à pior recessão das últimas décadas.
O que é o roubo de um banco comparado com fundar um? --indagou Bertold Brecht.
LULA SAIU DO ARMÁRIO: "EU SOU UM LIBERAL". NÃO DAVA PRA PERCEBER?
Adam Smith é o guru do Lula...
Antigamente
o Lula se esquivava de revelar seu posicionamento ideológico, saindo
pela tangente quando lhe perguntavam se era de esquerda ou direita: "Sou
torneiro-mecânico", ele respondia. Sob aplausos entusiásticos da
claque, como se enrolação fosse algo meritório e elogiável.
Agora,
tanta certeza tem de que a esquerda chapa-branca em circunstância
nenhuma o recriminará, que se deu ao luxo de abrir o jogo, ao participar
de um encontro com blogueiros afins na semana passada:
"A Dilma é muito mais à esquerda que eu. Ela tem uma formação ideológica mais consolidada. Eu sou um liberal… Veja, eu, na verdade, eu sou um cidadão muito pragmático e muito realista entre aquilo que eu sonho e aquilo que é a política real".
...e Milton Friedman o da Dilma.
O
que os perspicazes já estávamos carecas de saber foi por ele expresso
de forma tão cristalina que até os eternos auto-iludidos não têm mais
desculpas para tergiversarem.
Trocando
em miúdos, Lula acredita que a riqueza da nação deva continuar sendo
gerada nos moldes atuais, mantendo-se a dominação burguesa, pois esta é
a política real, enquanto o socialismo e a anarquia não passariam de sonhos.
Só me causou estranheza sua afirmação de que a Dilma está à esquerda dele, Lula.
Taí
algo difícil de engolirmos. Será possível que ela ainda esteja à
esquerda de alguém, se há um ano se tornou cristã nova do
neoliberalismo, adepta da mesma política econômica adotada por Reagan,
Thatcher e Pinochet?
Lula no exercício da "política real"
Se,
em vários episódios, ficou cabalmente demonstrado que o mais influente
dos seus conselheiros atuais é Luís Carlos Trabuco, o presidente do
Bradesco?
Se
tornou-se amiga desde criancinha e só por problemas de segurança
desistiu de ser madrinha de casamento da ruralista Kátia Abreu,
figurinha carimbada do agronegócio?
Enfim, como desconheço e não me interesso pelas divisões no seio do liberalismo, deixo esta discussão para os liberais.
PEGA, MATA E COME!
Lembrança inesquecível dos meus verdes anos é ter visto Maria Bethânia cantando "Carcará", com toda a contundência que a canção pedia. Aquele gritado "pega, mata e come!" impactava no âmago da nossa alma.
Era
uma celebração da capacidade de resistência dos nordestinos, que aos
trancos e barrancos iam sobrevivendo à miséria, à seca, à fome e à
retirada forçada de sua terra natal para buscar esperança alhures.
Daí a citação que ela declamava no final da música:
"Em
1950 mais de dois milhões de nordestinos viviam fora dos seus estados
natais. 10% da população do Ceará emigrou. 13% do Piauí! 15% da Bahia!!
17% de Alagoas!!!"
Hoje
são outros os retirantes: os que deixam países periféricos, devastados
pela penúria e pelas guerras, indo bater na porta de prósperas nações
europeias, que cada vez mais as fecham na cara desses coitados.
Eis dados chocantes alinhavados pela Folha de S. Paulo:
o fluxo de refugiados e imigrantes na Europa é o maior desde a 2ª Guerra Mundial;
1.005.504 pessoas chegaram ilegalmente à Europa entre 1º de janeiro e 21 de dezembro de 2015;
o crescimento em relação ao mesmo período de 2014 foi de 365%;
3.692 pessoas morreram ou desapareceram no caminho até o continente europeu.
Pega, mata e come!
AS LIÇÕES MINISTRADAS À DILMA NA ESCOLINHA DO PROFESSOR ROTUNDO
Bajulado
repulsivamente pela esquerda chapa branca quando dá declarações
favoráveis à continuidade de Dilma Rousseff na Presidência, o ex
mandachuva da economia na ditadura militar e signatário impune do AI-5
nem sempre se alinha com a retórica governista.
Em entrevista publicada n'O Globo da
última 5ª feira (28), Delfim Netto disse inexistir "a menor dúvida" de
que houve mesmo estelionato eleitoral na eleição de 2014. Além disto,
deu alguns conselhos de amigo ursoà presidente, pois, argumentou, com o impeachment "fora do radar", "temos que usar (sic!) a Dilma". [Fez-me lembrar o velho slogan do chá Matte Leão, use e abuse...]
E
o que ele sugere? Simplesmente que Dilma confronte o PT para continuar
impondo aos brasileiros medidas recessivas e antipopulares, coerentes
com a opção neoliberal que fez em 2015. Leiam e constatem:
O que ela precisa fazer?
Todo
mundo sabe que o sistema de aposentadoria viola as regras da
aritmética. É um problema que vai ter que ser enfrentado. Em segundo, as
vinculações são absurdas, incompreensíveis. Vinculação é estar num
avião, ligar o piloto automático e esperar acabar a gasolina. Também não
se pode manter tudo indexado ao salário mínimo. O quarto ponto é:
nenhum empresa hoje sabe qual o seu passivo trabalhista. Porque a
Justiça do Trabalho parte da hipótese de que todo trabalhador é
hipossuficiente e todo empresário é ladrão.
Mas o PT historicamente é contra essas medidas... O
PT pode ser contra. O PT não sabe regra de três. Se for necessário,
[ela deve] dizer: “Nós vamos ensinar regra de três ao PT”.
Ela teria que se colocar contra o PT?
Ela
não vai se colocar contra o PT coisa nenhuma. Ela tem que se colocar a
favor do Brasil. Se o PT for contra, ele que está contra o Brasil. Ou
[Dilma] faz isso, ou morre.
DOCUMENTAÇÃO
- 13.05.12: Conheça neste programa a viola-de-cocho, instrumento
musical singular quanto à forma e sonoridade, produzido exclusivamente
de forma artesanal, com a utilização de matérias-primas existentes na
Região Centro-Oeste do Brasil. Sua produção é realizada por mestres
cururueiros, tanto para uso próprio como para atender à demanda do
mercado local, constituída por cururueiros e mestres da dança do siriri.
O modo de fazer viola-de-cocho foi registrado no Livro dos Saberes pelo
Iphan, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 2005.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Viola_de_cocho Viola-de-Cocho é um instrumento musical encontrado nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, no centro-oeste brasileiro.
Recebe este nome por ser confeccionada em tronco de madeira inteiriço,
esculpido no formato de uma viola e escavado na parte que corresponde à
caixa de ressonância. Esse instrumento é feito da mesma maneira como se
faz um cocho, objeto lavrado em um tronco maciço de árvore usado para
colocar alimentos para animais na zona rural. Nesse "cocho" é afixado um
tampo e as partes que caracterizam o instrumento, como o cavalete, o
espelho, o rastilho e as cravelhas. A Viola-de-Cocho foi reconhecida
como patrimônio nacional, registrada no livro dos saberes do patrimônio
imaterial brasileiro em dezembro de 2004.[1]
História
A viola de cocho é fabricada também de outras madeiras, como a mangueira, cajá manga, imbiruçu, consideradas madeiras macias, onde proporciona uma excelente ressonância. As cordas são de tripas, normalmente de macacos, ouriços
que eram as melhores e sua durabilidade não era tão duravel quanto a
linha de pescar. Pois as cordas das tripas de animais logo começava a
esfarelar e partia devido o seu ressecamento. A linha de pescar oferece
uma ressonancia melhor acompanhada do canutilho, a quarta corda de
violão. De origem portuguesa, a viola-de-cocho abrasileirou-se na madeira,
nas cordas e no jeito de tocar e é hoje uma característica marcante da
cultura mato-grossense e sul-mato-grossense. É endêmico do Pantanal e deu vida aos ritmos pantaneiros: o cururu e o siriri,
que são usados para celebrar os folguedos populares onde homens,
mulheres e crianças se juntam sob a igualdade de uma cultura que já
ultrapassa um centenário. É usada também em manifestações populares da região, como a dança de
São Gonçalo, folião, ladainha, rasqueado limpa banco (ou rasqueado
cuiabano), e em festas religiosas tradicionais realizadas por devotos
associados em irmandades. Existem relatos sobre a viola desde o fim do século XIX, quando o cientista alemão Karl von den Steinen descreveu as festas religiosas do Pantanal,
onde se cantava o cururu. No Brasil, as origens são pouco claras:
acredita-se que tenha vindo de São Paulo, acompanhando a expansão
bandeirante para a região centro-oeste. Com a chegada da televisão e do rádio na região, por volta dos anos 1950, a viola-de-cocho começou a perder a popularidade entre a comunidade local, que a produzia de forma artesanal. Esse processo quase levou à extinção do instrumento. A arte de esculpir
e tanger violas de cocho é de domínio, em geral, de pessoas de mais
idade. Com a chegada da televisão, por volta da década de 50, seu uso
foi ficando cada vez mais restrito às área mais distantes das cidades. Mas nos últimos 15 anos, a viola- de-cocho voltou a ser um dos instrumentos mais populares de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Parte dessa reviravolta aconteceu por conta de iniciativas pessoais e
institucionais, como os trabalhos de Julieta Andrade, do músico e
pesquisador Roberto Corrêa e, também, de Abel Santos Anjos Filho, músico
e professor da Universidade Federal do Mato Grosso. A pesquisadora
Julieta Andrade publicou importante trabalho intitulado "Cocho
Mato-Grossense" no qual faz uma genealogia do instrumento. Roberto
Corrêa pesquisou a viola de cocho já na década de 1980, em trabalho
publicado pelo, então, Instituto Nacional do Folclore, juntamente com a
pesquisadora Elizabeth Travassos. Abel Santos esteve em Brasília para
lançar o livro "Uma Melodia Histórica", no qual explora as raízes da viola-de-cocho e conta a história do instrumento desde antes da chegada ao Brasil. Em janeiro de 2005
o Ministério da Cultura, seguindo as diretrizes da atual Política de
Patrimônio Imaterial do governo brasileiro, promoveu o "Registro" do
Modo de Fazer a Viola de Cocho como Patrimônio Imaterial do Brasil. O
registro equivale, para o patrimônio imaterial, à figura jurídica do
tombamento para os bens culturais de natureza material. Com a
implementação da atual política o governo brasileiro vem registrando
inúmeros bens culturais de natureza imaterial em todas as regiões
brasileiras. Apesar da primeira menção histórica sobre viola de cocho
ser, segundo a assessoria de comunicação do Ministério da Cultura, em
nota naquela data, no final do século XIX, sua importância para a
cultura popular da região matogrossense e pantaneira é grande por se
tratar de um instrumento completamente adaptado ao ambiente e às
circunstâncias locais.
Composição e fabricação
O instrumento se apresenta com cinco ordens de cordas simples. São
várias as madeiras utilizadas: para o corpo do instrumento, a Ximbuva e o
Sarã; para o tampo, raiz de Figueira branca; e para as demais peças, o Cedro.
As violas armam-se com quatro cordas de tripa e uma revestida de metal.
Atualmente, as cordas de tripa estão sendo substituídas por linhas de
pescar - segundo os violeiros, bem inferiores às de tripa -, devido à
proibição da caça no território nacional (Lei 9.605/1998 - crimes
ambientais). Atualmente existem vários "fazedores" de viola de cocho, como se
autointitulam os construtores do instrumento. Os principais pólos de
fabricação artesanal do instrumento são dois:
Corumbá
(Mato Grosso do Sul): ali a viola de cocho é fabricada artesanalmente
por cururueiros como Seu Agripino, Seu Vitalino, Seu Severino e Seu
Inacinho.
Cuiabá
(Mato Grosso): ali os principais construtores Caetano Ribeiro e seu
filho Alcides Ribeiro, além de artesãos como Manoel Severino(in
memoriam), Francisco Sales, Seu Bugre,Seu Paulino de Várzea
Grande,Venceslau de Santo Antônio,entre outros.
O furo
Viola-de-Cocho com furo
Algumas violas possuem um pequeno circular no tampo, medindo de 0,5 a
1 cm de diâmetro, outras não. A viola sem furo é recente. Segundo
alguns violeiros, a viola com furo dava muito trabalho, porque sempre
entravam, por este furo, aranhas e outros animais, prejudicando o som do
instrumento.[2]
Afinação
A viola-de-cocho possui sempre cinco ordens de cordas, denominadas
prima, contra, corda do meio, canotio e resposta. São afinadas de dois
modos distintos, canotio solto (de baixo para cima, ré, lá, mi, ré, sol)
e canotio preso (de baixo para cima, ré, lá, mi, dó, sol).
Corrêa, Roberto. A Arte de Pontear Viola. Brasília/Curitiba: Edição do Autor, 2000. 259 p. ISBN 85-901603-1-9
Corrêa, Roberto;Travassos, Elizabeth(Org.). Viola de Cocho: Sala do Artista Popular;43. Rio de Janeiro: Funarte-Instituto Nacional do Folclore, 1988. 22 p.
Viola, Braz da. Viola-de-Cocho: método prático. São Paulo: Edição do autor, 2004.