Aceleraram o desmatamento antes do novo Código Florestal ser aprovado. Como terá sido em abril? E como está sendo em maio? Que país termos até o fim do ano?
Deu no Yahoo!:
“Degradação na Amazônia Legal cresce 35%
“Na Amazônia Legal, 299 quilômetros quadrados de florestas foram degradados em março deste ano, um aumento de 35% em comparação com o mesmo período de 2010, quando a área atingida foi de 220 km². Os dados, do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), constam no último boletim do Instituto Imazon.
“Segundo o instituto, Mato Grosso foi responsável por 73% da degradação, seguido por Rondônia, com 23%. Degradação florestal significa que a floresta foi cortada parcialmente ou sofreu queimada, mas não foi totalmente derrubada.
“Os dados confirmam o alerta feito pelo Deter, sistema de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que detecta a ocorrência de corte raso, ou seja, desmatamento total de uma área, na Amazônia Legal.
“Em janeiro e fevereiro deste ano, o Deter apontou 19,2 km² de áreas desmatadas. Mato Grosso apareceu como o Estado que mais desmatou, com 14,4 km², seguido pelo Maranhão, com 4,3 km². (...)”
Algumas reações à notícia:
• Gigi:
"É um negocião destruir a amazônia. Para que precisamos de mata atlantica? Se tivermos a proteção da floresta não seremos alvo de tufões e nem de furacões. Dai, como o governo vai se livrar de um bocado de gente do bolsa esmola? Por isso o governo apóia a destruição do bem mais precioso que temos. Nossas matas e consequentemente nossa água. Quem mandou votar nestas desgraças que estão ai? Vai ser cada vez pior...."
• rod:
"O negocio e plantar Soja. Arvore em pe nao da lucro pra ninguem!!!! A nao ser para as empresas estrangeiras que necessitam 'comprar oxigenio'. Moro em Sinop, MT. Da-lhe soja e andar de Hilux zera."
• Junior:
"E ainda querem aprovar um código florestal onde os criminosos que destroem o meio ambiente vão ganhar incentivos para o desmatamento da mata nativa, da mata ciliar, da mata que protege as encostas e os topo de morros."
"O BRASIL, DESDE O SEU DESCOBRIMENTO, VEM SENDO PILHADO POR QUEM DEVERIA PROTEGÊ-LO. ATÉ QUANDO VAMOS ACEITAR PASSIVAMENTE?"
• ALFBR:
"É deprimente ler uma noticia dessas! Como pode, depois de tantos anos de denuncias, inclusive internacionais, um país manter-se inerte e imóvel diante de tamanho descalabro!? O que pretendem fazer para reverter esse quadro já? Não me venham dizer que os EUA são omaior poluidor do mundo nem que a as vacas da china são os principais responsaveis pelo buraco na camada de ozônio. Quero saber o que o o meu País está fazendo para salvar esse patrominônio. O dado é alarmante."
• ▐░►◄░▌:
"Agora o desmantamento da Amazónia já é legal!? Grande governo sem dúvida. E ainda os brasileiros se queixam que os portugueses é que destruíram a Amazónia..."
E mais 26 comentários do mesmo gênero. O povo percebe, mas se sente imobilizado, porque essa quantidade de partidos que estão aí (e continuam surgindo) existe apenas para compartimentar as pessoas, encaixotá-las dentro de determinados padrões. Nenhum dos partidos propõe qualquer coisa mais séria e agora estão fazendo uma “reforma partidária” para esconderem o rosto e receberem dinheiro diretamente do governo para as suas campanhas políticas.
E o governo quer desmatar mais. No sul-maravilha quase não existem mais árvores nativas. Algum capão de mato aqui, outro ali... Agora, existem prefeituras que incentivam o plantio de eucalipto. Dizem que é para abrigar o gado, para fazer sombra. Isso é duplamente maligno. A razão desse plantio é vender madeira para as fábricas de celulose. E a conseqüência dessa razão sem razão, além do dinheiro fácil no bolso dos “produtores”, será a desertificação da terra.
O DESERTO VERDE
Toda monocultura provoca desertificação. Além de degradar a terra, o eucalipto é voraz consumidor de água e liquida com a vegetação nativa. A continuar essa mentalidade destruidora, brevemente teremos grandes desertos no Rio Grande do Sul.
Aos poucos? Não. Já está acontecendo agora. Os impactos do chamado deserto verde implantado no Estado são secamentos de rios, fontes de água, a devastação do solo, que chega a plena destruição do meio ambiente. Os poucos empregos gerados são para mão-de-obra especializada nas fábricas. Cidades e regiões gaúchas estão sofrendo com a estiagem agravada pela monocultura de eucalipto, como Bagé, Alegrete, Fronteira Oeste, Encruzilhada do Sul entre outras.
Eu vivo em Bagé, terra da degradação da terra. Aqui, sofremos uma estiagem anual de vários meses. E o plantio de eucaliptos continua. É um grande negócio para os grandes negociantes. Para eles, a terra é apenas isso: negócio. O deserto verde é provocado por eucalipto, agrotóxicos e monocultura. Aqui não faltam agrotóxicos. E cultura de soja e arroz transgênicos. Tudo que as empresas de celulose desejam.
Mas não somente em Bagé e na Fronteira Oeste deste estado que já foi muito rico. Também no Vale do Paraíba, em São Paulo. No sul da Bahia, aonde as empresas de papel e celulose chegaram também na segunda metade do século passado. Hoje, há muitas áreas abandonadas, sem condições para plantio devido aos efeitos agressivos do eucalipto sobre o solo. As empresas de celulose e de produtos transgênicos também estão em Santa Catarina, no Espírito Santo, em Minas Gerais e em todos os lugares do Brasil em que puderem entrar e semear o seu lixo.
As empresas – como a Aracruz e a Monsanto - prometem gerar cerca de cinco mil empregos diretos e indiretos no Brasil, sem especificar por quanto tempo, ao passo que o desenvolvimento de um programa de agricultura familiar variada pode gerar até 30 postos de trabalho permanente por hectare.
Cerca de 95% da polpa de celulose produzida no Brasil é destinada ao mercado externo, sobretudo para a União Européia e os Estados Unidos. Nesses lugares, cerca de 80% da polpa importada do Brasil é transformada em papel higiênico e lenços de nariz. E mesmo que assim não fosse. Estão usando a nossa terra como se fosse deles, deixando aqui a poluição e provocando a desertificação e auferindo lucros gigantescos.
E a Aracruz é uma das empresas diretamente interessadas na destruição da Mata Atlântica, que o novo Código Florestal, se passar, irá propiciar. Já estão agindo. Um exemplo que não sai na “grande imprensa”:
Em plena Copa do Mundo e no final da sexta-feira (16/06), próximo do fim do expediente dos órgãos ambientais, a transnacional Aracruz Celulose colocou em operação 27 tratores para destruir a mata atlântica em adiantado estágio de regeneração na cabeceira da nascente do córrego Jacutinga, na região de Farias, em Linhares (ES). A empresa não contava com a reação de mulheres camponesas - uma delas, no nono mês de gravidez - com suas crianças e maridos, que se colocaram em frente às máquinas, com risco de suas vidas, para parar o desmatamento que já havia destruído 50 hectares da vegetação.
DESMATAMENTO E MONOCULTURA
Eles fazem o que querem. Tem o apoio do Governo. O mesmo Governo que incentiva a monocultura da soja e do arroz transgênico. E da cana de açúcar para fabricar biodiesel.
O professor Walter Pinheiro da Fonseca, em entrevista para “O Estado do Triângulo” e prevendo a entrada de grandes empresas de monocultura da cana no Triângulo Mineiro, afirmou que os problemas da região Nordeste, em grande parte, devem-se aos longos períodos de monocultura da cana.
“Estudos científicos apontam que o desmatamento na região nordeste é um dos principais responsáveis pela seca que assola toda a região, ou seja, a seca do Nordeste, tem ligação direta com a monocultura da cana no Brasil Colônia, durante um século. Com o desmatamento da Mata Atlântica do Ceará até Pernambuco, quando se tirou toda a mata rica em húmus, sais minerais, começou o semi-árido, isso mostra que os efeitos são drásticos.
“As terras do Nordeste estão cansadas, estéreis, não servem nem pra cana mais, então eles precisam mudar de região. Hoje eles estão pegando os melhores bolsões de terras de cerrado. Na região do Triângulo Mineiro são terras férteis. Hoje, dos 40% de terras agricultáveis da nossa região, apenas 5% são ocupadas pela cana, mas eles objetivam plantar 35%, ou seja, a maior parte da área agricultável. Ao mesmo tempo que eles negam a monocultura, falam outra coisa. Eles estão atrás de terras férteis para transformar em pedaços de desertos.
“Outra questão a ser analisada é esta, lembrou o professor, se a cana é tão rentável, porque o Nordeste é tão pobre? E deu logo a resposta: “Esgotou-se toda uma região, deixaram o Nordeste em estado de miséria". O povo nordestino hoje vive as conseqüências de erros do passado, que eles não têm culpa. E o que vemos é que os grupos estão procurando alastrar esses problemas para outras regiões, para atender uma pequena minoria. É uma minoria que faz isso e depois a toda a população sofre as conseqüências desse processo. Digo que hoje, o que se pretende é ´nordestizar´ o resto do Brasil.”
Mas o Obama e sua turma querem biodiesel barato e o Governo brasileiro curva-se aos desejos do imperador.
E também querem novos campos para cultivo e para pecuária. Na Amazônia. Por isso destroem a floresta, matam os animais e plantam soja transgênica e pasto para criar os bois. O mercado externo exige a devastação e paga bem pela carne e pela soja. Por isso devastam, queimam, cortam e o Governo brasileiro finge que nada pode fazer. É um Governo que adora estatísticas. Os pecuaristas são, em sua maioria, brasileiros, mas também existem empresas com capital transnacional. Tudo é exportado: a madeira, a carne, o leite, a soja.
E o Governo, movido pela febre de devastação, constrói usinas como a de Belo Monte, para satisfazer a empresários e políticos. Não interessam os índios, a fauna e a flora. Não interessa o povo. O povo que vá assistir futebol, BBB, novela das oito.
Brasil globalizado, Brasil pasteurizado, Brasil onde se fala inglês pra inglês ver que se fala inglês no Brasil.
Um só mundo, uma só língua, como propagandeiam aqueles rapazes pagos pelo tio deles, o tal de Sam, a quem tanto veneram em troca de pedras pintadas e colares de miçangas e por ele se ajoelham e por ele rezam e por ele fazem tudo o que ele quiser porque quem paga manda e invade e saqueia e vampiriza... E desmata. As motosserras não param, dia e noite. Aqui é o Brasil de todos os malandros e otário é o povo que acredita que cachaça é água – quem mandou acreditar?
Aqui jogamos futebol. Futebolizamos o amanhecer dos noventa por cento dos sem destino que se pensam destinados a povo votante e massa uivante nos estádios e só. A presidente diz que. O ex-presidente também diz. E ficamos futebolizados, novelizados, enovelados nas palavras que afirmam que nossas pernas são dribladoras e nosso querer se restringe a mais um gol. Ou gole.
Quem mandou acreditar?
Fausto Brignol.
Para o Fausto Brignol e para todos os outros que comentaram: é grave e pelo jeito este planeta possui um sistema orgânico que se manifesta de jeitos diferentes nas suas varias partes. Tsunami no Japao, quem sabe ligado ao vazamento no fundo do oceano no golfo do México? ou às experiências nucleares francesas ha alguns anos em Mururoa? Falando nisso, a França esta tentando virar uma réplica do Sahara do lado norte do Mediterraneo - a terra esta mais seca do que na caatinga. Tudo sao arrepios da crosta do planeta, arranhada, ressecada, desvitalizada por uma espécie dotada de tecnologia cada vez mais destrutiva - e talvez inconscientemente buscando uma autodestruiçao?...
ResponderExcluirPorque o planeta acho que pode sobreviver a esse arrasamento provocado pela espécie humana - afinal, o tempo de vida desta bola movel se conta em milhares de anos, quiça mais do que podemos imaginar. Mas essa espécie nociva que somos, é fragil e pode ser varrida com qualquer sacudida mais forte, que a velha Gaia ja esta começando a mostrar que pode ter vontade de fazer.
abraço,
regina