Petições por Gaza
Carlos A. Lungarzo
Poucas
vezes conseguimos ver as coisas do presente com a mesma clareza que as coisas
do passado. A enorme maioria da humanidade se estarrece quando lembra as
políticas de punição coletiva, vingança e intimidação durante o período 1930 a
1945, que cobraram, no total, mais de 15.000.000 de vítimas.
Hoje, os governantes, diplomatas e altos
funcionários (salvo alguns exceciones, como a do Secretário Geral da ONU e vários
oficiais de proteção que choraram ao lembrar os crimes de Gaza), parecem achar
que 1.400 ou 1.500 pessoas, incluindo crianças, mulheres, doentes, e civis
indefensos, são pouca coisa. Parece que eles só merecem medidas formais e
simbólicas, como chamar o embaixador de volta para ser restituído dentro de
alguns meses.
Embora as medidas simbólicas tenham um efeito
educativo importante, elas devem ser acompanhadas por ações reais, pois ninguém
é tão ingênuo para ignorar que por trás dessa cosmética de indignação se
esconde um cálculo financeiro e estratégico. É necessário que os cúmplices do
aparato militar industrial de Israel, cancelem seus investimentos.
Este pedido parece uma utopia... e talvez o seja. Mas é o único caminho
para que o genocídio na região tenha um final definitivo. Durante 66 anos, a
política de Israel tem sido de progressivo avanço, de continua intimidação, de
ocupação de territórios, de repetições de história de crueldade já vistas nos
anos 30 e 40. Citá-las? Exigiria muito papel: lembrem das incursões a Gaza, os
ataques ao Líbano, a carnificina de Sabra e Shatila.
Há várias propostas internacionais de
diversas ONGS para propor aos países que se acham civilizados, cortar toda relação comercial com Israel, especialmente
a relativa ao comércio de armas.
Estou enviando dois links, um relativo ao
Brasil e outro que pede o fim do investimento de várias empresas
transnacionais. Na Rede há muito mais. Escolhi os que me pareceram mais
eficientes neste momento urgente.
Olhando os foguetes de Hamas lançados contra
Israel, é fácil perceber que o Estado não corre nenhum risco, nenhum perigo
maior que qualquer outro estado militarizado, sustentado internacionalmente,
com poderosos recursos econômicos e tecnológicos. Mas os palestinos não formam
um estado. Talvez não haja um plano sistemático de extermínio, mas há um
processo cujas dimensões só podem ser reduzidas tirando do agressor seus
instrumentos de agressão.
Observe que, enquanto os palestinos correm
desesperados e ensanguentados, carregando como podem suas crianças, sob o fogo
do inimigo, ao mesmo tempo, a classe média israelense bate “selfies” e olha
desde as sacadas de suas penthouses as
chamas, a fumaça do napalm e o desabamento das casas dos palestinos. Como o
imperador Nero fazia na Roma do século I!!!
A chantagem emocional de qualificar toda
defesa dos palestinos como “antissemitismo” já está esgotada. Além, disso é uma
ofensa contra os judeus não sionistas, que pertencem a uma cultura que construiu
o principal da civilização europeia, e resistiu a perseguição obscurantista
durante séculos. Uma cultura não é um estado, não tem bandeira, nem hino, nem
território fixo, nem obedece os fetichismos místicos ou bélicos. É uma rede de
relações humanas, de produção artística e intelectual, de princípios de
convivência, de valores sociais e éticos.
Estes são os dois primeiros links. Posteriormente,
irei enviando outros.
1)
Petição ao governo Brasileiro para romper
relações totais com Israel.
2)
Petição a empresas transnacionais para que
cancelem seus investimentos em Israel.
Fraternalmente,
CL
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