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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
O Amor segundo Hannah Arendt
Em O Banquete, Platão descreve um encontro de amigos que decorreu na casa de Agatão, em 416 a. C., no qual se festejava a sua primeira vitória no festival do teatro de Dionísio, em Atenas. A historia relata uma discussão entre doze convidados, incluindo o grande filósofo Sócrates. Depois de prestarem homenagem aos deuses, Exímaco, um médico, introduz o tópico da discussão do dia: O Amor. Depois de vários posicionamentos, Sócrates enuncia sua máxima satisfatória daquela questão, quando afirma; “O amor sente falta de beleza e de verdade. Qualquer pessoa que veja a beleza com os olhos da alma será […] amiga de Deus e imortal, se é que algum homem o pode ser”.
Para a pensadora alemã Hannah Arendt o amor também é falta, assim como algo que só se aprende com os olhos da alma, nesse caso, o amor (que na linguagem socrática aproxima-se mais da entidade de Eros, isto é, como desejo de algo que não temos) é também busca. Para a autora de A vida do Espírito, os homens amam também a sabedoria e começam a filosofar porque não são sábios, isto é;
[...] Ao desejar o que não tem, o amor estabelece uma relação com o que não está presente. Para trazer à luz e fazer aparecer essa relação, os homens procuram falar dela – assim como o amante procura falar do amado. É porque a busca empreendida pelo pensamento é um tipo de amor desejante que os objetos do pensamento só podem ser coisas merecedoras de amor – beleza, sabedoria e justiça. (ARENDT, 1991, p. 134)(...)
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