Montanha russa
Já o ser inquieto não
está em nenhum lugar
porque a inquietação já
é uma forma de não
estar nunca estaR
que se dirá então
do ninguém que mora
em mim por não ter não
onde morar
na terra no ar no maR
quem imagina não
está em si somente
nem somente onde está
está de repente
sem cuspir nem porvir
numa montanha russa
só pelo prazer
perpendicular
de subir e caiR
Ó meu distante amor
quando eu passar espera-me
na tua porta não
te poderei beijar não
só terei tempo para
na paisagem em fuga
entre areia e sal
te deixar na mão
uma floR
Espera-me na porta
se estiveres na lua
maria azul luz clara
quando eu passar como
um peixe voador não
terei tempo para
te ofertar sequer
uma floR
só terás tempo de dizer
como a mulher de Arvers
que louco é este
que chegou da terra e não
me trouxe sequer
uma floR
http://www.jornaldepoesia.jor.br/cricardo2.html#montanhaJá o ser inquieto não
está em nenhum lugar
porque a inquietação já
é uma forma de não
estar nunca estaR
que se dirá então
do ninguém que mora
em mim por não ter não
onde morar
na terra no ar no maR
quem imagina não
está em si somente
nem somente onde está
está de repente
sem cuspir nem porvir
numa montanha russa
só pelo prazer
perpendicular
de subir e caiR
Ó meu distante amor
quando eu passar espera-me
na tua porta não
te poderei beijar não
só terei tempo para
na paisagem em fuga
entre areia e sal
te deixar na mão
uma floR
Espera-me na porta
se estiveres na lua
maria azul luz clara
quando eu passar como
um peixe voador não
terei tempo para
te ofertar sequer
uma floR
só terás tempo de dizer
como a mulher de Arvers
que louco é este
que chegou da terra e não
me trouxe sequer
uma floR
INÍCIO
Nenhum comentário:
Postar um comentário