*31 DE MARÇO DE 2016
http://fausto-diogenes.blogspot.com.br/2016/03/abinsa-pfbi-e-cia-por-tras-do-golpe.html
segunda-feira, 28 de março de 2016
ABINSA, PFBI E CIA POR TRÁS DO GOLPE
*fotografia de Fausto Brignol
O
golpe está sendo dado com o apoio dos próprios serviços de segurança do Estado,
que deveriam, em primeiro lugar, proteger a Presidente da República e fazem o
contrário, permitindo escutas telefônicas, devassa de e-mails e outras formas
de comunicação e fornecendo informações ultrapassadas que podem ser obtidas em
qualquer jornal diário. A ABIN e a Polícia Federal se desvincularam da proteção
ao poder Executivo e há indícios de que estariam trabalhando em conjunto com os
serviços de informação dos Estados Unidos, principalmente FBI, CIA e NSA. Assim
como na época da ditadura militar.
A
ABIN (Agência Brasileira de Inteligência) foi criada em 1999 por Fernando
Henrique Cardoso. É uma agência de coleta de dados, sem poder de polícia,
coordenando 27 superintendências em todo o país. É fiscalizada por uma comissão
de senadores e funciona como instrumento de Estado, sendo um órgão da
administração direta integrante da Presidência da República. Sua principal
função é investigar ameaças reais e potenciais, defender o estado democrático
de direito e a soberania nacional. A ABIN é o principal órgão interno do Sisbin
(Serviço Brasileiro de Inteligência), que prevê a participação da Polícia
Federal, Polícia Rodoviária Federal e Anvisa.
Fiscalizada
pela CCAI (Comissão Mista de Controle de Atividade de Inteligência), uma
comissão integrada por deputados e senadores, teoricamente a ABIN está sujeita
ao critério de pessoas como o senador Aloysio Nunes (PSDB), senador Eunício
Oliveira (PMDB), senador Álvaro Dias (PV), senador Cristovam Buarque (PPS),
senador Cássio Cunha Lima (PSDB), deputada Jô Moraes (PC do B), deputada Soraya
Santos (PMDB), deputado Bruno Araújo (PSDB), deputado Benito Gama (PTB),
deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB) e deputado Heráclito Fortes (PSB). Ou seja, 5
congressistas do PSDB, 2 congressistas do PMDB, 1 do PSB, 1 do PPS, 1 do PTB, 1
do PV e 1 do PC do B.
Desses
12, 5 são golpistas declarados (PSDB), 2 são golpistas que se fingem de
democratas (PMDB), 4 apoiarão o golpe branco do Congresso, com a provável
honrosa exceção de Cristovam Buarque, e a deputada Jô Moraes é a única do ninho
de cobras que prefere a democracia. São esses os que “fiscalizam” a ABIN, ou
pretendem orientar as suas ações.
A
Polícia Federal, todos sabem, está sob as ordens de Sérgio Moro, símbolo dos
golpistas, que recentemente autorizou a escuta do próprio telefone da Presidente
da República, grampeado devido à inoperância, descuido, ineficiência ou tudo
isso junto, mais o desleixo ou incapacidade da ABIN em criptografar telefones
utilizados pela Presidente, deixando-os expostos para escutas - o que provocou
um escândalo que somente terá seus efeitos anulados quando a ABIN e a Polícia
Federal voltarem a atuar como órgãos do Poder Executivo, em defesa do Estado e
da normalidade democrática.
Por
enquanto, o que se sabe da ABIN é que é formada por pessoas concursadas, mas
parte dos seus membros é oriunda do SNI, que era o Serviço Nacional de
Informação da ditadura militar, conservando todos os seus antigos vícios e
prováveis vínculos com militares de direita ligados aos Estados Unidos – país articulador
de todos os golpes na América Latina. A Polícia Federal, por seu lado, está
agindo ostensivamente contra o Poder Executivo – veja-se o caso dos grampos –
talvez devido a uma chefia que não reconhece a ascendência da Presidente da
República ou, também, à presença em seus quadros de pessoas que já trabalhavam
no DOI-CODI, antigo e famigerado DOPS.
É
notório que os dois órgãos estão infiltrados ou “auxiliados” por serviços de
inteligência dos Estados Unidos, como a CIA, o FBI e a NSA. O ex-chefe do FBI
no Brasil, o português naturalizado norte-americano Carlos Costa, em entrevista
à Carta Capital afirmou que a Polícia
Federal foi comprada pelo FBI (http://www.cartacapital.com.br/revista/283).
Simples
assim. Comprada. Carlos Costa também revelou que o FBI controla a imprensa
brasileira. “Uma das funções que nós temos na embaixada é manipular a imprensa
brasileira (...) Manipular, conduzir, controlar a imprensa brasileira no que
nos interessa. (...) É virar a opinião pública a nosso favor. (...) Se é
comprar, é comprar, há várias maneiras.”
(...)
“Carta
Capital: Você chefiou o FBI no Brasil? Por quanto tempo?”
“Carlos
Alberto Costa: Chefiei o FBI no Brasil. Por quatro anos, até quase o final do
ano.”
“Carta
Capital: Como eram, são, as relações dos serviços secretos dos Estados Unidos
com as polícias do Brasil?”
“Carlos
Costa: Você se refere à polícia de vocês ou à comprada por nós?”
“Carta
Capital: Comprada?”
“Carlos
Costa: Sim, comprada. Nossas agências doam milhões de dólares por ano para a
Polícia Federal, há anos, para operações vitais. No ano passado, a DEA doou uns
US$ 5 milhões, a NAS (divisão de narcóticos do Departamento de Estado), também
narcóticos, uns US$ 3 milhões, fora todos os outros. Os Estados Unidos
compraram a Polícia Federal. Há um antigo ditado, e ele é real: quem paga dá as
ordens, mesmo que indiretamente. A verdade é esta: a vossa Polícia Federal é
nossa, trabalha para nós. Os vossos governos parecem não dar importância à
Polícia. Não sei se é herança da ditadura, quando a Polícia era malvista, mas
isso é incompreensível. A Polícia, que deve ser uma entidade independente da
política, independente de influências internas e externas, está, na prática, em
mãos de estrangeiros.”
“Carta
Capital: Isso se refere a todas as agências americanas que trabalham aqui?”
“Carlos
Costa: A CIA é outra história... A CIA tem a função legal de um serviço de
inteligência que atua no estrangeiro.”
“Carta
Capital: Sim, mas também ‘doa’, e atua com maior ou menor autonomia, se o
Brasil permite.”
“Carlos
Costa: Bom, eu concordo. Atua com maior ou menor autonomia, mas o papel da CIA,
do ponto de vista dos Estados Unidos, é correto e legal: é um serviço de
inteligência no exterior.”
(...)
O
golpe contra o governo Dilma provavelmente tenha nascido nos salões da
Maçonaria, como em 1964, estendendo os seus tentáculos para os congressistas da
oposição e envolvendo o Ministério Público e o Judiciário. Não desejam os
golpistas que seja um golpe militar e tomam como exemplo o golpe paraguaio, que
derrubou o presidente Fernando Lugo através do Congresso daquele país. Um
impedimento sem qualquer base constitucional, como está sendo armado no Brasil.
Por
seu lado, os militares dizem que são democratas e estão preocupados com a normalidade
constitucional. Resta saber de que lado os militares ficarão no momento em que
essa normalidade constitucional for abalada pelo golpe congressista, com o
provável aval do STF: a favor do Governo legitimamente eleito ou a favor dos
corruptos, como Eduardo Cunha, Calheiros, Aécio e tantos outros. Novamente os
militares se levantarão contra o povo, quando houver a natural reação ao golpe
anunciado?
Assim
como aconteceu com Getúlio Vargas, em 1954, e com João Goulart, em 1964, em
2016, Dilma Roussef está completamente desprotegida pelos serviços de
segurança, comprados e entregues à oposição golpista. Em quem ela pode confiar?
Já trocou o ministro da Justiça e nada adiantou. Será que Dilma pode confiar
nos seus próprios guarda-costas? Dilma está fragilizada e os golpistas pretendem
que ela renuncie, como fez Jânio Quadros, suicide-se, como Getúlio Vargas, ou
fuja, como João Goulart.
INÍCIO
Oi Nadia. Pode usar links e matérias. O blog foi atacado ou coisa parecida. O papel de parede sumiu e se puderes me ajudar, agradeço. Abraço. Fausto.
ResponderExcluirTentei enviar e-mail pra ti, mas não foi. Qual o teu e-mail?
ResponderExcluirrespondi a vc via seu blog, a conta daqui foi desativada, espero que seja temporariamente, e ai sumiram as imagens daqui e de seu blog porque as imagens estavam "hospedadas" no Picasa da conta relativa... esta daqui do blog. abração, te mandei meu email lá pelo seu blog, grazie!!
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