Páginas

A bluevision de Ernst Götsch - Agricultura Sintrópica


https://www.youtube.com/watch?v=KTcuPLRgj5M&feature=youtu.be

Conheça a trajetória do suíço de 70 anos que criou a agricultura sintrópica, formou milhares de fazendeiros com a técnica e transformou hectares na Bahia com seu método inovador.


INÍCIO 

terça-feira, 14 de maio de 2019

A DESTRUIÇÃO DA EDUCAÇÃO - por Carlos A. Lungarzo


A DESTRUIÇÃO DA EDUCAÇÃO
Carlos A. Lungarzo
Professor titular (apos.) UNICAMP
Ex-Professor visitante USP, UNESP, UERJ, UFPb


Este artigo contém uma análise da atual política de genocídio
educacional do governo vandálico de Jair Bolsonaro e sua
inacreditável gangue de capiregime (no governo, no judiciário e no
parlamento) sem inteligência, sem moral e sem sensibilidade
nenhuma. Na última seção, intitulada Resistência e Solidariedade,
faço uma reflexão e um apelo para que lutemos por nossa
educação em toda a medida de nossas forças, visando recuperar a
democracia perdida.(...)

INTRODUÇÃO

Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo soube que os nazistas haviam
exterminado milhões de pessoas em suas câmaras de gás. No entanto, poucos
sabiam que esse método foi inventado nos EUA. Já em 1921, duas décadas
antes do Holocausto, a Legislatura de Nevada aprovou uma lei autorizando
experimentar com cianureto em forma gasosa para aplicar a pena de morte. A
primeira cobaia foi um chinês, executado na prisão de Carson City, Nevada,
onde teve uma morte demorada e dolorosa em 8 de fevereiro de 1924.
Também os nazistas geraram indignação por queimar livros e perverter a
educação, mas, novamente, os verdadeiros inventores do método foram
esquecidos. O hábito de queimar livros é bem mais velho, e a primeira fogueira
conhecida é mencionada no único livro no qual os Bolsominions alguma vez
passaram os olhos (mesmo sem entender). Contudo, este trecho não é
daqueles que os pastores mencionam aos brados. Em Jeremias 36, 23, o rei
de Judá queima um rolo de pergaminho com um texto que ele não gostava. O
extenso verso não deixa dúvidas de que a autoridade religiosa destruirá tudo

aquilo que considere nocivo para seu poder.(...)


*Para ler texto integral, acessar: 

https://drive.google.com/file/d/0B9FR93OLJv-Uam5LNngzaHR0Nm9fNTZMYVBLVDY4aGRwUFBj/view?usp=sharing

INÍCIO 

quarta-feira, 8 de maio de 2019

A burrice no poder - por Ladislau Dowbor


A burrice no poder 

Ladislau Dowbor 
22 de dezembro de 2018 
edição revista em 7 janeiro de 2018 
Publicado em http://dowbor.org

“The most intellectual creature ever to walk the earth, is destroying its only home.” – Jane Goodall 

A burrice no poder tende não só a se perpetuar, como nela se afundar. O acúmulo de bobagens ou de tragédias, a partir de um certo ponto, exigiria tamanha confissão de incompetência, que os donos de poder continuam até a ruptura total. Reconhecer a burrice torna-se demasiado penoso. Barbara Tuchman nos dá uma análise preciosa dos mecanismos, no que ela chama de Marcha da Insensatez: “Uma vez que uma política foi adotada e implementada, toda atividade subsequente se transforma num esforço para justificá-la.” Isso levou, por exemplo, cinco presidentes americanos sucessivos a se afundarem na guerra do Vietnã, apesar da convicção íntima, hoje conhecida e documentada, de que era uma causa perdida. A burrice política obedece a uma impressionante força de inércia. (263) 
Qualquer semelhança com o golpismo no Brasil insistir numa política que empurra o país para trás, mesmo depois de quatro anos de desastre, não é evidentemente uma coincidência, é a regra. No túnel da burrice, os que a perpetram sempre imaginam que logo adiante surgirá a proverbial luzinha. Se a política sacrifica em vez de ajudar, dirão que o sacrifício não foi suficiente, é só aprofundar um pouco mais. Com gigantesco esforço de mídia, de fake-news e de dinheiro, elegeu-se um presidente cujo rumo é simplesmente acelerar a Marcha. Com Deus e a Família rumo ao absurdo. Apontar os absurdos não é negativo: corrigir os erros óbvios pode ser mais factível do que buscar distantes utopias. 

A burrice da austeridade 
A austeridade, para quem não tenha notado, não funciona. Como diz Stiglitz, nunca funcionou. Por uma razão simples: o capitalismo, para se expandir, precisa de produtores, mas também de consumidores. No centro do raciocínio, está a ilusão de que não temos recursos suficientes para incluir os pobres. As políticas sociais e um salário mínimo decente não caberiam na economia, no orçamento, ou na Constituição, segundo os políticos. Façam um cálculo simples: o Brasil produz 6,3 trilhões de reais de bens e serviços, o montante do nosso PIB. Isso dividido por 208 milhões de habitantes nos dá um per capita de 30 mil reais ao ano, ou seja, 10 mil reais por mês por família de 4 pessoas. Isso está longe das ambições de consumo da nossa classe média alta, mas assegura, para o comum dos mortais, o suficiente para uma vida digna e confortável. Nosso problema não é falta de recursos, e sim a burrice na sua distribuição. Na fase do lulismo, a economia cresceu, sendo que a renda dos mais pobres e das regiões mais pobres cresceu mais do que a renda dos mais ricos: todos ganharam, os pobres de maneira mais acelerada, reduzindo a desigualdade. A ascensão dos pobres gerou nos ricos a reação esperada: a mesma que tiveram com Getúlio e com Jango, agora repetida com Dilma e com Lula. Reconhecer que funciona o que sempre denunciaram seria penoso demais. A burrice é muito teimosa. Portugal tem uma experiência simpática: mandou a austeridade às favas, e está indo de vento em popa. Com uma lei absurda de teto de gastos, nós institucionalizamos o aprofundamento da desigualdade. Já se notou que a austeridade recomendada é a dos pobres que têm pouco, e não a dos ricos que têm muito e ainda esbanjam?