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quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Temer quer impor nova base curricular para implementar excludente reforma do Ensino Médio




PRECARIZAÇÃO DO ENSINO

Temer quer impor nova base curricular para implementar excludente reforma do Ensino Médio

Temer pretende mudar a base curricular referente ao ensino médio, que foi alvo de críticas desde a apresentação do texto que seria definitivo em abril.
quarta-feira 18 de julho| Edição do dia

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O Mec vai ampliar conteúdos previstos no texto com ajustes feitos para tentar amenizar a resistência à proposta, para, assim, impor a aprovação ainda em 2018, que é a meta do governo golpista de Michel Temer.
Desde fevereiro do ano passado, quando a reforma do ensino médio foi aprovada, parte do conteúdo ensinado em sala de aula é comum (60% da grade do ensino médio), e outra parte de acordo com a escolha do aluno. O estudante poderia escolher uma dentre as cinco áreas oferecidas, que são: linguagens, matemática, ciências humanas, ciências da natureza e educação profissional.
A parte do ensino médio na base não detalha os conteúdos das áreas de ciências humanas e ciências da natureza. O documento também não deixa explícito quais competências específicas de cada área do conhecimento devem abordar os currículos das linhas de aprofundamento, que são as partes que os alunos vão poder estudar. Rossieli Soares da Silva, o Ministro da Educação, afirmou que a intenção é dar "mais clareza" à redação de todas as áreas do conhecimento da base, além da definição de parâmetros para as áreas que serão escolhidas pelos estudantes. Ou seja, a alteração não está vindo para garantir o direito de aprendizagem dos estudantes, e sim para aumentar o controle nas escolas e com os professores.
A BNCC, que vem para estreitar o currículo, limita totalmente a educação, deixando de fora práticas, dinâmicas e conteúdos que deixam o ensino mais rico, mas não correspondem à educação de qualidade definida pelo Mec. O ministro da educação afirmou que as alterações serão feitas a partir das sugestões que aparecerão no ciclo de audiências públicas organizadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Essa conversa, no entanto, é uma verdadeira ilusão, pois os interesses do governo em controlar o ensino é contraposto ao interesse da população, dos professores e dos alunos em ter o direito de aprendizagem.
Professores e estudantes, no dia 08/06, deram uma verdadeira resposta ao governo que tenta impor essa nova base e cancelaram a audiência pública que ia acontecer em São Paulo, denunciando a forma totalmente antidemocrática que está acontecendo todo o processo, com uma audiência limitada a 400 pessoas, que nunca iria expressar o que todos os docentes e alunos do sudeste acham. Assim, com essa tentativa de imposição de uma Base que vem para controlar e precarizar ainda mais o ensino, é preciso armar um grande plano de lutas pela educação sem censura e que sirva de fato para o aprendizado dos estudantes, travando junto uma grande batalha pela revogação imediata da reforma do ensino médio.



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