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quarta-feira, 10 de maio de 2017

Brasil dividido: Lula e Sérgio Moro empatariam como candidatos

https://pr.ricmais.com.br/politica/noticias/brasil-dividido-lula-e-sergio-moro-empatariam-como-candidatos/
 *Por Thiago Momm, do Portal RIC Mais

Está discretamente no slide número 83 dos 103 da última pesquisa Datafolha sobre as eleições presidenciais de 2018: em um hipotético segundo turno entre Lula e seu desafeto, Sérgio Moro, o juiz teria 42% de votos, e o líder do PT, 40%.
Esses números não configuram, exatamente, uma vitória de Moro: a pesquisa, realizada no finalzinho de abril, diz ter margem de erro de até dois pontos percentuais, e portanto caracteriza a simulação Lula x Moro no segundo turno como “empate”. Ou seja, dizer que o “Brasil está dividido” hoje não é mera força de expressão.
No Sul do país, Moro ganharia o hipotético segundo turno: tem 48% das intenções de voto no Datafolha, e Lula, apenas 27%. No Sudeste e no Centro-Oeste, os números são parecidos. No Norte, Lula fica na frente por uma pequena margem. No Nordeste é que o ex-presidente teria a desforra: 62% contra 23% para Moro.
O juiz tem mais eleitores potenciais entre as pessoas de 25 a 59 anos, com nível superior de escolaridade (58%) e maior renda. Os homens (47%) votariam mais no juiz que as mulheres (37%).
Em cenários do primeiro turno, a rejeição de Sérgio Moro é muito menor que a de Lula. Não votariam no juiz de jeito nenhum apenas 16% dos eleitores, em contraste com 45% que não votariam no ex-presidente. Apenas Temer tem rejeição maior que a de Lula: dois a cada três eleitores não votariam no atual presidente.
Moro, no entanto, só se sobressai em simulações do segundo turno. Em um cenário de primeiro turno com não-políticos como candidatos, o juiz tem 9% das intenções de voto. O ex-presidente do STF Joaquim Barbosa tem 5%, e o apresentador Luciano Huck, 3%. Nessa simulação, Lula tem 29%. 
Em tempo: sobre uma possível candidatura à presidência, o juiz Sérgio Moro disse que “não existe jamais esse risco” porque é um homem da Justiça, não da política.
Seja porque Moro não se diz político ou porque, claro, é menos popular que Lula, em uma simulação sem nenhum nome sugerido, Lula se destaca com 16% e Sérgio Moro, como alguns outros candidatos, zeram.  
No primeiro turno, Lula na frente
Lula tem alto índice de rejeição, além de ser visto como desonesto pela maioria (leia mais abaixo), mas ainda assim desempenharia bem no primeiro turno. Na maioria das simulações, o ilustre visitante de hoje da República de Curitiba fica disparado em primeiro lugar.
Nas pesquisas do Datafolha, Lula tinha 20% das intenções no final de 2015, 25% no final de 2016 e 30% agora no final de abril. Chegou a ficar atrás de Marina Silva uma época, mas a política da Rede agora tem 14%. No período, Jair Bolsonaro subiu de 4% para 15% e agora é o segundo colocado. Com Alckmin, Aécio ou Doria, o PSDB não chega, na pesquisa mais recente, a 10% das intenções.
Em simulações de segundo turno feitas pelo Datafolha, o petista ganharia de candidatos do PSDB com 14% a 16% a mais de votos válidos. Perderia, no entanto, para Marina Silva por 41% a 38%, embora a diferença venha diminuindo – em dezembro de 2015, Marina tinha 21% a mais de intenção de votos no hipotético segundo turno.
Lula ganharia de Bolsonaro por 43% a 31% e, como dito, empataria com Sérgio Moro.
‘Não tem moral’
Lula é um político honesto?
Em agosto de 2005, na época do Mensalão, 49% diziam que sim. Em janeiro de 2016, época em que a Lava Jato estava próxima de completar dois anos, o percentual caiu para 25%.
Os dados são da pesquisa “Pulso Brasil”, do Instituto Ipsos, de 2016. Outra pergunta queria saber: “Lula não tem mais moral para falar sobre ética?”
68% concordaram que o ex-presidente não tem. Em 2005, eram 57%. A imagem de Lula, de qualquer forma, ainda está menos avariada que a do PT. Apenas 15% disseram aos pesquisadores, no ano passado, que o partido é honesto.
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