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domingo, 30 de outubro de 2016

que caiam juntos



que caiam juntos

mentiras... pra que escrever?
pra que tentar descascar mentiras grossas
não sei se conseguirei  desintegrar idiossincrasias 
a paúra das pessoas à independência, à autonomia, à liberdade,
medo até de pensar em mudar, derrubar capitalismo, patriarcado, falocentrismo, 
machismo, sexismo, racismo, homofobia...transfobia, preconceitos mil, inclusive do libertarianismo, do anarquismo, oprimidos vivem do medo, são viciados em  medo, o sistema fornece boas doses de medo todos os dias para todos os gostos.
não, pra maioria as coisas precisam ficar como estão, as mudanças assustam demais!
as mentiras reinam, estão com tudo, todos fazem de conta que a verdade é a mentira!
resolvem fazer de conta que vivem, mergulhando de cabeça em smartphones, absortos, 
esquecem-se da própria realidade cruel, injusta, terrível!
"que o capitalismo e o patriarcado caiam juntos"  diz o banner mexicano acima.
que raridade os zapatistas neste mundo de sonâmbulos! que negação de todas as 
mentiras fossilizadas que invadem tudo!
mesmo sabendo que chovo num deserto ressequido demais, escrevo, e não desisto de mudar sempre, de cooperar, de ter como maior sonho, a liberdade, e que as pessoas não tenham medo dela!
o maior sonho humano demorará muito a acontecer por completo, todavia, ele já se esboça faz tempo nas almas de resistentes, pessoas de verdade!

nadia gal stabile - 30 10 2016

*imagens - iconografia da web


narcisos - 2116



em espelhos d'água na zona oeste da antiga cidade de são paulo
penetrou num passado secular
viu o que nunca havia visto
sentiu a vida de muitos outros narcisos
leu o que nunca havia lido
que belos espelhos d'água
criados por arquiteta italiana, num local redesignado
o que era fábrica, virou produtora de fazedores culturais
passados mais de cem anos, os espelhos d'água
viraram outras coisas, talvez, quem sabe,
visionados pela arquiteta!

mágicos lugares
narcisos que extrapolam espaços-tempos
a adentrar sonhos e pesadelos
como todos que ali resolviam penetrar
egos misturados conseguiam identificar-se
os pedregulhos que ali repousavam
transmutavam-se e cooperavam para
descalcificar sonhos que se perderam
em épocas nada translúcidas

a arquiteta italiana saberia de tudo isto?
estes espelhos que já tinham ouvido tantas músicas
sentido tanta arte, tanta cultura
evaporavam-se desde sempre
umedecendo as almas que por ali estiveram
cada gota daquela água matou sedes
supriu fomes
e como etéreo fragmento de passados
ainda hoje, 2116, continua a transportar 
narcisos.


nadia gal stabile - 30 10 2116


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sábado, 29 de outubro de 2016

AO VIVO - Youtubers - roda de conversa interativa: O protagonismo das mulheres negras - YouTube

Youtubers - roda de conversa interativa: O protagonismo das mulheres negras - YouTube






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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

As contradições do lulismo - Boitempo Editorial - LANÇAMENTO


Boitempo Lançamento - As contradições do lulismo, de André Singer e Isabel Loureiro (orgs.)


Lançamento de As contradições do lulismo em São Paulo
Em novembro, a Boitempo publica As contradições do lulismo  a que ponto chegamos?, coletânea organizada por André Singer e Isabel Loureiro. Para marcar o lançamento, a editora e o Centro de Estudos dos Direitos da Cidadania (Cenedic) promovem eventos gratuitos e abertos ao público geral em torno da obra.

 

A aguardada antologia de interpretação do Brasil contemporâneo abarca dois anos de pesquisas de André Singer, Carlos Alberto Bello, Cibele Rizek, Isabel Loureiro, Leonardo Mello e Silva, Maria Elisa Cevasco, Ruy Braga e Wolfgang Leo Maar e fornece um levantamento a quente das contradições da experiência lulista e suas expressões mais agudas na atualidade.

 

A obra encerra uma espécie de trilogia sobre a era Lula, que inclui A era da indeterminação (2007) e Hegemonia às avessas (2010), ambos também lançados pela Boitempo.

São Paulo

Noite de autógrafos

Lançamento de As contradições do lulismo no Bar Canto Madalena 

03/11/2016 | quinta-feira | às 19 horas

Rua Medeiros de Albuquerque, nº 471
Vila Madalena | São Paulo (SP)
Tel: (011) 3813 6814

 

Debate na USP

Debate de lançamento de As contradições do lulismo

10/11/2016 | quinta-feira | às 18 horas

Prédio de Ciências Sociais da FFLCH/USP | Sala 14
Rua Prof. Luciano Gualberto, nº 315

Cidade Universitária | São Paulo (SP)

Organização: Cenedic | Apoio: Boitempo

 


UMA REFLEXÃO DO MARXISMO REICHIANO


UMA REFLEXÃO DO MARXISMO REICHIANO

Luta de Classes e Universo Cultural

Nildo Viana
Certa vez o psicanalista alemão Wilhelm Reich afirmou que a grande questão para a luta pela transformação social e criação de um novo mundo – livre da exploração e alienação e baseado na igualdade e liberdade – é responder por qual motivo os trabalhadores e oprimidos em geral não se rebelam e fazem uma revolução. Por qual motivo uma pessoa faminta não rouba a comida que matará sua fome? Ou seja, a questão, ao contrário da que é colocada normalmente em nossa sociedade, não é explicar porque algumas pessoas famintas roubam e sim por qual motivo outras no mesmo estado não fazem a mesma coisa. Segundo ele:
“Se dois homens A e B têm fome, um pode resignar-se, não roubar, mendigar ou ficar esfomeado; o outro pode procurar alimento pelos seus próprios meios. Uma vasta camada do proletariado vive segundo os princípios de B. Chama-se lumpemproletariado. Não partilhamos da admiração romântica pelo mundo dos malfeitores mas é preciso esclarecer o assunto. Qual dos dois tipos de homens acima citados tem mais elementos de consciência de classe? Roubar não é ainda um índice de consciência de classe; mas uma breve análise mostra – mesmo se isto choca o nosso sentido de moral – que o que não se adapta às leis e rouba quando tem fome, exprimindo assim a sua vontade de viver, é possuidor de uma maior capacidade de revolta do que o que se entrega docilmente ao matadouro do capitalismo. Mantemos a tese de que o problema fundamental de uma boa psicologia não é saber porque rouba o esfomeado mas, ao contrário, porque é que não rouba1”.

Estudante de 16 anos defende legitimidade de ocupações e humilha deputados - Curitiba







https://www.youtube.com/watch?v=8gGpuwZlNcg


Publicado em 26 de out de 2016
Os deputado da Assembleia Legislativa do Paraná foram humilhados nesta quarta (26), em Curitiba, durante pronunciamento da estudante Ana Júlia, de 16 anos, do Colégio Estadual Senador Alencar Guimarães.




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sábado, 22 de outubro de 2016

Assista aqui: filósofo italiano Antônio Negri reflete sobre o pensamento de Foucault

Postado em

Assista aqui: filósofo italiano Antônio Negri reflete sobre o pensamento de Foucault

Com transmissão ao vivo no player abaixo, dia 22 (sábado, às 15h) o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc recebe o filósofo italiano Antônio Negri, para a palestra "Foucault, uma leitura". A mediação fica por conta de Mário Marino, bacharel e mestrando em filosofia pela USP.


https://www.sescsp.org.br/online/artigo/10378_FOUCAULT+UMA+LEITURA+AO+VIVO#/tagcloud=lista




Michel Foucault gostava de comparar sua produção a uma caixa de ferramentas. "Que se use uma frase, ideia ou análise de meus livros para desmontar, desqualificar e romper com os sistemas de poder", dizia o filósofo.
É preciso que a teoria sirva e funcione, mas não por si só: ela não tem valor se não há ninguém para se servir dela.
Trinta anos após a morte de Foucault, coloca-se a pergunta: suas ideias ainda são capazes de ferir a atualidade?
Conceitos como biopolítica e biopoder, trabalhados por Foucault há mais de três décadas, ainda são válidos? Quais são, atualmente, os usos novos, possíveis e imprevistos do pensamento de Foucault?
Para o filósofo Antonio Negri não há dúvidas: o pensamento de Foucault é atual; para ele, é impossível compreender o caráter dos movimentos sociais sem estudar as mudanças do mundo à luz do pensamento foucaultiano.

https://www.youtube.com/watch?v=-F4z2JnfiUk#t=667


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sábado, 15 de outubro de 2016

globalização, massificação, mediocridade, incompetencia e desumanização

*sobre vagas de empregos quebra-galhos que na verdade são piores do que se imagina.

quem sabe eu ainda me leve muito à sério,
quem sabe ainda eu tenha princípios que nestes tempos de globalização, eu nem deveria mais tê-los....
mas não, princípios são princípios e ler as frases de José Marti, pra mim é bom demais!! que grande cara foi ele!! 
meu pai sempre contava uns fatos pelos quais passou numa grande indústria mecânica, quando jovem, aqui na cidade de São Paulo.
Ele lá trabalhava como torneiro, fresador, e na verdade ele era um grande projetista mecânico.
logo resolveu pedir as contas, pois constatou que aqueles que o chefiavam eram incompetentes, medíocres e não sabiam nem a metade do que ele sabia! Resolveu montar o próprio negócio onde projetava, e produzia máquinas de forma independente.
Atualmente estas vagas provisórias, para não dizer outra coisa, estas vagas que multinacionais e/ou transnacionais criam, com a "ajuda" do BNDES, pra  tapar sol com peneira (pra disfarçar um pouquinho e dizer que não há vagas nenhuma mesmo...) junto com estes governos vendidos, característicos desta tal de globalização que anda destruindo tudo...não servem pra nada, ou talvez, sirvam sim, pra deixar os jovens cada vez mais irônicos, cada vez mais descrentes da raça humana, e que poderá ser fator decisivo num futuro bem próximo, pra que as coisas virem totalmente de cabeça pra baixo!
uma destas multinacionais diz-se partidária da diversidade de gênero, mas a diversidade etária, no sentido de aceitar bem e não discriminar os que tem mais idade...
como poderia ser diferente? num mundo onde os mais velhos são vistos como dependentes, incapazes, ou coisas piores? a massificação nivela tudo, faz as cabeças serem medíocres, pobres, desumanas!
e isto sem falar na ideologia fascista que invade tudo! o lugar dos velhos neste mundo, é cruel demais, se eles mesmos não agirem, e se não tiverem a cooperação dos mais jovens que precisam ver que logo logo serão eles a estarem neste lugar cruel.... nada mudará!

nadia gal stabile - 15 10 2016


*meu pai era jovem quando resolveu ir por este caminho radical e mudar sua história profissional, os idosos de hoje, raros são os que podem pretender sair fora deste sistema que fede.

*sobre eu me levar muito à sério, acredito que não, pois sem ser boa redatora, sem ser jornalista formada, cá estou a escrever, coisa doida.




empenhar-se no estéril, 
quando se pode fazer o útil;
ocupar-se do fácil 
quando se tem brios
para intentar o difícil,
é despojar de dignidade o talento.
José Marti











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"Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica" Paulo Freire - aos professores brasileiros - "fazer e refletir"


*Deve fazer quase 40 anos que descobri Paulo Freire, e ainda não descobri totalmente, porém, há certas coisas que marcaram demais, como os fazedores, professor é fazedor (cultural), e depois de agir, precisa refletir muito, para então retomar o caminho, e por se saber oprimido, tanto quanto seus alunos...

...achei  esta tese que expressa bem o que eu gostaria de escrever aqui e também postagens abaixo:

*(continuo abaixo, no final da postagem)

 A Dialética Materialista de Paulo Freire como método de pesquisa em educação // The materialist dialectics of Paulo Freire as a method of research in education Ricardo Gauterio Cruz, Rossane Vinhas Bigliardi, Luis Fernando Minasi

O objetivo do presente ensaio é analisar alguns aspectos da obra de Paulo Freire para trazer à luz a base metodológica sobre a qual Freire erguia seu pensamento, e sobre a qual nos é possível apontar para um fazer pesquisa enquanto prática libertadora e emancipatória. Buscamos expor, assim, os traços característicos do Materialismo Dialético presentes na obra do autor, para então analisar a categoria Diálogo, apresentada em Pedagogia do Oprimido, como princípio orientador de todo o pesquisador que se quer libertador, verdadeiramente emancipatório, compromissado com a mudança, com o vir-a-ser humano.
http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conjectura/article/view/2061/0

INJUSTIÇA, VULNERABILIDADE, JOSÉ MARTÍ E LIBERDADE

http://sarauxyz.blogspot.com.br/2014/12/injustica-vulnerabilidade-jose-marti-e.html#.WAKV_iR2N7F



3.7 – Ensinar exige reconhecer que a educação é ideológica - Paulo Freire

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

sobre descongeladores, de onde vem os bebês e a questão de gênero nas escolas



nada é imperfeito, nem perfeito

ninguém pode avaliar o que se passa dentro do outro
ninguém pode supor quem é o outro

as escolas negam tudo
tudo o que não poderiam negar


e eu aqui tentando escrever algo sobre tsunamis...
e eu aqui tentando expressar o inexprimível

e eu aqui  pretendendo explicar o impossível
congelamentos não podem existir
na educação...no amor

será preciso inventar um descongelador para professores
um descongelador para os que querem e precisam amar

sem amor ninguém vive, nem educa

descongeladores urgentes.


nadia gal stabile - 14 10 2016


Início do terceiro milênio na cidade de São Paulo: escola pública esconde livro de estudantes!
Anos 2010, ainda há resistência dos congelados, no geral, a não se falar em questões de gênero nas escolas!
Onde estão os professores nesta história?
Com a tal Escola sem Partido, ficará cada vez mais difícil as coisas se descongelarem!
Nesta madrugada fiz questão de assistir : "Uma professora muito maluquinha" na tv global, só sinto por saber que o autor do livro homônimo é homofóbico! Que pobreza! Que atraso!

 >>>a escola que escondeu um livro dos estudantes: "Afinal, de onde vêm os bebês???"