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sábado, 19 de dezembro de 2015

CHACAL



Boca roxa (1979) e América (1975), ambos de Chacal

RÁPIDO E RASTEIRO
Chacal

vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar.
aí eu paro, tiro o sapato
e danço o resto da vida

Na porta lá de casa

Na porta lá de casa tem dizendo lar romi lar uma bandeira de papel na porta lá de casa as crianças passam e se atiram no chão e se olham por dentro das bocas das palavras na falta de qualquer espelho na porta lá de casa passa o amor o calor de cada um que passa na porta lá de casa.



Reclame

se o mundo não vai bem a seus olhos, use lentes ... ou transforme o mundo. ótica olho vivo agradece a preferência


 
20 anos recolhidos

chegou a hora de amar desesperadamente apaixonadamente descontroladamente chegou a hora de mudar o estilo de mudar o vestido chegou atrasada como um trem atrasado mas que chega



Papo de Índio

Veiu uns ômi di saia preta cheiu di caixinha e pó branco qui eles disserum qui chamava açucri aí eles falarum e nós fechamu a cara depois eles arrepitirum e nós fechamu o corpo aí eles insistirum e nós comemu eles. vocês repararam como o povo anda triste ? é a cachaça que subiu de preço a cachaça e outros gêneros de primeira necessidade cachaça a dois contos, ora veja, veja a hora, que horas são, atenção apontar: FOGO 

http://www.jornaldepoesia.jor.br/chacal.html





Chacal (pseudônimo de Ricardo de Carvalho Duarte; Rio de Janeiro, 24 de maio de 1951) é poeta e letrista brasileiro.
Aluno de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro, foi um dos primeiros poetas da década de 1970 a se utilizar do mimeógrafo para divulgar sua poesia (à qual só se dedicou por ser incapaz de desenhar um cavalo), com o livro Muito Prazer (1971/2), na companhia de Charles Peixoto, que editou Travessa Bertalha 11. Em seguida teve um poema incluído na antológica revista Navilouca, editada por Torquato Neto e Waly Salomão.(...)https://pt.wikipedia.org/wiki/Chacal_%28poeta%29





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