por Valdelice Bonifácio - 20 de agosto de 2015
Ruralistas rejeitam negociar com índios encapuzados
Clima de guerra se instala em Antônio João onde houve luta corporal e morte
Ruralistas rejeitam negociar com índios encapuzados
Clima de guerra se instala em Antônio João onde houve luta corporal e morte
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Valdelice Bonifácio | sábado, 29 de agosto de 2015 - 18h32
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http://www.diariodigital.com.br/geral/indigena-e-morto-em-regiao-de-conflito-por-terras/134614/
O clima de guerra se
instalou neste sábado, 29 de agosto, no município de Antônio João, onde
fazendeiros e indígenas disputam a posse de propriedades rurais. Agora à
tarde, índios encapuzados tentaram negociar com ruralistas na Fazenda
Fronteira, já retomada pelos proprietários, mas foram não conseguiram. O
local é o mesmo onde acredita-se que o índio Guarani Kaiowa Simão
Vilhalva tenha sido baleado na cabeça e morto.
O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul
(Acrissul) Jonathan Barbosa conta que os fazendeiros ficaram perplexos
quando agentes da Força Nacional levaram até eles dois índios
encapuzados que queriam negociar. “Conversar com encapuzados, isso não
funciona assim”, informou. Os ruralistas rejeitaram o diálogo e já tomam
conta da fazenda que estava ocupada por indígenas.
O dirigente conta ainda outro episódio marcante deste sábado em outra
fazenda também invadida por indígenas. Uma índia teria procurado
agentes da Força Nacional para comunicar o desaparecimento de uma menina
de 7 anos. Após horas de buscas, a criança foi encontrada por
ruralistas debaixo da cama em uma casa de peão extremamente assustada.
Após acalmar a criança, os fazendeiros a entregaram para os agentes do
Departamento de Operações de Fronteira (DOF) que a levaram para a mãe.
Sobre a morte do índio, Jonathan assegura que não há envolvimento de
fazendeiros, pois eles não estão armados e muito menos contrataram
seguranças para atuar na retomada das propriedades.
Os ruralistas suspeitam que indígenas do Paraguai tenham sido recrutados
para participarem das invasões das fazendas. O município de Antônio
João faz fronteira com o país vizinho. Segundo fazendeiros, houve abate
de animais e destruição de maquinários em propriedades ocupadas. Ainda
não foi possível calcular os prejuízos.
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