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terça-feira, 16 de setembro de 2014

TOMAR PARTIDO - ESTE BLOG - A ARTE E INFLUÊNCIAS



como já escrevi aqui noutro dia,
o sarau para todos fará 6 anos 
de existência dia 19 de setembro de 2014.
neste dia meu pai faria aniversário,
junto com o centenário de Lupicínio Rodrigues 

no icício deste blog eu sempre escrevia
o nome dos amigos que haviam enviado
links, vídeos, poemas e etc. 

mas reparei que alguns não gostavam disto
e nem se eu colocasse só o primeiro nome...
talvez eu estivesse mesmo errada,
mas parece, eu sentia que fazendo isto
poderia "acordar" de alguma maneira
as pessoas, de forma a se sentirem responsáveis
por ideias, por gostos...enfim, resumindo,
acho que queria provocar algo como "tomar partido".

em 1976, eu tinha 18 anos e assisti
a peça os filhos de kennedy 
o ator Marco Nanini conseguiu me acordar!
numa certa cena ele hiper envolvido,
fala sobre tomar partido,
foi marcante pra mim,
estávamos em plena ditadura militar,
e de lá pra cá eu mudei em algumas coisas.

em 2005 outra vez minha vida mudou demais,
após ter frequentado 
um curso de educação democrática.

com a web, os blogs pude conhecer pessoas
que me ensinaram muitas coisas importantes,
o meu primão Celso Lungaretti
foi e ainda é uma destas pessoas.

agradeço muito a paciência 
que meus amigos tem comigo,  
e fico feliz por conseguir ter paciência com eles!

abrações e agradeço aos que ainda clicam nos links do sarau para todos!

nadia gal stabile - 16 de setembro de 2014



http://www.tvsinopse.kinghost.net/art/y/yara-amaral.htm



O jornalista e escritor Celso Lungaretti        

http://naufrago-da-utopia.blogspot.com.br/






Um comentário:

  1. Muito obrigado, prima!

    É curioso: nossas preocupações são parecidas neste instante. Passei a vida inteira tomando partido e, confesso, às vezes sinto uma certa lassidão. Aonde isso me levou?

    Poderia estar bem melhor na vida, não sofrer retaliações nem amargar incompreensões, se deixasse de tomar partido algumas vezes. Principalmente quando se trata de apontar a nudez do rei.

    No entanto, aos 63 anos, ainda não consigo conviver com as ignomínias. Certas notícias ainda me atingem como um soco na barriga. E, sem refletir, tento restabelecer a justiça da única forma que sei e posso: escrevendo.

    Mesmo estando consciente de que as forças que combato são poderosas demais para derrotá-las com meu teclado. E que nem todos entenderão o que está dito nas linhas; muito menos, nas entrelinhas.

    Mas, de que valerá esta nossa sofrida jornada na Terra se calarmos o que sabemos e não ousarmos quando devemos?

    Neste momento, sou dos poucos que acreditam serem melhor servidos os ideais revolucionários, em médio e longo prazos, com a alternância de poder do que com a perpetuação no poder do partido que a maioria dos meus leitores vê como o melhor ou como o mal menor.

    E sou capaz de apostar que, se meus prognósticos se confirmarem, ainda assim a mudança em nada me beneficiará -ao contrário de tantos que fazem suas opções procurando conciliar o bem maior com o bem pessoal.

    Ou seja, quanto a meus interesses, perco desde já e dificilmente ganharei algo adiante. Um burguês cínico diria que se trata de uma péssima relação custo/benefício.

    Mas, talvez algum dia eu seja visto como o homem de esquerda que preferiu ser estigmatizado durante 35 anos do que calar a própria verdade; e que colocava suas convicções acerca do que seria melhor para a revolução acima de suas conveniências pessoais, num momento em que bem poucos agem assim.

    Para mim, tomar partido tem sido quase sempre marchar contra a corrente. Talvez seja esta a único forma digna de se tomar partido quando há tanta coisa errada acontecendo e quase não se vislumbra a luz no fim do túnel.

    Não sei. Só sei que jamais conseguiria viver de outra maneira.

    Abs.

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