Páginas

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Enforcar-se na corda da liberdade e o Sistema Cantareira

Escrever  pode parecer com dar vida a um monstro como aquele criado pelo Dr. Frankenstein. Muitos universitários em fase de escrita de teses apanham muito e acabam odiando escrever, porque a escrita como toda expressão artística ou não, precisa existir sem amarras, sem tantas regras impostas para que não se torne um simples blá blá blá sem conteúdo que não valha a pena ser lido.
Quando tentei estudar filosofia, havia um professor que citava muito Claude Lévi Strauss e sua obra Pensamento Selvagem, dizia ele que amontoar coisas ou ideias
sem conseguir engendrá-las, é como fazer bricolagem ou criar um monstro qualquer.
Quem resolve ser blogueira, como eu, passa por coisas hiper doidas, porque na maioria das vezes não se teve formação jornalistica, ou pior ainda, não se teve boas aulas de redação, então é como se atirar de um penhasco sem rede de proteção, e fazemos isto porque cada um nasceu pra uma coisa, e mesmo que não se saiba voar a gente insiste, porque precisamos fazer as coisas que temos de fazer e nos enforcarmos nas muitas cordas da liberdade, como  ouço  Antonio Abujamra dizer no programa dele.
Hoje preciso dizer algumas coisas sobre a total falta de direitos da população de São Paulo. Ontem vi um trecho do jornal da manhã na tv e fiquei atordoada ao ver os moradores da região do Sistema Cantareira sem água, ainda recebendo contas com valores errados e mesmo reclamando via fone, não obtiveram respostas às suas reclamações. A população mais pobre sem condições de resolver uma calamidade destas, parte a gastar o que não tem para comprar água mineral em galões e copos, pratos descartáveis para não ter de lavar, pois água não há.
Enfim, o que fazer numa situação destas, onde prova-se que a incompetência do governo produziu esta calamidade, deixando o povo ao Deus dará e pior, sem saber como sair desta, sem condições de poder fazer algo efetivo. Se pensarmos de outra forma até poderemos dizer que o povo tem responsabilidade também, porque precisa aprender a economizar água e com mais educação ambiental e informação várias saídas poderiam cooperar para a racionalização deste bem tão vital pra todos nós. Toda crise pode ter seu lado positivo, e espero que esta abra os olhos do povo que poderia daqui pra frente tomar mais consciência sobre o que o "governo" anda fazendo ou não fazendo. E a educação ambiental é urgente, assim como a educação para a cidadania, senão este povo ficará cada vez mais sem direitos, pagam tantos impostos e os direitos...

Nadia Gal Stabile - 08 05 14

Nenhum comentário:

Postar um comentário