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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Para Todos

Pudera eu escrever um poema
que não coubesse nos livros
e nem encontrasse guarita
em nenhum dicionário
Um poema que não pudesse ser traduzido
para língua alguma,
e fosse capaz de dizer muitas coisas
sem depender de nenhuma palavra
Pudera eu escrever um poema
que por um instante,
um instante apenas,
fizesse calar os automóveis
e cessar a loucura do mundo
Pudera eu escrever um poema
que não pudesse ser lido,
e ainda assim, compreendido ...

Marcelo Roque

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