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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Pâncreas artificial ajuda 11 pacientes com diabetes a regular açúcar

JULIE STEENHUYSEN
da Reuters, em Chicago

15/04/2010 - 10h07

O teste de um "pâncreas artificial" que monitora o nível de açúcar no sangue e administra insulina e um hormônio regulador chamado glucagon ajudou pacientes com diabetes a terem níveis quase normais de açúcar no sangue durante mais de 24 horas, disseram pesquisadores dos EUA nesta quarta-feira (14).

O sistema, constituído por um monitor de glicose, duas bombas e um laptop, é feito para melhor imitar o mecanismo natural do organismo para controlar o excesso ou falta de açúcar no sangue.

Em testes anteriores de sistemas equivalentes ao pâncreas, mas que administravam apenas insulina, alguns pacientes ficaram com uma grave hipoglicemia (baixo grau de açúcar no sangue).

O acréscimo de pequenas doses de glucagon, um hormônio liberado pelo pâncreas para aumentar o nível de açúcar no sangue, ajudou a superar isso, segundo o estudo publicado na revista "Science Translational Medicine".

Após alguns ajustes para um programa sofisticado de computador que faz o papel do cérebro no sistema, todos os 11 adultos envolvidos no estudo tinham um bom controle de açúcar no sangue, sem hipoglicemia, mesmo depois de consumirem três refeições ricas em carboidratos.

Primeiro

"Este é o primeiro dispositivo de pâncreas artificial que usa tanto a insulina quanto o glucagon", disse Steven Russell, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston, um dos chefes do estudo.

Existe atualmente uma espécie de corrida pelo desenvolvimento do primeiro pâncreas artificial funcional, o que seria útil para vítimas do diabete tipo 1, doença autoimune em que o organismo destrói sua própria capacidade de produzir insulina e sintetizar o açúcar.

Há sistemas que monitoram constantemente a glicose e injetam insulina automaticamente, mas o risco de hipoglicemia permanece, pois, em pessoas com diabete tipo 1, o glucagon não funciona direito.

O novo sistema foi desenvolvimento no laboratório de Edward Damiano, engenheiro biomédico da Universidade de Boston, e pai de um menino que tem diabete tipo 1.

Em fevereiro, pesquisadores britânicos testaram um sistema semelhante em 17 crianças e concluíram que ele mantinha seus níveis de açúcar próximos a níveis normais em 60% do tempo.


http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u721174.shtml

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