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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

SUS não tem atendimento emergencial em 33% do País

Por Ana Conceição, Agencia Estado, Atualizado: 15/12/2009 16:08

Levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que 1.867 municípios brasileiros, ou 33,5% de um total de 5.564, não possuem estabelecimentos para atendimento de urgência pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Ipea entende como atendimento de emergência serviço 24 horas por dia com equipes de profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e socorristas que atendem às urgências de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental da população.

Os dados são de abril deste ano e foram compilados com base em informações do Ministério da Saúde. O estudo "Presença do Estado no Brasil: Federação, suas unidades e municipalidades", apresentado hoje em São Paulo, mostra que, embora a rede do SUS esteja espalhada por todos os Estados, há grandes brechas.

Além de um terço dos municípios não possuir atendimento de emergência, 1.875 não têm locais para internação, 939 não contam com estabelecimentos de diagnose e terapia e 2.780 não contam com vigilância sanitária. "Há um processo de exclusão em que as populações em dificuldade têm de recorrer a outros municípios", observou Márcio Pochmann, presidente do Ipea.

Entre os 1.867 que não têm atendimento de urgência, 31,7% estão na Região Sudeste; 29% no Nordeste; 24,2% no Sul; 5,9% no Norte; e 9,3% no Centro-Oeste. Dos que não têm locais de internação, 39,5% são do Sudeste; 24,3% do Nordeste; 23,5% do Região Sul; 7% do Região Norte; e 5,8% do Centro-Oeste. E daqueles que não contam com vigilância sanitária, 34,5% são do Sudeste; 25,3% do Nordeste; 26,4% do Sul; 5,3% do Região Norte; e 8,5% do Centro-Oeste.

O estudo "Presença do Estado no Brasil" é uma compilação de dados feita pelo Ipea com informações de vários órgãos governamentais, como ministérios, IBGE, Banco Central, agências reguladoras. Foram eleitos nove temas: previdência social, assistência social, saúde, educação, trabalho, bancos públicos, infraestrutura, segurança pública e cultura. Segundo Pochmann a ideia foi agrupar informações que estavam dispersas em vários lugares para servirem de suporte à formulação de políticas públicas para a atuação do Estado.


http://noticias.br.msn.com/brasil/artigo.aspx?cp-documentid=23003360

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