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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

[nucleojosereis] Boletim eletrônico Pro-Scientiae - nº101 - Setembro de 2009 (clique aqui para ler o boletim)

Nesta edição 

Conceito de Divulgação Científica
Glória Kreinz
Divulgação Científica no Século XXI:
Poeta do Orkut - Marcelo Roque - E o mar virou sertão

A Medalha Fica, a Dignidade Não
Leandro Stein

Divulgação científica e educação: A Segurança do Enem 2009 escorregou
nas mãos do Ministério
Mariana Queen Nwabasili
Divulgação científica, Primavera e Corpo em Movimento:
Breve história do ballet no Brasil
Raquel Nunes
O USO DA IMAGEM NA DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA: Os Cientistas
João Garcia


CLIQUE NO LINK PARA LER O BOLETIM

http://www.eca.usp.br/nucleos/njr/proscientiae/

Conceito de Divulgação Científica
Glória Kreinz

Refletindo sobre a declaração de Marcelo Gleiser, que diz “Criamos uma linguagem para descrever o mundo, que não podemos deixar de achar bela”, pensamos então que a circulação de sentidos diz respeito aos fenômenos de comunicação/divulgação científica na sociedade atual.

Divulgação científica diz respeito sobretudo a qualidade de vida e o que acontece ao nosso redor. Li agora, no Blog Laboratório da Folha de S. Paulo, o seguinte texto escrito por Reinaldo Luiz Lopes:

T “Até que não demorou muito para se resolver a novela da exibição do filme "Creation", a (aparentemente) bela cinebiografia de Charles Darwin, nos cinemas dos Estados Unidos. Este blogueiro havia noticiado a choradeira da produção do filme, segundo a qual a influência do movimento criacionista sobre o público americano ficou tão grande que a obra não estava conseguindo distribuidores no país.

Por sorte, a situação mudou. O filme foi encampado pela Newmarket Films e vai ser exibido em dezembro. Ainda não temos data de lançamento por aqui.
Cá entre nós, a vida de Darwin interessa a todos, cientistas ou criacionistas. Aos que temem a "poluição" por ideias supostamente nocivas à sua fé, vale o conselho de São Paulo na Primeira Carta aos Tessalonicenses: 'Examinai tudo e guardai o que for bom'.

Agradecimentos ao Luiz Bento, do Discutindo Ecologia, por nos avisar sobre o fim da saga."

Escrito por Reinaldo José Lopes

Diante disso, como conceituar o ato de divulgar ciência e tecnologia, mesmo diante de todo o otimismo dos avanços de hoje? Restrições a um filme sobre Darwin?
Vimos em vários artigos a respeito de células-tronco que não se pode dizer que as células formaram músculo cardíaco, pois ainda é preciso elucidar o mecanismo que garante os efeitos relatados”. Mas o relato da experiência chega às escolas e a um grande público, mesmo que a pesquisa não seja definitiva.

José Reis afirma que “a divulgação científica realiza duas funções que se completam: em primeiro lugar, a função de ensinar, suprindo ou ampliando a função da própria escola; em segundo lugar, a função de fomentar o ensino”.

Na proposta de J. Reis a divulgação científica não se cristaliza em uma definição, mas é focalizada como acontecimento e ato, exercendo funções, portanto com características ligadas aos aspectos sociais e críticos da cultura. Nesse sentido o blog que citamos atua como exemplo.

Não há muitos trabalhos que discutem a divulgação científica pela sua função ou em relação a outros sistemas de linguagens, assim como não há um conceito de ciência que permita ao divulgador sentir-se confortável para exercer sua atividade em face de uma sociedade em contínua transformação. Mas mesmo assim o divulgador mostra que “é preciso elucidar” aspectos da pesquisa, e divulgar ao que se chegou. Nem que seja para discutir.

Para alguns pensadores da divulgação científica o ato de elucidar sempre é postura obrigatória. Mas Ilya Prigogine, por exemplo, prêmio Nobel de Química e um dos pensadores que questiona o conceito de uma ciência portadora de certezas definitivas. Mais uma vez a atitude de que “é preciso elucidar” entra em jogo.

Prigogine afirma ainda: “Assistimos à emergência de uma ciência que não está mais limitada a situações simplificadoras, idealizadas, mas que nos coloca diante da complexidade do mundo real, de uma ciência que permite à criatividade humana viver como expressão singular de um laço fundamental de todos os níveis da natureza” (Prigogine, 1996).

Marcelo Gleiser, um dos colunistas da Folha de S. Paulo, afirma no dia 28 de junho, na coluna Micro/Macro no artigo A certeza da incerteza, que “no mundo atômico, são probabilidades que contam, não medidas precisas”, confirmando a teoria de Prigogine. Portanto trabalhos com probabilidades...Provavelmente veremos o filme sobre Darwin.

http://stoa.usp.br/gkdivulga/weblog/

http://www.blogdonjr.wordpress.com/

http://www.eca.usp.br/nucleos/njr



2 comentários:

  1. UMA DAS MELHORES COISAS DESTE BOLETIM É O BANNER DO NJR/ECA/USP/DE AUTORIA DE NADIA GAL STABILE DO SARAU PARA TODOS...VEJAM NO EXPEDIENTE...EQUIPE MUITO BOA...GLÓRIA KREINZ...

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