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terça-feira, 4 de agosto de 2009

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE FALA DE SOLIDARIEDADE NO POEMA MÃOS DADAS : GLORIA KREINZ DIVULGA

MÃOS DADAS

Carlos Drummond de Andrade

Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos,
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

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Um comentário:

  1. "o que está alem deste mundo caduco?
    o que é o viver, alem do sobreviver?
    por que a maioria só vê o sobreviver?
    seria muito para estes
    muitos enxergarem o VIVER?
    é...navegar é para poucos...
    só para loucos!
    a elite dos loucos é reduzida!
    muitos estão presos...muitos...
    e poucos "presos" ao VIVER!
    estar preso ao VIVER,
    é estar preso a mãos
    de homens presentes
    e ao nosso tempo!
    Grande Drummond!!
    Grande Glória!!

    AGRADEÇO POR TUDO !!
    NADIA STABILE - 04/08/09

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