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segunda-feira, 16 de março de 2009

"Nadia Stabile" ( ATOS COM CAETANO,NUVENS E BICS)

O efêmero se desfaz

Vejo a luz do sol
Refletida na nuvem branca
Ouço Caetano:
“Porém não estavas nua e sim coberta de nuvens”
Escrevo agora :
o efêmero se desfaz
como nesga de “nuvem passageira”
antes da chuva.

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A Terra não é uma caixa,ou Caixas e Caetano


Ainda há limites
Filhos sentem-se dentro de caixas
Copiam as mães,os pais!?
“Terra....por mais distante,o errante navegante...”
“quem jamais te esqueceria”
Caetano e os avessos
Os ritmos de terreiros
Os limites do real
Nós encaixotados
A Terra não é uma caixa.

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Quase cinco da tarde do domingo de março de 2009

Agora as nuvens
Parecem aquarelas
Em papel molhado
Borrões...
Brancos,luminosos
Nas beiradas
E acinzentados no meio
A chuva umedeceu
As manchas das nuvens

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Nuvens na janela do quarto


De minha janela
Avisto nuvens
Todas as tardes
De manhã estou dormindo
De madrugada faço o relatório

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Aos filhos:


A Terra não é uma caixa.


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Meus limites...(ouvindo Caetano)


...estão antes,bem antes dos de Caetano.
Mas posso ver as nuvens
Posso ver a luz do sol refletida nelas
E ouvir suas mensagens
Posso ouvir fundo
O CD de Caetano
E adorar seu cantar vagabundo
E posso tentar
Transbordar tudo...
Até a estúpida retórica!

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Caetano e o avesso do avesso dos sons marítimos das Gerais


“Milton e seus mil tons geniais
....eu quero aproximar o meu cantar vagabundo...
Indo mais fundo
Tins e bens e tais...
...ridículos tiranos...
Essa minha estúpida retórica
Terá que se ouvir por mais mil anos...
...Podres poderes”

“Enquanto os homens exercem seus podres poderes”
Garotos jogam bola na laje
Nuvens são manchadas no céu azul
O garoto joga games no PC
A mulher ouve Caetano e ensaia poesias

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(Blogar,com ou sem cebolas e fora da panela)


A estúpida retórica de Caetano
Me cozinha e me coloca
Fora da panela
E mesmo com lágrimas nos olhos de cortar cebolas
Eu escrevo com minha Bic
Pra depois blogar
Blogar, blogar!...
A tecnologia para muitas mulheres
Como eu,é como o eco das marolas para os das Gerais!

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Nuvens, Caetano e Bics


Olhos escurecidos com a claridade do céu...
Deito na cama à tarde
Para ver as nuvens e relaxar as estruturas.
Daí as nuvens correm,
transformam-se
Junto comigo,
saio da cama,
corro pra mesa da sala
E escrevo,ouvindo Caetano.



Nadia Stabile - 15/03/09

2 comentários:

  1. Pela janela do meu quarto
    posso ver nuvens puro sangue
    "mustangueando" pelos céus
    com suas longas e brancas crinas



    Bom é poder "galopar" nestas nuvens ! ... rsrs

    Grande beijo Nadia !

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  2. Marcelo, como é interesssante transformar as coisas que vemos ou ouvimos em outra coisa!!né?
    quando se aprende a desenhar começa-se a ver as coisas de forma totalmente diferente..e quando se começa a querer aprender a escrever...poesias... nossa!!...também tem muito de observar...mas talvez mais de sentir e traduzir... os poetas são tradutores da realidade!? ou ...eles inventam realidades!!??
    ou sei lá!? bom, o legal é que eu adorei essas suas nuvens galopantes avermelhadas!! rsrsrsss
    abração e boa semana!!
    Nadia

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