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quinta-feira, 5 de março de 2009

MEU PAI (Walder Maia do Carmo)

Meu Pai, taciturno, tímido, amigo.


Renunciou a vida quando se viu ilhado...


abandonado na ausência de amor,


na desagregação familiar,causada


pela DOENÇA ETÍLICA...


Meu pai que amei a distância,


Que fui amado pela distância geográfica...


Meu pai não me permitiu amá-lo,


não se permitiu amar.


Fomos felizes, fomos família mas,


tudo foi desfeito, como dizia Vinicius


" Se foi pra desfazer porque fez"


Meu pai uma reminiscência gostosa de se ter,


uma memória na consistência do meu ser.


Meu pai se foi pra uma outra vida,


porque não existe morte...


Quem sabe nos encontraremos,


sem culpa, sem agressor, sem agredido...


Meu pai um amor esdrúxulo....

Um comentário:

  1. Boa tarde Walder!!! como vai? sabe que este fato de pais não quererem ser amados é bem comum?
    Mesmo aqueles que convivem de perto com suas famílias!!!... acho que isto acontece porque as pessoas sentem-se excluídas ou não merecedoras do compartilhar!! Todos nós somos um pouco assim, né? temos de começar a conseguir nos compreendermos pra poder quem sabe compreender os outros!! abração e achei linda sua poesia por ser hiper verdadeira!!! bom fim de semana!! Nadia Stabile - 06/03/09

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