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quinta-feira, 27 de novembro de 2008

"PABLO NERUDA" - QUEM MORRE (FRAGMENTO)

Vivo para que o sol tenha sentido,

e é minha luminiscência que ele espelha

e devolve ao orbe, agradecido.

Vivo para que a chuva lave o ar,

e leve volte ao éter com meu perfume elegante,

de árvore vigorosa de seiva sã.

Vivo para que o amor tenha vazão,

e não deseje razão - Pois de condição

o amor não precisa.

Vivo para florescer outros jardins,

e sem perceber o meu se abarrota de lírios,

ciclames, girassóis...

Vivo cada dia como se fosse cada dia.

Nem o último nem o primeiro - o único.

FONTE: http://foruns.clix.pt/geral/showflat.php?Cat=&Board=espiritismo&Number=612689&page=0&view=collapsed&sb=5&o=0∂=.

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