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domingo, 30 de novembro de 2008

GRANDE OTELO (SUA HISTÓRIA)

Grande Otelo
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Grande Otelo
Caricatura ilustrando o artista
Nome completo
Sebastião Bernardes de Souza Prata
Outros nomes
Grande Othelo
Nascimento
18 de Outubro de 1915Uberlândia, MG
Falecimento
26 de Novembro de 1993 (78 anos)Paris, França
IMDb
Grande Otelo (ou Othelo), pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata (Uberlândia, 18 de outubro de 1915Paris, 26 de novembro de 1993) foi um ator, cantor e compositor brasileiro.
Índice[esconder]
1 Biografia
2 Acervo Grande Otelo
3 Carreira
3.1 No cinema
3.2 Na televisão
4 Principais prêmios e indicações
5 Referências
6 Ligações externas
//

[editar] Biografia
Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nos anos 40/50, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969. Conheceu Orson Welles quando este veio filmar no Brasil, na década de 1940. O grande ator e diretor estadunidense considerava Grande Otelo como o maior ator brasileiro[1].
Sua vida teve várias tragédias. Seu pai morreu esfaqueado e a mãe era alcoólatra. Quando já era um ator consagrado, sua mulher matou o filho do casal, de seis anos de idade, com veneno, e se suicidou em seguida.
Grande Otelo vivia em Uberlândia quando conheceu uma companhia de teatro mambembe e foi embora com eles, com o consentimento da diretora do grupo, Abigail Parecis, que o levou para São Paulo. Ele voltou a fugir, foi para o Juizado de Menores, onde foi adotado pela família do político Antonio de Queiroz. Otelo estudou então no Colégio Sagrado Coração de Jesus até a terceira série ginasial.
Participou na década de 1920 da Companhia Negra de Revistas, que tinha Pixinguinha como maestro.
Foi em 1932 que entrou para a Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do teatro de revista. Foi nessa época que ganhou o apelido de Grande Otelo, como ficou conhecido.
No cinema, participou em 1942 do filme It's All True, de Orson Welles.
Além de suas inúmeras parcerias com Oscarito, um de seus grandes personagens foi em Macunaíma (1969), filme baseada na obra de Mário de Andrade. Participou também do filme de Werner Herzog, Fitzcarraldo, de 1982, filmado na floresta amazônica.
Desde os anos 60 Otelo era contratado da TV Globo, onde atuou em diversas telenovelas de grande sucesso, como Uma Rosa com Amor, entre várias outras. Também trabalhou no humorístico Escolinha do Professor Raimundo, no início dos anos 90. Seu último trabalho foi uma participação na telenovela Renascer, pouco antes de morrer.
Grande Otelo faleceu em 1993 de um ataque do coração fulminante, quando viajava para Paris para uma homenagem que receberia no Festival de Nantes.

[editar] Acervo Grande Otelo
Já está disponível para acesso pela web grande parte do Acervo Grande Otelo [2], recebido oficialmente pela Fundação Nacional da Arte (FUNARTE) em dezembro de 2007. O acervo de Grande Otelo encontrava-se há vários anos em um apartamento da Tijuca, guardado em caixas de papelão, nas quais foram descobertos manuscritos, livros de autoria do ator, e outros com dedicatórias de amigos e personalidades reconhecidas da cultura brasileira; letras de música compostas por ele e parcerias, discos em vinil, fitas-cassete com os mais variados conteúdos (entrevistas, músicas e programas apresentados pelo artista); prêmios e homenagens (troféus, placas, diplomas e certificados) recebidos durante a sua carreira, roteiros de cinema, TV, teatro, rádio, shows, partituras, correspondências, livros, monografias, poemas, fotos, obras de arte, recortes de jornais e revistas.
O trabalho de restauração e catalogação do material se iniciou em 2004. O material catalogado foi fundamental para o conteúdo do Projeto 90 anos de Grande Otelo, fornecendo informações inéditas sobre o ator para a biografia feita pelo escritor Sérgio Cabral, um site, um documentário e um espetáculo teatral. Após o término do projeto, o acervo restaurado, higienizado e digitalizado foi entregue à Funarte oficialmente no dia 17 de dezembro. O público terá acesso físico ao material a partir de fevereiro de 2008.

[editar] Carreira

[editar] No cinema

A Wikipédia possui o(s) portal(is):Portal de cinema
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1997 - Tudo é Brasil
1990 - Boca de Ouro
1989 - Jardim de Alah
1988 - Fronteiras
1988 - Natal da Portela
1987 - Running Out of Luck
1987 - Jubiabá
1986 - Brasa Adormecida
1986 - Nem Tudo É Verdade
1984 - Quilombo
1984 - Exu-Piá, Coração de Macunaíma
1983 - Parahyba, Mulher Macho
1982 - Fitzcarraldo
1981 - O Homem do Pau-Brasil
1980 - Asa Branca
1978 - A Noite dos Duros
1978 - As Aventuras de Robinson Crusoé
1978 - Agonia
1978 - A Noiva da Cidade
1977 - Ladrões de Cinema
1977 - Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia
1977 - A Força de Xangô
1977 - Ouro Sangrento
1976 - Carioca tigre
1976 - Ladrão de Bagdá
1976 - Tem Alguém na Minha Cama
1976 - Os Pastores da Noite
1976 - A Fera Carioca
1976 - As Aventuras d'Um Detetive Português
1975 - Deixa Amorzinho... Deixa
1975 - Assim Era a Atlântida
1975 - O Flagrante
1975 - Ladrão de Bagdá, o Magnífico
1974 - A Estrela Sobe
1974 - A Transa do Turf
1973 - O Negrinho do Pastoreio
1973 - O Rei do Baralho
1972 - Cassy Jones, o Magnífico Sedutor
1971 - O Barão Otelo no Barato dos Bilhões
1970 - O Donzelo
1970 - Família do Barulho
1970 - Se Meu Dólar Falasse
1970 - Os Herdeiros
1969 - Macunaíma
1969 - Não Aperta, Aparício
1969 - L'alibi
1969 - A Doce Mulher Amada
1969 - Em Ritmo Jovem
1969 - Por Um Amor Distante
1968 - Enfim Sós.... Com o Outro
1968 - Massacre no Supermercado
1968 - Os Marginais
1967 - Una rosa per tutti
1966 - Samba
1965 - Arrastão
1965 - Crônica da Cidade Amada
1963 - O Homem que Roubou a Copa do Mundo
1962 - Assalto ao Trem Pagador
1962 - Os Cosmonautas
1962 - Quero essa Mulher Assim Mesmo
1961 - O Dono da Bola
1961 - Os Três Cangaceiros
1960 - Pistoleiro Bossa-Nova
1960 - Vai que É Mole
1960 - Um Candango na Belacap
1960 - Entrei de Gaiato
1959 - Mulheres à Vista
1959 - Pé na Tábua
1959 - Garota Enxuta
1958 - E o Bicho Não Deu
1958 - É de Chuá!
1958 - Mulher de Fogo
1957 - A Baronesa Transviada
1957 - Metido a Bacana
1957 - De Pernas pro Ar
1957 - Com Jeito Vai
1957 - Rio Zona Norte
1957 - Brasiliana
1956 - Depois Eu Conto
1955 - Paixão nas Selvas
1954 - Malandros em Quarta Dimensão
1954 - Matar ou Correr
1953 - Dupla do Barulho
1953 - Amei um Bicheiro
1952 - Três Vagabundos
1952 - Carnaval Atlântida
1952 - Barnabé, Tu És Meu
1950 - Aviso aos Navegantes
1950 - Não É Nada Disso
1949 - Caçula do Barulho
1949 - Também Somos Irmãos
1949 - Carnaval no Fogo
1948 - Terra Violenta
1948 - É com Este que Eu Vou
1948 - E o Mundo se Diverte
1947 - Luz dos Meus Olhos
1947 - Este Mundo É um Pandeiro
1946 - Segura Esta Mulher
1946 - Um Fantasma por Acaso
1945 - Gol da Vitória
1945 - Não Adianta Chorar
1944 - Tristezas não Pagam Dívidas
1944 - Romance Proibido
1944 - Berlim da Batucada
1943 - Caminho do Céu
1943 - Moleque Tião
1943 - Samba em Berlim
1943 - Astros em Desfile
1942 - It's All True (inacabado)
1941 - Sedução do Garimpo
1941 - Entra na Farra
1940 - Céu Azul
1940 - Laranja da China
1939 - Pega Ladrão
1939 - Onde Estás, Felicidade?
1938 - Futebol em Família
1937 - João Ninguém
1935 - Noites Cariocas

[editar] Na televisão
1965 - Bairro Feliz
1966/1967 - Riso Sinal Aberto
1968 - Porque Hoje é Sábado - Apresentador
1971 - Linguinha .... Cassius Ali
1971 - Caso Especial (Meus Filhos)....
1971 - Bandeira 2 .... Zé Catimba
1972 - Uma Rosa com Amor .... Pipinoni
1972 - Shazan, Xerife & Cia.
1974 - Caso Especial (O Professor Vai Embora)....
1975 - Bravo! .... Malaquias
1978 - Maria, Maria .... Preto Maravilha
1979 - Feijão Maravilha .... Benevides
1980 - Água Viva .... Canivete
1982 - Chico Anysio Show....Eustáquio
1985 - A Gata Comeu .... como ele mesmo
1986 - Sinhá Moça .... Justo
1987 - Mandala .... Jonas Caetano
1989 - República .... Patápio dos Prazeres
1990 - Escolinha do Professor Raimundo .... Seu Eustáquio
1991 - Estados Anysios de Chico City
1993 - Renascer .... Seu Francisco (pai de Ritinha)

[editar] Principais prêmios e indicações
Festival de Brasília
Recebeu o Troféu Candango em 1969, na categoria de melhor ator, por Macunaíma.
Festival de Gramado
Recebeu o Troféu Oscarito em 1990.

Referências
Caixa Econômica Federal
Centro Técnico de Artes Cênicas

[editar] Ligações externas

O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Grande Otelo.
Grande Otelo no Internet Movie Database (em inglês)
Grande Otelo em CinemaBrasileiro.net
Grande Othelo 90 Anos

TEXTO ESPÍRITA (ALLAN KARDEC)

"Os espíritos do senhor, que são as virtudes dos céus, qual imenso exército que se movimenta

ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da terra e, semelhantes

as estrelas cadentes,vem iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.

"Eu vos digo,em verdade, que são chegados os tempos em que todas as coisas hão de ser

restabelecidos no seu verdadeiro sentido, para dissipar as trevas, confundir os orgulhosos

e glorificar os justos."

TUDO TERMINA NO NADA (WALDER MAIA DO CARMO)

Tem coisas que se perdem no antagonismo da existência.

A vida é um mistério onde se busca explicaçâo

num poder superior ,invisível, cuja imparcialidade permite

diferenças para suas criaturas...

A ciência, a religição tentam buscar no infinito, no indélevel

consistência até onde o raciocinio permite.

O homem alimenta a metafísica e até o quântico nessa

necessidade do lógico...

Nesse cenário com elegância na eloquência do desamor, da fome,

Tem coisas , onde tudo termina no nada...

ANDA LUZ (DJAVAN/FLAVIA VIRIGNIA)

Estrela minha
luz do dia abacate e mel
cheiro de haxi
tarde de frio
beija-flor, flores na varanda se transam
sombra de luz
ui de amor frugal, casa azul
babalaó, olorum, alá, dalai-lama
vigiai governador
porque o povo, virgem maria!
Sai da janela se quer sonhar
vem pra cama
deus lhe fez viver
pra me querer amor
quase 2.000
salvaria a arara azul
o circo é orfei
vai lua, é dia
deixa vir os raios de sol
tens a noite
longe de mim
sevilha incensa o ar andaluz
babalaó, olorum, alá, dalai-lama
vigiai governador
porque o povo, virgem maria!
Sai da janela se quer sonhar
vem pra cama
vem pra ca pra voce ver
o que é bom pra voce
montes au ginkgo
plein de rameaux
viens dõici soup'onner des oiseaux
qui ne volent pas
viens tu voler
je voyage partout

"O DRAMATURGO" - NOVOS AUTORES TEATRAIS!! NÚCLEO DE DRAMATURGIA DO SESI

**Novos Autores

O Serviço Social da Indústria, Departamento Regional de São Paulo – SESI-SP – e o British Council, a organização internacional do Reino Unido para oportunidades educacionais e relações culturais, dentro das diretrizes de uma ação cultural que busca a democratização do acesso à cultura e da produção de bens culturais, abrem inscrições de novos autores para o projeto Núcleo de Dramaturgia SESI-British Council. Para tanto, informa aos interessados os procedimentos e as condições necessárias para a referida inscrição.

**Processo de seleção

O processo de seleção é dividido em três etapas:

* Primeira etapa – todos os textos inscritos serão avaliados por profissionais selecionados como avaliadores e preparados pela coordenadoria literária do projeto.
* Segunda etapa – uma vez selecionados os melhores textos, o autor passará por uma entrevista com a coordenação geral e coordenação literária do Núcleo de Dramaturgia.
* Terceira etapa – os novos autores selecionados na entrevista passarão por um processo de aprimoramento e desenvolvimento das técnicas dramatúrgicas, sob supervisão da coordenação literária do projeto, durante o período de um ano.


**Informações importantes

* o Núcleo de Dramaturgia SESI-British Council disponibiliza material de estudo, profissional treinado e curso gratuitamente, porém, não se responsabiliza por gastos pessoais dos participantes do projeto;
* peças teatrais infantis e musicais serão aceitos;
* não serão aceites adaptações ou reescrituras de obras;
* textos de autores que participaram de festivais, mas que não tiveram estréia profissional serão aceitos como inéditos.(...)

LEIA NA ÍNTEGRA EM :

http://www.sesisp.org.br/dramaturgia/telas/dramaturgo_novosautores.asp

sábado, 29 de novembro de 2008

MUITO ALÉM DO HUMANO!

Gandhi foi além do humano!
Mandela!...
e tantos outros que geralmente,
nem se fica sabendo!...
as mães antigas, por exemplo!
ou as mulheres sofridas da África!
que deixam de comer para alimentar seus filhos!
pais de antigamente e também os de hoje,
que por vezes trabalham doentes,
para sustentar seus filhos!

...ou os grandes gênios da humanidade...
que esqueciam-se de suas vidas em prol de seus estudos!
...parece que só os limite do "humano" ,não resolvem
muitas coisas da humanidade!

o aspecto mágico da vida humana
é algo forte para todos nós!
todos temos mitos!
todos nós temos nosso lado mágico!
e aí estão as religiões,
crenças variadas em tudo que não é real mesmo!
venerar ídolos, sejam eles santos,revolucionários,
artistas, estrelas do cinema...enfim ...
fazemos de pessoas como nós,ídolos!
porque julgamos tais pessoas,
"além do humano".

Na idade média a religião católica,
fez estragos monumentais na mentalidade
da época! confundiu aspectos de âmbito
público com o privado, quando criou a expressão:
"PAI" Deus o pai! pai é do âmbito privado,
só que a igreja sempre foi pública!
e assim a confusão começou a ser feita!
e os passos em direção à democracia que
ali poderiam ser iniciados,
caíram na "ribanceira"!

E além de tudo a ideia de Deus Pai,
onisciente, onipresente e onipotente,
que tudo vê,tudo sabe...
típico das religiões monoteístas!
faz com que me lembre de coisas
muito atuais!...

E o maniqueísmo então!
das religiões fundamentalistas!
Bem e mal,corpo e alma,
céu e inferno...

As religiões geralmente se aproveitam
do lado mágico das pessoas,
e geralmente extrapolam em suas
criações além do humano!
tudo em favor do poder!

Com todos estes exageros
e explorações das religiões,
as pessoas continuam limitando-se!
continuam achando que devem obedecer a um Deus
que usa de coerção e ainda os vigia momento a momento!
e então só não "pecam" por estarem sendo vigiados!
o resultado é que limitam-se em tudo,
tanto nas coisas que a religião
acha pecado e nas que considera boas!

Não conseguem pensar com suas próprias cabeças,
pois julgam-se inferiores a Deus! a Jesus!
Tolstoi, Espinoza,escreveram textos
extraordinários sobre a religião, sobre a superstição,
textos que os que julgam-se verdadeiros cristãos deveriam ler!
...só para colocar à prova suas verdadeiras práticas cristãs!
...mas estas pessoas contentam-se em serem só "humanas"!
negando assim a própria existência
daquele que foi nomeado como filho de Deus!

Nadia Stabile - 29/11/08

OMOLU - ajuda os desencarnados, é São Lázaro


Ogum - São Jorge;
Oxóssi - São Sebastião;
Xangô - São Jerônimo;São João Batista
Iemanjá - Nª Sª dos Navegantes;
Oxum - Nossa Senhora da Conceição;
Iansã - Santa Bárbara;
Omolu - São Lázaro.

ORAÇÃO PARA IEMANJÁ




Vós que governas as águas, derramai por sobre a humanidade a vossa proteção, fazendo assim, ó divina mãe, uma descarga em seus corpos materiais limpando suas auras e incutindo em seus corações o respeito e a veneração devida a essa força da natureza que simbolizas.

Fluidificai nosso espírito e descarregai nossa matéria de todas as impurezas que hajam adquirido.

Permiti que vossas falanges nos protejam e amparem, assim o fazendo com toda a humanidade, nossa irmã.

Faça isso por nós, minha querida mãezinha.

Fonte: http://povodearuanda.wordpress.com/2007/09/10/iemanja/

MISIFI - TODOS OS ORIXAS ESTÃO TOMANDO CONTA DO SARAU! PROTEÇÃO ETERNA AOS BENFEITORES DA CULTURA!

SAMBA DA BÊNÇÃO (VINICIUS DE MORAES/BADEN POWEEL)

É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas pra fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
É preciso um bocado de tristeza
Senão, não se faz um samba não
(Senão é como amar uma mulher só linda
E daí? Uma mulher tem que ter
Qualquer coisa além de beleza
Qualquer coisa de triste
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade
Um molejo de amor machucado
Uma beleza que vem da tristeza
De se saber mulher
Feita apenas para amar
Para sofrer pelo seu amor
E pra ser só perdão)
Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração
Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
A tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não
(Feito essa gente
que anda por aí brincando com a vida
Cuidado, companheiro
A vida é pra valer
Não se engane, não
É uma só
Duas mesmo que é bom
Ninguém vai me dizer que tem se provar
muito bem provado com certidão passada em cartório do Céu assinado em baixo: Deus!
E com firma reconhecida
A vida não é de brincadeira, amigo
A vida é arte do encontro
embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher a sua espera
com os olhos cheios de carinho
e as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida,
como no seu samba)
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração
(Eu, por exemplo, o capitão do mato
Vinicius de Moraes
Poeta e diplomata
O branco mais preto do Brasil
Na linha direta de Xangô, saravá!
A bênção, Senhora
A maior ialorixá da Bahia
Terra de Caymmi e João Gilberto
A bênção, Pixinguinha
Tu que choraste na flauta
Todas as minhas mágoas de amor
A bênção, Sinhô, A bênção Cartola,
A bênção, Ismael Silva
Sua bênção, Heitor dos Prazeres
A bênção, Nelson Cavaquinho
A bênção, Geraldo Pereira
A bênção, meu bom Cyro Monteiro
Você, sobrinho de Nonô
A bênção, Noel, sua bênção, Ary
A bênção, todos os grandes
Sambistas do meu Brasil
Branco, preto, mulato
Lindo como a pele macia de Oxum
A bênção, maestro Antonio Carlos Jobim
Parceiro e amigo querido
Que já viajaste tantas canções comigo
E ainda há tantas a viajar
A bênção, Carlinhos Lyra
Parceirinho cem por cento
Você que une a ação ao sentimento
E ao pensamento, a bênção
A bênção, a bênção, Baden Powell
Amigo novo, parceiro novo
Que fizeste este samba comigo
A bênção, amigo
A bênção, maestro Moacir Santos
Não és um só, és tantos como
O meu Brasil de todos os santos
Inclusive meu São Sebastião
Saravá!
A bênção, que eu vou partir
Eu vou ter que dizer adeus)
Ponha um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba, não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS( GEORGE ORWELL)

A Revolução dos Bichos

A história, desde a expulsão de Jones até a "transformação completa de Napoleão em "humano" durou aproximadamente 6 anos. Na Granja do Solar, situada perto da cidade de Willingdon (Inglaterra), viviam bichos, que como dono tinham o Sr. Jones. O Velho Major (porco) teve um sonho, sobre uma revolução em que os bichos seriam auto-suficientes, sendo todos iguais. Era o princípio do Animalismo. O Major morreu, mas mesmo assim os animais colocaram em prática a idéia do líder, fazendo a Revolução dos Bichos. Depois da Revolução, a Granja passou a se chamar Granja dos Bichos, e quem a administrava era Bola-de-Neve (porco). Bola-de-Neve seguia os princípios do Animalismo, e mesmo sendo superior (em quesitos de inteligência e cultura) em relação aos outros animais, sempre se considerou igual a todos, não tendo privilégios devido à sua condição. Bola-de-Neve tinha um assistente, Napoleão (porco), que na ânsia pelo poder, traiu o amigo, assumindo a administração da Granja. Napoleão mostrou-se competente e justo no começo, mas depois passou a desrespeitar os SETE MANDAMENTOS, os quais firmavam as idéias animalistas.
Depois de aproximadamente 5 anos, Napoleão já ocupava a casa do Sr. Jones, bebia álcool, vestia as roupas do ex-dono , andava somente sobre duas pernas e convivia com seres humanos, enfim agia em benefício próprio, instalando um regime ditatorial, dominando e hostilizando os demais animais, considerados seres inferiores e sem direitos. Por essa época, já não era possível distinguir, quando reunidos à mesa, o porco tirano e os homens com quem se confraternizava. Napoleão conseguiu sair vitorioso graças à ajuda de Garganta, porco servil e obediente e que, através de bons argumentos, convencia os animais de que tudo o que acontecia era para o bem deles. Os SETE MANDAMENTOS do Animalismo eram os seguintes: Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo; Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo; Nenhum animal usará roupas; Nenhum animal dormirá em cama; Nenhum animal beberá álcool; Nenhum animal matará outro animal; Todos os animais são iguais. Napoleão, aos poucos, alterou todos os mandamentos.
Foi Bola-de-Neve quem escreveu os SETE MANDAMENTOS. A Revolução dos Bichos é um livro de extrema importância para entendermos o funcionamento de sociedades comandadas por diferentes tipos de governo, além de mostrar de forma genial a ambição do ser humano, o "sonho do poder". O Senhor Jones era o dono da Granja e, como tal, explorava o trabalho animal em benefício próprio, para acumular capital. Em troca dos serviços prestados, ele pagava com a alimentação, que nem sempre era boa e suficiente. Temos aí o retrato de uma sociedade capitalista: quem mais trabalha é quem menos ganha. A Revolução que se deu por idéia do "Major", tinha por princípio básico a igualdade; sendo assim, o Animalismo corresponde ao Socialismo, regime em que não existe propriedade privada e em que todos são iguais, e todos trabalham para o bem comum. A princípio, houve um socialismo democrático, em que todos participavam de assembléias, dando idéias e sugestões, liderados por Bola-de-Neve, bem aceito pelos animais em geral. Napoleão representa o desejo da onipotência, do poder absoluto e, para conseguir seus objetivos, tudo passa a ser válido: mentiras, traições, mudanças de regras.
Tempos depois instaurava-se na Granja uma verdadeira Ditadura, o regime em que não há liberdade de expressão, direito a opiniões etc. Na sede pelo poder e pela riqueza, Napoleão entra em contato com os homens para com eles negociar, comprar, vender, enfim, acumular riquezas e tudo graças ao trabalho dos animais, verdadeiros empregados mal – remunerados, ajudando o "patrão" a ter regalias, bens materiais, capital. A situação fica mais crítica do que quando Jones era o dono da Granja porque, mais do que nunca, os direitos humanos, ou seja, dos animais foram violados de forma cruel e tendo conseqüências gravíssimas como a morte de alguns, o desaparecimento de outros e muita tortura. Com base nos fatos ocorridos podemos concluir que a história nos mostra os dois tipos de dominação existentes – a dominação pela sedução: Garganta persuadia os animais com seus argumentos convincentes e eles aceitavam pacificamente as mudanças efetuadas, e a dominação pela força bruta: quem se rebelasse contra as ordens era punido fisicamente, torturado por cães treinados e levados até à morte.
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TRINDADE
ALVARES DE AZEVEDO


A VIDA É UMA PLANTA MISTERIOSA
CHEIA D'ESPINHOS, NEGRA DE AMARGURAS,
ONDE SÓ ABREM DUAS FLORES PURAS,
- POESIA E AMOR...
E A MULHER... É A NOTA SUSPIROSA
QUE TREME D'ALMA A CORDA ESTREMECIDA,
- É FADA QUE NOS LEVA ALÉM DA VIDA
PÁLIDOS DE LANGUOR!
A POESIA É A LUZ DA MOCIDADE -
O AMOR É O POEMA DOS SENTIDOS,
A FEBRE DOS MOMENTOS NÃO DORMIDOS
E O SONHAR DA VENTURA...
VOLTAI, SONHOS DE AMOR E DE SAUDADE!
QUERO AINDA SENTIR ARDER-ME O SANGUE,
OS OLHOS TURVOS, O MEU PEITO LANGUE
E MORRER DE TERNURA!
Alvares de Azevedo
ANJO
CASTRO ALVES
AI! QUE VALE A VINGANÇA, POBRE AMIGO,
SE NA VINGANÇA A HONRA NÃO SE LAVA?...
O ANGUE É RUBRO, A VIRGINDADE É BRANCA -
O SANGUE AUMENTA DE VERGONHA A BAVA.
SE NÓS FOMOS SOMENTE DESGRAÇADOS,
PARA QUE MISERÁVEIS NOS FAZERMOS?
DEPORTADOS DA TERRA ASSIM PERDEMOS
DE ALÉM DA CAMPA AS REGIÕES SEM TÊRMOS...
AI! NÃO MANCHES NO CRIME A TUA VIDA,
MEU IRMÃO, MEU AMIGO, MEU ESPOSO!...
SERIA NEGRO O AMOR DE UMA PERDIDA
NOS BRAÇOS A SORRIR DE UM CRIMINOSO!...
Castro Alves
MEUS OITO ANOS
CASIMIRO DE ABREU
OH! QUE SAUDADES DE TENHO
DA AURORA DA MINHA VIDA,
DA MINHA INFÂNCIA QUERIDA
QUE OS ANOS NÃO TRAZEM MAIS!
QUE AMOR, QUE SONHOS, QUE FLORES,
NAQUELAS TARDES FAGUEIRAS
À SOMBRA DAS BANANEIRAS,
DEBAIXO DOS LARANJAIS!
COMO SÃO BELOS OS DIAS
DO DESPONTAR DA EXISTÊNCIA!
- RESPIRA A ALMA INOCÊNCIA
COMO PERFUME A FLOR;
O MAR É - LAGO SERENO,
O CÉU - UM MANTO AZULADO,
O MUNDO - UM SONHO DOURADO,
A VIDA - UM HINO D'AMOR!
QUE AURORAS, QUE SOL, QUE VIDA,
QUE NOITES DE MELODIA
NAQUELA DOCE ALEGRIA,
NAQUELE INGÊNUO FOLGAR!
O CÉU BORDADO D'ESTRÊLAS,
A TERRA DE AROMAS CHEIA,
AS ONDAS BEIJANDO A AREIA
E A LUA BEIJANDO O MAR!
OH! DIAS DA MINHA INFÂNCIA!
OH! MEU CÉU DE PRIMAVERA!
QUE DOCE A VIDA NÃO ERA
NESSA RISONHA MANHÃ!
EM VEZ DAS MÁGOAS DE AGORA,
EU TINHA NESSAS DELÍCIAS
DE MINHA MÃE AS CARÍCIAS
E BEIJOS DE MINHA IRMÃ!
LIVRE FILHO DAS MONTANHAS,
EU IA BEM SATISFEITO,
DA CAMISA ABERTO O PEITO,
- PÉS DESCALÇOS, BRAÇOS NUS -
CORRENDO PELAS CAMPINAS
À RODA DAS CACHOEIRAS,
ATRÁS DAS ASAS LIGEIRAS
DAS BORBOLETAS AZUIS!
NAQUELES TEMPOS DITOSOS
IA COLHER AS PITANGAS,
TREPAVA A TIRAR AS MANGAS,
BRINCAVA À BEIRA DO MAR;
REZAVA AS AVE-MARIAS,
ACHAVA O CÉU SEMPRE LINDO,
ADORMECIA SORRINDO
E DESPERTAVA A CANTAR
........................................
OH! QUE SAUDADES QUE TENHO
DA AURORA DA MINHA VIDA,
DA MINHA INFÂNCIA QUERIDA
QUE OS ANOS NÃO TRAZEM MAIS!
- QUE AMOR, QUE SONHOS, QUE FLORES,
NAQUELAS TARDES FAGUEIRAS
A SOMBRA DAS BANANEIRAS,
DEBAIXO DOS LARANJAIS!
Casimiro de Abreu
MOMENTO NUM CAFÉ
MANUEL BANDEIRA
QUANDO O ENTERRO PASSOU
OS HOMENS QUE SE ACHAVAM NO CAFÉ
TIRARAM O CHAPÉU MAQUINALMENTE,
SAUDAVAM O MORTO DISTRAÍDOS,
ESTAVAM TODOS VOLTADOS PARA A VIDA,
ABERTO NA VIDA,
CONFIANTES NA VIDA.
UM NO ENTANTO SE DESCOBRIU NUM GESTO LARGO E DEMORADO,
OLHANDO O ESQUIFE LONGAMENTE,
ESTE SABIA QUE A VIDA É UMA AGITAÇÃO FEROZ E SEM FINALIDADE
QUE A VIDA É TRAIÇÃO,
E SAUDARA A MATÉRIA QUE PASSAVA,
LIBERTA PARA SEMPRE DA ALMA EXTINTA.

Manuel Bandeira

O MENINO DO DEDO VERDE (MAURICE DRUON)

O Menino do Dedo Verde
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
O Menino do Dedo Verde
Autor(a/as/es)
Maurice Druon
Tradutor(a/as/es)
Dom Marcos Barbosa
Ilustrador
Jacqueline Duhême
Arte de capa
Jacqueline Duhême
País
França
Idioma
Francês
Editora
Del Duca José Olympio
Lançado em
1957
Páginas
200
ISBN
8503001373 (Edição em Português)
O Menino do Dedo Verde (em francês: Tistou les pouces verts) é um livro infanto-juvenil escrito por Maurice Druon em 1957, sendo este o único livro fictício e de linguagem infantil que o autor escreveu.

[editar] Sinopse
Aviso: Este artigo ou seção contém revelações sobre o enredo (spoilers).
Tistu é um menino muito sortudo. Vive na cidade chamada Mirapólvora numa grande casa, a Casa-que-Brilha, com o Sr. Papai, Dona Mamãe e o seu querido pônei Ginástico. Eles são ricos pois o Sr Papai tem uma fábrica de canhões. Para grande decepção de todos, Tistu dorme nas aulas. Sr Papai resolve fazer com que Tistu aprenda as coisas vendo-as e vivenciando-as. As aulas serão com o jardineiro Bigode e com o gerente da fábrica de canhões, o Sr Trovões.
Na primeira aula, o jardineiro bigode descobre um dom fantástico em Tistu: o menino tem o dedo verde! Isto significa que, onde ele colocar o dedo, nascerão flores! Porém as pessoas grandes não iriam entender este dom. Seria melhor mantê-lo em segredo. Bigode se transforma no conselheiro de Tistu
Com o Sr Trovões Tistu conhece um pouco do lado triste do mundo: a miséria, a prisão, o hospital. Ele resolve alegrar estes ambientes colocando seu dedo lá, mas no anonimato. Para o espanto da população, o presídio ficou com tantas flores que as portas não conseguiam mais fechar. Mas os presos não queriam fugir, pois estavam maravilhados! As flores da favela absorveram o lamaçal e enfeitaram as casas, transformando a favela em atração turística. A menina do hospital, que antes contava os buraquinhos do teto para passar o tempo agora conta botões de rosas, que nascem em volta do seu leito. A cidade, e a vida das pessoas da cidade, mudaram completamente.
Tistu então conhece a fábrica do Sr Papai. Ele fica inconformado com o mal que os canhões e as guerras trazem. Secretamente, coloca o dedo nos canhões que estavam sendo enviados para uma guerra. Resultado: a guerra fracassa, pois ao invés de bombas, os canhões lançaram flores. A fábrica é arruinada. Vendo o desespero do sr Papai, Tistu resolve revelar que foi ele quem colocou as flores nos canhões e prova isso fazendo nascer uma flor no quadro de seu avô, na parede. Sr Papai resolve então transformar a fábrica de canhões em fábrica de flores. A cidade passa a se chamar Miraflores.
Um dia Tistu recebe a notícia de que o jardineiro Bigode tinha ido viajar, que estava dormindo. Confuso com as informações, Tistu pergunta para seu pônei o que aconteceu com Bigode. Ele revela: Bigode morreu. E este é o único mal em que as flores não podem fazer nada.
- Se Bigode morreu, ele está no céu. Então, vou construir uma escada com minhas flores para ele descer! – conclui Tistu. Após construir a escala, era impossível ver onde ela estava terminando. Sumia no céu. Tistu esperou mas bigode não desce. Então ele resolve ir busca-lo. Seu pônei tenta impedi-lo sem sucesso. Tistu sobe a escada, vê sua casa diminuindo, vê as nuvens, perde seus chinelinhos e escuta a voz do Bigode: - Ah, você está aqui! Naquela manhã os moradores da Casa-que-Brilha saíram a procura de Tistu e encontraram uma relva diferente, roída pelo pônei, com botões de rosas dourados, formado a frase: Tistu era um Anjo.

[editar] Curiosidades
O livro foi adaptado para o teatro, sendo a peça exibida até os dias de hoje no Brasil. Também ganhou uma versão em desenho animado na França.

"JOSÉ MAGNO" - DO AMOR - VI

:::::::DO AMOR - VI
::::::::(José Magno)


O amor é isso
Cama e mesa
Com chouriço

Emily Dickinson — Poemas Escolhidos...

...
Se o mar, uma vez rasgado,
Outro, mais além, revelar
E esse, ainda outro, e os três
Forem suposição apenas

De mares periódicos
Desapossados de praias,
À beira dos mares do vir-a-ser,
Eis aí a Eternidade.

Emily Dickinson — Poemas Escolhidos...

POSTADO POR VANIA GONDIM

ESTÉTICA - FILOSOFIA (DA WIKIPÉDIA)

Estética
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Estética (do grego αισθητική ou aisthésis: percepção, sensação) é um ramo da filosofia que tem por objecto o estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como as diferentes formas de arte e do trabalho artístico; a idéia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes. Por outro lado, a estética também pode ocupar-se da privação da beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo.

A estética adquiriu autonomia como ciência, destacando-se da metafísica, lógica e da ética, com a publicação da obra Aesthetica do educador e filósofo alemão Alexander Gottlieb Baumgarten, em dois volumes, 1750-1758. Baumgarten traz uma nova abordagem ao estudo da obra de arte, considerando que os artistas deliberadamente alteram a Natureza, adicionando elementos de sentimento a realidade percebida. Assim, o processo criativo está espelhado na própria atividade artística. Compreendendo então, de outra forma, o prévio entendimento grego clássico que entendia a arte principalmente como mimesis da realidade.
David de Michelangelo

Na antiguidade - especialmente com Platão, Aristóteles e Plotino - a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e o verdadeiro formavam uma unidade com a obra. A essência do belo seria alcançado identificando-o com o bom, tendo em conta os valores morais. Na Idade Média surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos filosóficos.

No âmbito do Belo, dois aspectos fundamentais podem ser particularmente destacados:

* a estética iniciou-se como teoria que se tornava ciência normativa às custas da lógica e da moral - os valores humanos fundamentais: o verdadeiro, o bom, o belo. Centrava em certo tipo de julgamento de valor que enunciaria as normas gerais do belo (ver cânone estético);

* a estética assumiu características também de uma metafísica do belo, que se esforçava para desvendar a fonte original de todas as belezas sensíveis: reflexo do inteligível na matéria (Platão), manifestação sensível da idéia (Hegel), o belo natural e o belo arbitrário (humano), etc.

Mas este caráter metafísico e conseqüentemente dogmático da estética transformou-se posteriormente em uma filosofia da arte, onde se procura descobrir as regras da arte na própria ação criadora (Poética) e em sua recepção, sob o risco de impor construções a priori sobre o que é o belo. Neste caso, a filosofia da arte se tornou uma reflexão sobre os procedimentos técnicos elaborados pelo homem, e sobre as condições sociais que fazem um certo tipo de ação ser considerada artística.(...)
LEIA MAIS EM : http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A9tica

ONTOLOGIA - FILOSOFIA (DA WIKIPÉDIA)

Ontologia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


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Ontologia
(<grego ontos+logoi = "conhecimento do ser") é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Costuma ser confundida com metafísica. Conquanto tenham certa comunhão ou interseção em objeto de estudo, nenhuma das duas áreas é subconjunto lógico da outra, ainda que na identidade.


* 1 História antiga da ontologia
* 2 Bibliografia sugerida
* 3 Artigos relacionados
* 4 Ligações externas

[editar] História antiga da ontologia

Imagina-se que o conceito de ontologia tenha se originado na Grécia Antiga, tendo ocupado as mentes de Platão e Aristóteles em seu estudo. Ainda que sua etimologia seja grega, o mais antigo registro da palavra ontologia em si, é a sua forma em Latim ontologia, que surgiu em 1606, no trabalho Ogdoas Scholastica, de Jacob Loard (Lorhardus), e em 1613 no Lexicon philosophicum, de Rudolf Göckel.

Estudantes de Aristóteles utilizaram pela primeira vez a palavra metafísica (literalmente depois do físico) para se referir em seus trabalhos docentes como a ciência do ser na qualidade do ser. Segundo esta teoria, então, ontologia é a ciência do ser na medida em que está a ser, ou o estudo dos seres, na medida em que eles existem. Para a ontologia, qualquer coisa que existe é vista apenas como algo que é, nada a mais do que isso. Mais precisamente, ontologia diz respeito a determinar quais as categorias do ser são fundamentais, e perguntar, e em que sentido, os itens para essas categorias serem ditas que "são".

Alguns filósofos da escola platônica alegam que todos os substantivos referem-se a entidades existentes. Outros filósofos sustentam que nem sempre substantivos nomeiam entidades, mas que alguns fornecem uma espécie de atalho para a referência, para uma coleção de objetos, ou eventos quaisquer. Neste último ponto de vista, mente, pois em vez de referir a uma entidade, refere-se a eventos mentais vividos por uma pessoa. Por exemplo, "sociedade" remete para um conjunto de pessoas com algumas características comuns, e "geometria" refere-se a um tipo específico de atividade intelectual. Entre estes pólos de realismo e nominalismo, há também uma variedade de outras posições; mas em qualquer uma, a ontologia deve dar conta de que palavras referem-se a entidades que não "são". Quando se aplica a este processo substantivos, tais como "elétrons", "energia", "contrato", "felicidade", "tempo", "verdade", "causalidade", e "Deus", a ontologia torna-se fundamental para muitos ramos da filosofia.

Questões ontológicas também foram levantadas e debatidas pelos pensadores nas civilizações antigas da Índia e da China, e talvez antes dos pensadores gregos que se tornaram associados com o conceito.

[editar] Bibliografia sugerida

1806 - Fenomenologia do espírito, Hegel (1770-1831)

1818 - O mundo como vontade e representação, Schopenhauer (1788-1860)

1927 - Ser e tempo, Heidegger (1889-1976)

1943 - O ser e o nada, Sartre (1905-1980)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ontologia

"Pablo Neruda" (postado por Vania Gondim)

Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.

Pablo Neruda


"PABLO NERUDA" - AMO-TE (AMIGA ANICE ENVIA)

Amo-te como a planta que não floriu e tem
dentro de si, escondida, a luz das flores,
e, graças ao teu amor, vive obscuro em meu corpo
o denso aroma que subiu da terra.

Amo-te sem saber como, nem quando, nem onde,
amo-te diretamente sem problemas nem orgulho:
amo-te assim porque não sei amar de outra maneira,

a não ser deste modo em que nem eu sou nem tu és,
tão perto que a tua mão no meu peito é minha,
tão perto que os teus olhos se fecham com meu sono.

¬ Pablo Neruda ¬

"BOB MOTTA" - SODADE - POEMA MATUTO (AMIGA CAMPESINA ENVIA)

Dessa palavra, sodade,
num existe tradução.
É uma dô qui quando ataca,
nuis faiz sofrê de muntão.
É dô qui quando se sente,
mexe cum tudo da gente,
lá dento do coração.

Sodade num tem plurá;
purisso véve sòzinha.
Martratando munta gente,
do seiviçá à rainha.
Machucando c'a lembrança,
ais vêiz matando a isperança,
de quem prá ela, caminha.

[...]

Prá finalizá, eu digo,
puro mundo, andando a êrmo.
Do fundo do coração,
cum meu peito todo infêrmo.
Sodade; digo surrindo:
É isso qui eu tô sintindo,
de você agora mêrmo!...

Autor: Bob Motta
Da Academia de Trovas do Rio Grande do Norte
Da União Brasileira de Trovadores - UBT - RN
Do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte

"CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE" - FRASE (AMIGO JOÃO ENVIA)

A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.

"MARCELO ROQUE" - ORIGENS

Sou um retirante do mar
que ainda hoje
traz dentro dos sapatos
poeira das estrelas

Marcelo Roque

"CECÍLIA MEIRELES" - GUITARRA (AMIGA VANIA GONDIM ENVIA)

Punhal de prata já eras,
punhal de prata!
Nem foste tu que fizeste
a minha mão insensata.

Vi-te brilhar entre as pedras,
punhal de prata!
-- no cabo, flores abertas,
no gume, a medida exata,

a exata, a medida certa,
punhal de prata,
para atravessar-me o peito
com uma letra e uma data.

A maior pena que eu tenho,
punhal de prata,
não é de me ver morrendo,
mas de saber quem me mata.

Cecília Meireles
In:"Viagem"

"NAZIM HIKMET" - FRASE (AMIGO ANTÔNIO ENVIA)

"Se eu não me queimo
se tu não te queimas
se nós nos queimamos
como as trevas se tornarão
claridade ? Nazim Hikmet

"GUIMARÃES ROSA" - SAUDADE (AMIGA CAMPESINA ENVIA)

Saudade

Saudade de tudo!...

Saudade, essencial e orgânica,
de horas passadas
que eu podia viver e não vivi!...
Saudade de gente que não conheço,
de amigos nascidos noutras terras,
de almas órfas e irmãs,
de minha gente dispersa,
que talvez ainha hoje espere por mim...

Saudade triste do passado,
saudade gloriosa do futuro,
saudade de todos os presentes
vividos fora de mim!...

Pressa!...
Ânsia voraz de me fazer em muitos,
fome angustiosa da fusão de tudo,
sede da volta final
da grande experiência:
uma só alma em um só corpo,
uma só alma-corpo,
um só,
um!...
Como quem fecha numa gota
o Oceano,
afogado no fundo de si mesmo...

Guimarães Rosa

""aparelhos" perscrutadores do pensamento " e do...

passado remoto

*percussão(tambores)
*fumaça
*"tintas" para pinturas em cavernas
*formão para entalhar
*tabletes de pedra
*papel
*penas para escrever
*pombos correios
*mensagens em garrafas
*correio via navio!?
*portadores à cavalo
*tipografia de Gutemberg

passado

*máquinas de escrever
*telégrafo
*telefone
*correio aéreo
*fonógrafo
*caneta tinteiro

presente

*rádio
*caneta esferográfica
*televisão
*vídeo tape
*computadores pessoais
*compact disc
*skipe
*celulares
*iPod,MP3
*roupas que comunicam sensações através de celulares
*monitor de PC que dispensa o uso de mouse

futuro

*monitor que transmitisse o calor de nossas mãos
*dispositivo que transferisse sensações em tempo real
*tele transporte
*nanotecnologia aplicada à comunicação!?
*comunicador de pensamentos instantâneo
*transferidor de conhecimentos pim pam pum
*dispositivo sensitivo universal(de alma e de corpo)
*etc etc etc etc...

Nadia Stabile - 28/11/08

*"aparelhos perscrutadores do pensamento"
Eça de Queirós

VER -TUAL

ver - tual ges - tual habi - tual
real/virtual visual/virtual

ver...sentir...ouvir...
não é do virtual

poderia ser do ver - tual

instrumentos que alongam que ampliam
nossas capacidades

Eça e os aparelhos perscrutadores do pensamento,
ampliam nossas capacidades...telégrafo,fonógrafo...
...computadores pessoais...

só que ainda não temos o tele-transporte...
não temos emails sensitivos...
onde poderia ser vista e sentida a presença
C O R P O R A L das pessoas

ver - tual........ainda precisa perscrutar
o ges - tual.....o cor - poral o ani - mal
ver vir sentir chegar olhar cheirar gostar
não fazem parte do vir - tual

o virtual assassina
a possibilidade de corpo e alma
UNOS UNOS UNOS UNOS UNOS
os emails e fotologs andam fazendo
picadinho de gente com alhos e bugalhos
os odores ruins dos teclados
impregnaram as almas sem corpos
e os corpos sem almas

Nadia Stabile - 28/11/08

* EÇA - Eça de Queirós

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

(ÁLVARO DE CAMPOS) "FERNANDO PESSOA" - POEMA EM LINHA RETA

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.


E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?


Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

http://www.releituras.com/fpessoa_linhareta.asp

CIRANDA DA BAILARINA ( CHICO BUARQUE)

Procurando bem

Todo mundo tem pereba

Marca de bexiga ou vacina

E tem piriri, tem lombriga, tem ameba

Só a bailarina que não tem

E não tem coceira

Verruga nem frieira

Nem falta de maneira

Ela não tem

Futucando bem

Todo mundo tem piolho

Ou tem cheiro de creolina

Todo mundo tem um irmão meio zarolho

Só a bairarina que não tem

Nem unha encardida

Nem dente com comida

Nem casca de ferida

Ela não tem

Não livra ninguém

Todo mundo tem remela

Quando acorda às seis da matina

Teve escarlatina

Ou tem febre amarela

Só a bailarina que não tem

Medo de subir, gente

Medo de cair, gente

Medo de vertigem

Quem não tem

Confessando bem

Todo mundo faz pecado

Logo assim que a missa termina

Todo mundo tem um primeiro namorado

Só a bailarina que não tem

Bigode de groselha

Calcinha umpouco velha

Ela não tem


O padre também

Pode até ficar vermelho

Se o vento levanta a batina

Reparando bem, todo mundo tem pentelho

Só a bailarina que não tem

Sala sem mobilia

Goteira na vasilha

Problema na família

Que não tem

Procurando bem

Todo mundo tem...

"MARAMBAIA" - TALVEZ DE "RUBENS CAMPOS" - INTÉRPRETES: CARMEN COSTA, ELIS REGINA, LOS HERMANOS, MARIA BETHÂNIA

Eu tenho uma casinha lá na Marambaia
Fica na beira da praia
Só vendo que beleza
Tem uma trepadeira que na primavera
Fica toda florescida
De brincos de princesa
Quando chega o verão
Eu sento na varanda
Pego o violão, começo a tocar
E o meu moreno que está sempre bem disposto
Senta ao meu lado também a cantar

E quando chega a tarde
Um bando de andorinhas
Vôa em revoada fazendo verão
E lá na mata o sabiá gorgeia
Lindas melodias pra alegrar meu coração
E às 6 horas o sino da capela
Bate as badaladas da Ave Maria
E a lua nasce por detrás da serra
Anunciando que acabou o dia.

"CAETANO VELOSO" - MILAGRES DO POVO

Quem é ateu e viu milagres como eu
Sabe que os deuses sem Deus
Não cessam de brotar, nem cansam de esperar
E o coração que é soberano e que é senhor
Não cabe na escravidão, não cabe no seu não
Não cabe em si de tanto sim
É pura dança e sexo e glória, e paira para além da história

Ojuobá ia lá e via
Ojuobahia
Xangô manda chamar Obatalá guia
Mamãe Oxum chora lagrimalegria
Pétalas de Iemanjá Iansã-Oiá ia
Ojuobá ia lá e via
Ojuobahia
Obá

É no xaréu que brilha a prata luz do céu
E o povo negro entendeu que o grande vencedor
Se ergue além da dor
Tudo chegou sobrevivente num navio
Quem descobriu o Brasil?
Foi o negro que viu a crueldade bem de frente
E ainda produziu milagres de fé no extremo ocidente

Ojuobá ia lá e via
Ojuobahia
Xangô manda chamar Obatalá guia
Mamãe Oxum chora lagrimalegria
Pétalas de Iemanjá Iansã-Oiá ia
Ojuobá ia lá e via
Ojuobahia
Obá

Ojuobá ia lá e via...

Quem é ateu...

"CAETANO VELOSO" - TERRA

Quando eu me encontrava preso
Na cela de uma cadeia
Foi que vi pela primeira vez
As tais fotografias
Em que apareces inteira
Porém lá não estavas nua
E sim coberta de nuvens...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Ninguém supõe a morena
Dentro da estrela azulada
Na vertigem do cinema
Mando um abraço prá ti
Pequenina como se eu fosse
O saudoso poeta
E fosses a Paraíba...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Eu estou apaixonado
Por uma menina terra
Signo de elemneto terra
Do mar se diz terra à vista
Terra para o pé firmeza
Terra para a mão carícia
Outros astros lhe são guia...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Eu sou um leão de fogo
Sem ti me consumiria
A mim mesmo eternamente
E de nada valeria
Acontecer de eu ser gente
E gente é outra alegria
Diferente das estrelas...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

De onde nem tempo, nem espaço
Que a força mãe dê coragem
Prá gente te dar carinho
Durante toda a viagem
Que realizas do nada
Através do qual carregas
O nome da tua carne...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?...

Na sacada dos sobrados
Das cenas do Salvador
Há lembranças de donzelas
Do tempo do Imperador
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito...

Terra! Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?
Terra!

"CAETANO VELOSO" - SAMPA

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa

"CAETANO VELOSO" - LÍNGUA

Gosta de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
“Minha pátria é minha língua”
Fala Mangueira! Fala!

Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?

Vamos atentar para a sintaxe dos paulistas
E o falso inglês relax dos surfistas
Sejamos imperialistas! Cadê? Sejamos imperialistas!
Vamos na velô da dicção choo-choo de Carmem Miranda
E que o Chico Buarque de Holanda nos resgate
E – xeque-mate – explique-nos Luanda
Ouçamos com atenção os deles e os delas da TV Globo
Sejamos o lobo do lobo do homem
Lobo do lobo do lobo do homem
Adoro nomes
Nomes em ã
De coisas como rã e ímã
Ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã ímã
Nomes de nomes
Como Scarlet Moon de Chevalier, Glauco Mattoso e Arrigo Barnabé
e Maria da Fé

Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?

Se você tem uma idéia incrível é melhor fazer uma canção
Está provado que só é possível filosofar em alemão
Blitz quer dizer corisco
Hollywood quer dizer Azevedo
E o Recôncavo, e o Recôncavo, e o Recôncavo meu medo
A língua é minha pátria
E eu não tenho pátria, tenho mátria
E quero frátria
Poesia concreta, prosa caótica
Ótica futura
Samba-rap, chic-left com banana
(– Será que ele está no Pão de Açúcar?
– Tá craude brô
– Você e tu
– Lhe amo
– Qué queu te faço, nego?
– Bote ligeiro!
– Ma'de brinquinho, Ricardo!? Teu tio vai ficar desesperado!
– Ó Tavinho, põe camisola pra dentro, assim mais pareces um espantalho!
– I like to spend some time in Mozambique
– Arigatô, arigatô!)
Nós canto-falamos como quem inveja negros
Que sofrem horrores no Gueto do Harlem
Livros, discos, vídeos à mancheia
E deixa que digam, que pensem, que falem.

"DORIVAL CAYMMI" - O MAR (cifrada)

E B7 E
O mar quando quebra na praia
B7 E C7
É bonito, é bonito
F C7 F
O mar... pescador quando sai
C7 F C7 F
Nunca sabe se volta, nem sabe se fica
C7 F C7 F
Quanta gente perdeu seus maridos seus filhos
C7 F B7
Nas ondas do mar
E B7 E
O mar quando quebra na praia
B7 E
É bonito, é bonito

Pedro vivia da pesca
Saia no barco
Seis horas da tarde
F#m
Só vinha na hora do sol raiá
Todos gostavam de Pedro
E mais do que todas
Rosinha de Chica
A mais bonitinha
E mais bem feitinha
B7 E
De todas as mocinha lá do arraiá

Pedro saiu no seu barco
Seis horas da tarde
Passou toda a noite
F#m
Não veio na hora do sol raiá
Deram com o corpo de Pedro
Jogado na praia
Roído de peixe
Sem barco sem nada
B7 E
Num canto bem longe lá do arraiá

Pobre Rosinha de Chica
Que era bonita
Agora parece
F#m
Que endoideceu
Vive na beira da praia
Olhando pras ondas
Andando rondando
Dizendo baixinho
B7 E Em
Morreu, morreu, morreu, oh...
E B7 E
O mar quando quebra na praia
B7 E

"DORIVAL CAYMMI" - VOCÊ JÁ FOI A BAHIA?

Você já foi à Bahia, nêga?
Não?
Então vá!
Quem vai ao "Bonfim", minha nêga,
Nunca mais quer voltar.
Muita sorte teve,
Muita sorte tem,
Muita sorte terá
Você já foi à Bahia, nêga?
Não?
Então vá!
Lá tem vatapá
Então vá!
Lá tem caruru,
Então vá!
Lá tem munguzá,
Então vá!
Se "quiser sambar"
Então vá!

Nas sacadas dos sobrados
Da velha São Salvador
Há lembranças de donzelas,
Do tempo do Imperador.
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito,
Que nenhuma terra tem!

Lá tem vatapá,
Então vá!
Lá tem caruru,
Então vá!
Lá tem munguzá,
Então vá!
Se "quiser sambar"
Então vá! (3x)

Então vá...!

"DORIVAL CAYMMI" - VOCÊ JÁ FOI A BAHIA?

Você já foi à Bahia, nêga?
Não?
Então vá!
Quem vai ao "Bonfim", minha nêga,
Nunca mais quer voltar.
Muita sorte teve,
Muita sorte tem,
Muita sorte terá
Você já foi à Bahia, nêga?
Não?
Então vá!
Lá tem vatapá
Então vá!
Lá tem caruru,
Então vá!
Lá tem munguzá,
Então vá!
Se "quiser sambar"
Então vá!

Nas sacadas dos sobrados
Da velha São Salvador
Há lembranças de donzelas,
Do tempo do Imperador.
Tudo, tudo na Bahia
Faz a gente querer bem
A Bahia tem um jeito,
Que nenhuma terra tem!

Lá tem vatapá,
Então vá!
Lá tem caruru,
Então vá!
Lá tem munguzá,
Então vá!
Se "quiser sambar"
Então vá! (3x)

Então vá...!

"ARI BARROSO" - "DORIVAL CAYMMI" - NO TABULEIRO DA BAIANA

No tabuleiro da Baiana tem
Vatapá, Carurú, Mungunza tem Ungu pra io io
Se eu pedir você me da
o seu coração,seu amor de ia ia
No coração da Baiana também tem
Sedução, cangerê, ilusão, candonblé
Pra você
Juro por Deus,pelo senhor do bonfin
quero você Baianinha inteirinha pra mim
E depois o que será de nós dois?
Seu aomr é tão Fulgás enganador
Tudo já fiz, fui até no cangerê
Pra ser feliz,meus trapinhos juntar com você
E depois vai ser mais uma ilusão
no amor que governa o coração

"DORIVAL CAYMMI" - A PRETA DO ACARAJÉ

Dez horas da noite
Na rua deserta
A preta mercando
Parece um lamento
Ê o abará
Na sua gamela
Tem molho e cheiroso
Pimenta da costa
Tem acarajé
Ô acarajé é cor
Ô la lá io
Vem benzer
Tá quentinho

Todo mundo gosta de acarajé
O trabalho que dá pra fazer que é
Todo mundo gosta de acarajé
Todo mundo gosta de abará
Ninguém quer saber o trabalho que dá
Todo mundo gosta de acarajé
O trabalho que dá pra fazer que é
Todo mundo gosta de acarajé
Todo mundo gosta de abará
Ninguém quer saber o trabalho que dá
Todo mundo gosta de abará
Todo mundo gosta de acarajé

Dez horas da noite
Na rua deserta
Quanto mais distante
Mais triste o lamento
Ê o abará

"DORIVAL CAYMMI" - NAVIO NEGREIRO

Foi entre o mar e o céu,
Sobre as ondas ao Léu
O veleiro a rodar

Adeus Terra de Luanda
Fica filhos de Umbanda

Éra a escravidão
E no negro porão
Triste coro a cantar

Adeus Terra de Luanda
Fica filhos de Umbanda

Piedade Senhor
Pelos homens de cor
que perderam seu lar

Adeus Terra de Luanda
Fica filhos de Umbanda

E lá do sude abrilhou
E o céu todo se iluminou
E o sol do novo mundo em fim no horizonte
Raiou este sol da liberdade
Que lhe deu felicidade e amor


Foi entre o mar e o céu
Sobre as ondas ao Léu
O veleiro a rodar

Adeus Terra de Luanda
Fica filhos de Umbanda

"DORIVAL CAYMMI" - EU NÃO TENHO ONDE MORAR

Eu não tenho onde morar
É por isso que eu moro na areia (4x)
Eu nasci pequenininho
Como todo mundo nasceu
Todo mundo mora direito
Quem mora torto sou eu
Eu não tenho onde morar
É por isso que eu moro na areia (4x)
Vivo na beira da praia
Com a sorte que Deus me deu
Maria mora com as outras
Quem paga o quarto sou eu
Eu não tenho onde morar
É por isso que eu moro na areia (4x)

"DORIVAL CAYMMI" - CANÇÃO DA PARTIDA

Minha jangada vai sair pro mar
Vou trabalhar meu bem querer
Se Deus quiser quando eu voltar do mar
Um peixe bom eu vou trazer
Meus companheiros também vão voltar
E a Deus do céu vamos agradecer

"DORIVAL CAYMMI" - "ARY BARROSO" - NA BAIXA DO SAPATEIRO

Ai, o amô, ai, ai
Amô bobagem que a gente
Não explica, ai, ai
Prova um bocadinho, oi
Fica envenenado, oi
E pro resto da vida
É um tal de sofrê
O-la-rá, o-le-rê

Oi, Bahia, ai, ai
Bahia que não me sai do pensamento, ai, ai
Faço o meu lamento, oi
Na desesperança, oi
De encontrá pr'esse mundo
O amô que eu perdi na Bahia,
Vou contá:

Na Baixa do Sapateiro
Encontrei um dia
A morena mais frajola da Bahia
Pedi-lhe um beijo, não deu
Um abraço, sorriu
Pedi-lhe a mão, não quis dar, fugiu

Bahia, terra da felicidade
Morena, eu ando louco de saudade
Meu Sinhô do Bonfim
Arranje uma morena
Igualzinha pra mim
Ai, Bahia, ai, ai

"DORIVAL CAYMMI" - JOÃO VALENTÃO

João Valentão é brigão
Pra dar bofetão
Não presta atenção e nem pensa na vida
A todos João intimida
Faz coisas que até Deus duvida
Mas tem seu momento na vida
É quando o sol vai quebrando
Lá pro fim do mundo pra noite chegar
É quando se ouve mais forte
O ronco das ondas na beira do mar
É quando o cansaço da lida da vida
Obriga João se sentar
É quando a morena se encolhe
Se chega pro lado querendo agradar
Se a noite é de lua
A vontade é contar mentira
É se espreguiçar
Deitar na areia da praia
Que acaba onde a vista não pode alcançar
E assim adormece esse homem
Que nunca precisa dormir pra sonhar
Porque não há sonho mais lindo do que sua terra.