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domingo, 26 de outubro de 2008

TAVINHO FONSECA - Quando deixa-se de falar

Quando deixa-se de falar

Quando a razão da razão já não existir mais

Quando o obvio deixa de ser

Quando os lugares comuns já não serem mais



Quando a procura ficar à espera do esperando

Quando fluir nas veias a vibração do amanhã

Quando o amanhã será hoje

Quando o inesperado não for mais surpresa

Como será? Como será?



Será tudo pardo, tudo cinza

Será sem brilho e calor

Será tudo igual e sem diferença

Será apenas mais um será



Caminho obscuro no percurso

Tráfico intenso sem direção

Vento ventania, raio da manhã

No meio da escuridão

Alma perdida no universo

Rodando na contramão



Tudo quando será?

Quase tudo será quando?



Quase tudo tão difícil como explicar o obvio...

Quase tudo tão simples com entender o sorriso de uma criança

Quase, se não fosse o quase

Quase seria tudo.



Seria fogo, fênix, renascer

Seria alma, confessar, perder

Seria noite, enfim, adormecer

Seria surpresa, música, enlouquecer.

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